domingo, 26 de maio de 2019

ECOS DE STALINGRADO E O MITO DE PROMETEU







Ecos de Stalingrado e o mito de Prometeu*

Por: Marcos Inácio Fernandes

“Ele fica sentado em uma casa com telefones?
Seus pensamentos são secretos, suas decisões desconhecidas?
Quem é ele?
Nós somos ele.
Você, eu, vocês – nós todos. (...)

Não siga sem nós o caminho correto
Ele é sem nós
O mais errado.
Não se afaste de nós!
Podemos errar, e você pode ter razão, portanto
Não se afaste de nós!

Que caminho curto é melhor que o longo, ninguém nega
Mas quando alguém conhece
E não é capaz de mostrá-lo a nós, de que nos serve sua sabedoria?
Seja sábio conosco!
Não se afaste de nós!”

Mas Quem é o partido - Bertolt Brecht (1898-1956)

Na 2ª guerra mundial, a blitzkrieg nazista, dava um “passeio” na Europa. Hitler invadiu a Polônia, anexou a Áustria e ocupou a França. Só foi parado em Stalingrado, que resistiu ao cerco da elite do exército nazista por quase um ano. A região, que abrigava as reservas de petróleo da URSS, foi o palco mais dramático e violento da guerra. Apenas naquela cidade, vítimas do fogo alemão, da fome e do frio, morreram 2 milhões de russos**. Mas, “Stalingrado não caiu!”. Era assim que terminava os boletins informativos da guerra da BBC de Londres, amplificando e elevando a moral dos combatentes, para resistir e derrotar o nazismo. Registre-se que o exército vermelho foi o primeiro a entrar em Berlim.

Talvez seja despropositado estabelecermos uma analogia daqueles fatos históricos, do século passado, com a situação atual do nosso partido o Partido dos Trabalhadores – PT. O certo é que, guardadas as proporções e o contexto histórico, nós também estamos submetidos a bombardeios e uma artilharia de saturação, que recai há anos sobre nossas cabeças, também com baixas consideráveis.

As crises se sucedem. Mensalão, Petrolão, lava Jato, triplex, impeachment, sem crime de responsabilidade, condenações sem provas e prisões de nossas lideranças, inclusive a maior delas, Lula da Silva. Querem, a todo custo,  criminalizar o PT, cassar nossa sigla, como fizeram com o PCB em 1946, e extinguir a “nossa raça” e “acabar com a petralhada”.

Resistimos, porque temos compromisso com o nosso povo e, fomos gestados e forjados, ao longo desses 39 anos, no seio da classe trabalhadora, através de suas organizações e de suas lutas. Temos lastro, temos base social e ainda muita gordura prá queimar.

Hoje o partido tem 1,5 milhões de filiados, 2.975 vereadores, 256 prefeitos 85 deputados estaduais, 54 deputados federais, 6 senadores e 4 governadores, entre os quais a única mulher governadora no Brasil. É um ativo institucional considerável. Ressalte-se, ademais, as 4 vitórias presidenciais consecutivas, que possibilitou, pela 1ª vez na nossa história, abrir a “caixa preta” do orçamento e incluir uma pequena fatia para os pobres e deserdados desse país. Nunca nos perdoaram por isso.

Portanto companheir@s, nós não podemos nos dá a irresponsabilidade política de dilapidar esse patrimônio do povo brasileiro. Mormente agora, quando a luta de classes atinge um novo patamar no Brasil e o poder das milícias, das facções e dos fascistas ameaçam a democracia e o processo civilizatório.

Reconhecemos que a crise é profunda e solapa todas as instituições da sociedade. Nesses momentos alguns se prostram, outros se recolhem, alguns sugerem atalhos e soluções mágicas. É nesse quadro que partidos trocam de nome, ARENA, vira PDS; PFL, vira DEMOCRATAS; PCB, vira PPS; cria-se partidos sem o “P” (REDE, SOLIDARIEDADE, PODEMOS). Nós do PT não precisamos recorrer a esses artifícios.  A nossa, sigla, nossa estrela de 5 pontas e nossas cores vermelha e branca, são marcas consolidadas. Eu diria até que a exemplo dos grandes nomes comerciais, a nossa “marca” é maior que o produto. Na esquerda brasileira, somos o único partido de massas e de quadros.

Aqui no Acre, destroçados que fomos recentemente pela derrota eleitoral e política, já é tempo de sair do marasmo e do imobilismo, como dizia Sérgio Roberto, e encarar nossos desafios políticos. É imperativo unir, de fato, nossas forças, recompor nossas energias e reorganizar o partido.

