Eu quero é sossego: junho 2017

Eri cantando "Eu Vou Prá Lua" (Luis de França/Ary Lobo)

1º Evento do Diretório Municipal do PT de Rio Branco

Show: Política Dá Samba com: Eri Galvão & Som da Madeira

Data: 15/06/2017 – Local: Usina de Artes João Donato da FEM (2 sessões)

Oficina de Bossa Nova para alunos da Escola de Música da UFAC.

Data: 20/06/2017 – Centro de Convivência da UFAC.

Memória do Evento

O evento pode ser resumido como um extraordinário sucesso artístico/musical e um retumbante fracasso de público. Em ambos os casos a presidência do DM de Rio Branco assume a responsabilidade.

Quadro resumo.

Ingressos	Distribuídos	Vendidos	Recebido (R$)
Inteira (R$ 20,00)	202 x 20,00 = 4.040,00	147 x 20,00 =2.940,00	2.940,00
Meia (R$ 10,00)	180 x 10,00 = 1.800,00	101 x 10,00 = 1.010,00	1.010,00
Cortesia	15 -	05 (usaram a cortesia)	-
Total	397 – 5.840,00	248 – 3.950,00	3.950,00

Comparecimento ao evento:

Sessões	Público
1ª Sessão (19:00 hs)	30 pessoas
2ª Sessão (21:00 hs)	17 pessoas
Total	47 pessoas

Despesas do Show.

Especificação	Custo (R$)	Observação
1 –Passagem aérea (TAM) Rio /Rio Branco	1.964,66	Prometida pelo Dep. Ney Amorim e não viabilizada.
2 – Passagem aérea (GOL) Rio Branco/Rio	-	Cortesia da Vice-Governadora Nazaré Araújo
3 – Cachê artístico (Músico convidado)	1.000,00	Efetivada
4 – Cachê artístico (5 músicos locais)	1.500,00	Efetivada
5 – Taxa da Sala (5% da bilheteria)	200,00	Cortesia da FEM. Som e Iluminação
6 –Combustível (Traslado para o aeroporto, Sen. Guiomard e Cobija)	300,00
7 – Alimentação	135,00	1 café na Carol e 2 jantares no Água na Boca.
8 – Lembranças de Rio Branco	65,00	Livro da obra de Tom Jobim e bombons de cupuaçu.
Total	5.164,66

O saldo, portanto, foi negativo da ordem de R$ 1.214,66. Caso a passagem prometida fosse efetivada teríamos um saldo positivo de R$ 750,00.

O processo de construção do show.

Apresentei a proposta do show no dia 11/05/2017, na primeira reunião da Executiva Municipal sem que houvesse questionamentos. A partir de então dei prosseguimento as tratativas com Eri Galvão, que faria um show solo. Em conversa com Marcos Afonso, ele sugeriu que fizéssemos o show no aniversário de 55 anos de elevação do Acre a Estado (15/06) e que prestigiássemos também os músicos locais. Assim foi feito.

Nesse interim recebemos um pedido de ajuda dos jovens do Coletivo Quilombo – Articulação do PT, para participarem do Congresso da UNE em Belo Horizonte. Expliquei que o DM estava “zerado” e até com salário de servidor atrasado e que ainda não tínhamos registrado a Ata de posse no TRE e, portanto, estávamos impossibilitados de ajudar. Uma alternativa seria conseguir alguma ajuda com o show. Então eles se prontificaram a mobilizar para o show e queriam participar do mesmo caso fosse antecipado para 09/06, já que embarcariam de ônibus no dia 10/06, para o Congresso da UNE.

Articulamos a mudança de data com o artista do Rio e os músicos locais. Então veio a mobilização para a vinda de Lula ao Acre no dia 09/06, que findou não acontecendo, e tivemos de manter a data original do dia 15/06.

Acionamos alguns parlamentares estaduais com os quais mantivemos tratativas de conseguir uma passagem aérea Rio/Rio Branco/Rio. Isso foi feito por ocasião do Congresso do PT, no dia 06/05. De início seriam duas passagens nesse trecho, que os parlamentares se comprometeram em ajudar. O artista convidado viria com seu produtor musical, que por motivo de outra viagem, não pode vir. Ficou apenas uma passagem para ser rateada pelos dois deputados. Fui 3 vezes aos gabinetes dos Deputados para resolver esse problema mas não logrei êxito.

Como já havia assumido o compromisso com o artista, comprei a passagem em meu nome para pagar com 10 dias e garanti a vinda do cantor e do show. A passagem de regresso foi uma cortesia da Vice-governadora Nazaré Araújo, que com sua fidalguia, se desculpou por não ter comparecido ao show em virtude da referida solenidade, na qual sua genitora foi condecorada.

