Partido
dos Trabalhadores – PT:
A
Expressão Política de Amor ao Acre.
Por: Marcos Inácio
Fernandes*

Passados 20 anos, o PT se
transformou na principal força política do Estado e, após sucessivos mandatos
majoritários no Governo e na Prefeitura de Rio Branco, imprimiu na capital e no
Estado seu “Jeito petista de governar”, não apenas administrando a estrutura
pública, mas cuidando bem do Acre – do seu povo e do seu patrimônio material e imaterial.
No presente momento, quando
amargamos nossa maior derrota eleitoral e política, com uma pequena ajuda do
partido e de alguns amigos, resolvi transformar a minha tese em livro,
incorporando nos anexos, textos sobre o “folclore da Balsa” e uma memória
fotográfica. O título do livro, que encabeça esse texto, foi tomado por
empréstimo da frase atribuída aos autonomistas que diziam: “o Acre é o amor ao Brasil que se
tornou expressão jurídica”. Eu digo que o “PT é a expressão política de amor ao
Acre”
De fato, o Acre insistiu e
lutou para ser brasileiro. “Um bem conquistado de armas na mão” como registra o
nosso hino. Esperava-se que após a vitória, no campo militar e diplomático, o
Acre se constituísse em Estado autônomo, entretanto, ele foi incorporado a
nossa pátria como TERRITÓRIO, uma figura jurídica, até então, inexistente na
República brasileira.
A reação dos “revolucionários históricos” as
intervenções e indicações do poder central causou muita instabilidade política
e fez brotar o movimento dos autonomistas. Eles criaram “Legiões” e, até
partidos políticos, plasmando um sentimento de “acreanidade” muito forte e de
inconformismo com a tutela federal.
Apenas em 1962, o Acre se tornaria um Estado autônomo e, elegia
diretamente, José Augusto de Araújo, para governá-lo.
Depois veio o golpe
político/militar de 64 com sua noite sombria de 21 anos. Com a reforma política
de 1979, surge o PT nacional em 1980, e a partir de 1981, começa a trajetória
do PT acreano, que é o objeto do meu trabalho de tese de Mestrado, intitulado: “O PT do Acre: a construção de uma
terceira via”. Nessa tese descrevo um pouco da história do partido, desde a
sua origem, com as tramas e os dramas, que lhe acompanham desde sua origem, até
a conquista da Prefeitura de Rio Branco, em 1992, a primeira Prefeitura do PT
na região norte.
Intitulando os capítulos me
inspirei no símbolo do pentagrama de 5 pontas, que é a nossa estrela vermelha e
também a estrela da bandeira do Acre. Tendo por mote esse símbolo, denominei assim
os capítulos: Cap. I – Fulge um astro na nossa bandeira;
Cap. II – O despontar da estrela; Cap. III – A estrela bruxoleia; Cap. IV – A
estrela sobe e fulgura e as Considerações Finais.
Espero e
desejo que esse trabalho, o primeiro a contar a história da nossa constituição
partidária, inspire muitos outros. Que eles possam descrever e analisar os
nossos 20 anos consecutivos e ininterruptos no governo do Estado (1998-2018) e
os 20 anos intercalados na Prefeitura de Rio Branco.
Que os novos
trabalhos, que possam surgir sobre o PT do Acre, sejam capazes de analisar os
nossos erros e acertos e explicar, a luz da ciência (inclusive as ocultas), o
que nos levou recentemente a essa retumbante e dolorosa derrota eleitoral e
política.
Em Rio
Branco, (1993-1996), tivemos o nosso batismo administrativo. Ele se constituiu no
marco inicial do “jeito petista de governar” e cuidar do Acre. Lembrando sempre:
quem ama, cuida!!
*Marcos
Inácio Fernandes, é militante do PT e responde pela Presidência do Diretório
Municipal de Rio Branco – AC
PS - Esse
texto, um pouco mais sintético, consta das orelhas do livro. A Apresentação é
do subcomandante Sibá Machado, o Prefácio é do meu amigo e colega da Academia,
Dr. Homero de Oliveira Costa; e tem na contra-capa as considerações dos
companheiros Jorge Viana e Marcos Afonso.


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