Cumpre ressaltar, que como havíamos vendido, antecipadamente, mais de 250 ingressos sendo que o teatro só comporta 230 lugares, resolvemos fazer duas sessões, as 19 e 21 hs, mesmo porque, muitos companheiros do governo iriam participar de uma solenidade de condecorações na Gameleira alusivas a solenidade dos 55 anos do Estado do Acre.

A mobilização e preparação do show

Visitamos com Eri Galvão, o Lhé, a vice-prefeita, Socorro Nery, o prefeito, Marcus Alexandre e Diretório Municipal do PT. Também demos entrevista na TV Gazeta (4ª feira) e no jornal Página 20, publicado na 5ª feira e tentamos agendar uma audiência com a 1ª dama Marlúcia Cândido, que não aconteceu.

Os ensaios com os músicos locais foram três. Os músicos discutiram os arranjos, as tonalidades e o repertório e escreveram as partituras. Apesar de nunca terem tocado juntos com o artista, o entrosamento foi perfeito e a performance foi excepcional para tão pouco tempo de ensaio. Quem assistiu ao show pode comprovar a boa qualidade dos músicos. Coroando a apresentação da 2ªsessão, ao final, a nossa querida Verônica Padrão deu uma palhinha cantando “Apesar de Você” junto com Eri Galvão.

Além do show, o artista convidado, Eri Galvão, fez uma palestra musical sobre a Bossa Nova, a sua especialidade, na 2ª feira (12/06), para cerca de 50 alunos do curso de música da UFAC, no Centro de Convivência.

Por fim, cumpre registrar, que o evento foi uma promoção dos Diretórios Estadual e Municipal de Rio Branco,(conforme está no folder) mas tive que fazer as “honras da casa” sozinho e apresentar o evento. Só posso afirmar que quem não foi perdeu um lindo espetáculo. Nossos Músicos do Som da Madeira com o Eri Galvão deram um show!!!

E o show tem que continuar! Outros eventos culturais virão para aproximar nosso partido da sociedade acreana. O próximo será: “O IMPORTANTE É QUE A NOSSA EMOÇÃO PERMANEÇA” sobre o poder da criação de Paulo César Pinheiro, e em comemoração do seu show antológico: “O IMPORTANTE É QUE A NOSSA EMOÇÃO SOBREVIVA” . Espero que sobrevivamos até lá.

“Sem perder a ternura, jamais” (Ernesto Guevara Arce – o Ché)

Agradecimentos:

Aos músicos: Eri Galvão, Antônio Carlos, Adson Barbosa, Zé Luís, Marcone e Maurício.

Á Fundação Elias Mansour, sua presidente Carla Martins, e seus servidores, Denise Oliveira (Coordenadora), Magrão (iluminação) e Manoel Benvindo (Estrutura de Palco);

À ASSECOM da Prefeitura Municipal de Rio Branco, na pessoa de sua Coordenadora Andréia Oliveira pelos folders e os ingressos;

A Vice-Governadora Nazaré Araújo pela passagem de regresso do artista convidado;

A Vice-Prefeita Socorro Nery, pelo apoio e presença de todo seu gabinete;

Ao Lhé pelo presente do chale e acolhida;

Ao subcomandante, Sibá Machado, pelo incentivo e apoio irrestrito;

Aos que compareceram e acreditaram;

Aos que compraram o ingresso e não foram;

Aos que compraram o ingresso, não foram e não pagaram, ainda...!

Rio Branco (AC), 24 de junho (dia de São João) de 2017

Marcos Inácio Fernandes

Presidente do Diretório Municipal de Rio Branco

.Anexos

I – Roteiro Musical

Show Política Dá Samba – Roteiro Musical

Nº de ordem	Música /Compositores	Tempo
		50,95’
01	Voltei (Baden Powell/Paulo César Pinheiro)	2,40’
02	Pesadelo (M. Tapajós/Paulo César Pinheiro)	2,00’
03	Mordaça (Eduardo Gudin/Paulo C. Pinheiro)	2,10’

04	Eu Vou Prá Lua (Luiz de França/Ari Lobo)	2,00’

05	Preconceito (Wilson Batista/Marino Pinto)	3,13’
06	Mãe Solteira (Wilson Batista/Jorge de Castro)	2,49’
07	Prá Que Discutir Com Madame (Janete de Almeida/ Haroldo Barbosa)	3,16’
08	A Banca do Distinto (Billy Blanco)	2,06’

09	Positivismo (Orestes Barbosa /Noel Rosa)	2,30’
10	Leilão do Brasil (Noel Rosa)	2,25’
11	Onde Está a Honestidade (Noel Rosa)	2,07’

12	Olha o Padilha (Moreira da Silva)	2,02’
13	Na Subida do Morro (Moreira da Silva)	2,13’
14	O Conto do Pintor (Miguel Gustavo)	2,05’
15	Cidade Lagoa	2,25’

16	Prá Que Chorar (Baden Powell/Vinicius )	2,12’
17	O Mestre Sala dos Mares (João Bosco/Aldir Blanc)	2,32’
18	Apesar de Você (Chico Buarque)	3,18’
19	Samba de Orly (Toquinho/Chico/Vinicius)	2,18’
20	Tô Voltando (/Paulo C. Pinheiro)	2,26’

21	Martelo da Justiça (Luciana Rabelo /Paulo César Pinheiro) RECITADO	1,30’

22	O Bêbado e a Equilibrista (João Bosco/Aldir Blanc)	3,18

III – Exemplos da condução do show (Contando e cantando as músicas)*

Música /Compositores	Contexto
1 – Voltei (Baden Powell /Paulo César Pinheiro)	“Quem vai prá casa não se molha”. Aos que amargaram o exílio. Baden Powell se auto-exilou em Baden-Baden na Alemanha. Quando voltou compôs essa música. Ela só foi gravada por 4 artistas: O próprio Baden, Elizethe Cardoso, Les Étoiles (uma dupla brasileira que canta em Paris) e eu canto com Paulo César Pinheiro, no meu 1º CD. Ela também marca o meu retorno à Rio Branco depois de 17 anos sem vir a essa terra.
2 – Positivismo (Orestes Barbosa /Noel Rosa)	A Proclamação da República, pode-se dizer, que foi o 1º golpe militar no Brasil. Não passou de uma quartelada de oficiais do Exército, sem nenhuma participação popular. Também foi o marco das traições políticas, pois o Marechal Deodoro era amicíssimo do Imperador D.Pedro II. A crise da Monarquia foi acentuada a partir da Guerra do Paraguai e da abolição da escravatura em 1888. Os acontecimentos europeus como a Revolução Francesa e a teoria filosófica do Positivismo de Augusto Comte, considerado o pai da Sociologia, influenciaram sobremaneira, a jovem oficialidade do Exército. Lema do Positivismo era: “O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim.” “Esse lema, condensado, foi parar na nossa bandeira: “Ordem e Progresso”. Noel Rosa brinca com Comte e com a incerteza econômica do período – juros exorbitantes, câmbio incerto, dívida flutuante – para se queixar da mulher interesseira que o abandonou, pondo o desejo do progresso à frente do que deveria estar na base de tudo, o amor” (MARTINS, 2015)
3 – Preconceito (Wilson Batista /Marino Pinto)	Retrata o preconceito de cor. Como disse Millôr Fernandes; “Em 13/05/1888 a Princesa Izabel botou o preto no branco, mas o branco continuou botando no preto”... Até hoje!
4 – Mãe Solteira (Wilson Batista /Jorge de Castro)	Relata o drama e o estigma , que as mulheres sofrem com a repressão sexual e nas relações sociais onde o machismo ainda impera.
5 – Apesar de Você (Chico Buarque)	Apesar de Você é o hino da resistência a ditadura militar. A censura dormiu e a música foi liberada. A música saiu num compacto simples e em uma semana vendeu cerca de 100 mil cópias Só não vendeu mais “porque saiu num jornal uma notinha dizendo que o “VOCÊ” da canção não era outro que o general Médice. A polícia recolheu as cópias, mandou destruir os estoques e proibiu a música. E ainda puniu o censor responsável pela liberação. Chico conseguiu salvar a matriz e iria aproveitá-la em um LP de 1978, já nos tempos da “distensão lenta, segura e gradual de Geisel e Figueredo. (MARTINS,2015)
6 – Pesadelo (Maurício Tapajós /Paulo Cesar Pinheiro)	Paulo César Pinheiro já de saco cheio da censura, propôs compor uma canção sem rodeios e sem metáforas – direta. Foi assim que nasceu Pesadelo. O artíficio encontrado foi colocar a música junto do repertório do Agnaldo Timóteo, quando fosse submetido a censura, já que os compositores e cantores românticos não eram muito visados. A música foi liberada e o MPB 4 a gravou. Entretanto a composição iria sofrer a auto-censura nas rádios e televisão, mas a propaganda boca a boca fez dela um extraordinário sucesso. Tornou-se a canção dos guerrilheiros do Araguaia do PC do B.