O problema é que nenhuma das correntes internas dispõe de condições políticas para aglutinar e recompor o partido e conduzi-lo nessa conjuntura adversa, agora na oposição. Por sua vez, os “cardeais” (agora todos “ex”), ou os “4 mosqueteiros”, como dizem as fontes murmurantes (Jorge, Angelim Marcus Alexandre e Binho), fazem movimentos e conversas políticas ao largo do partido e parecem que querem manter uma certa equidistância das instâncias partidárias. Pelo que aconteceu no processo eleitoral, desconfio que algumas feridas ainda estão abertas e talvez os companheiros precisem de um antibiótico mais forte e de mais tempo para cicatriza-las.

Aos valorosos companheiros, que são quadros de expressão nacional do nosso partido, nós não queremos, não devemos e nem podemos abrir mão de seus protagonismos na vida do nosso partido e da sociedade acreana. “Não se afastem de nós”. Como diz a música: “É melhor se sofrer juntos do que ser feliz sozinho...” (“Tomara” de Toquinho e Vinicius de Morais).
A exemplo de Prometeu, todos os dias os abutres comem nosso fígado, mas a noite ele se regenera e a vida continua. Nós também RESISTIREMOS!

Marcos Inácio Fernandes, é militante do PT e responde pela Secretaria de Formação do DM/Rio Branco.

Rio Branco (AC), 26 de maio de 2019

PS - *Prometeu - "o que pensa antes" — era um dos titãs mitológicos. Ele roubou o fogo de Zeus e deu aos homens, por isso foi castigado. Ele foi condenado a ficar acorrentado por 30 mil anos, com uma águia a lhe comer o fígado diariamente e o fígado se recompunha a noite. Sua última palavra foi: RESISTO!

** Na 2ª guerra, todos os países envolvidos no conflito, entre soldados e civis, morreram 47 milhões de pessoas. 26 milhões foram soviéticos.


quarta-feira, 15 de maio de 2019

É HOJE!!

Resultado de imagem para cartaz do 13 de maio






Lembrando do 13 e pensando no 15

(O de maio de 1888 e o 15 de maio de 2019 - 131 anos de vicissitudes e esperanças)

Por: Marcos Inácio Fernandes*

“Acredito na liberdade para todos, não apenas para os negros.” Bob Marley (1945-1981)

“A abolição é a aurora da liberdade; emancipado o preto, resta emancipar o branco.” Machado de Assis (1839-1908)

“A mulher é o negro do mundo. É a escrava dos escravos. Se ela tenta ser livre, tu dizes que ela não te ama. Se ela pensa, tu dizes que ela quer ser homem.” John Lennon (1940-1980)

Nesse 13 de maio, que a historiografia oficial, consagra a “libertação dos escravos” no Brasil, ocorrida há 131 anos, nos remete a pensar e refletir sobre as origens das nossas desigualdades, do nosso conformismo e submissão as injustiças. Afinal 380 anos de servidão, de violência institucionalizada contra os negros, deformou e conformou o nosso “ethos”, que é o conjunto de traços e modos de comportamento que caracterizam um povo.


Como disse, espirituosamente, Millôr Fernandes: “a princesa Izabel botou o preto no branco, mas o branco continuou botando no preto, até hoje”. Fomos o último país a libertar os escravos e muito, por pressão externa. Não era mais funcional e lucrativo para o capitalismo, principalmente o Inglês, manter o anacronismo do trabalho escravo, abolido de há muito na Europa.


A consequência da “libertação dos escravos”, foi a queda da Monarquia. A República é instaurada logo em seguida, trazendo a nódoa da traição e do 1° golpe militar no Brasil, uma quartelada. Em 130 anos de Republica, tivemos apenas espasmos de democracia. Quase metade desse período vivemos sobre estado de exceção e de ditaduras escancaradas.


São as “jabuticabas” do Brasil, que só tem aqui e só acontece e floresce no nosso solo pátrio. Aqui fomos “Estado” antes de ser Nação. Uma nação composta por 3 raças muito tristes – o índio perseguido e quase dizimado, o branco (português), degredado e o negro (africano), escravizado. Mas conseguimos superar essas desditas e nos transformamos num povo miscigenado, alegre, criativo, trabalhador e festeiro, entre outras qualidades. Como dizem: do limão fizemos a limonada e a caipirinha e desenvolvemos expressões culturais, que o mundo reconhece e valoriza.


Agora, em 2019, em pleno século XXI, estamos numa encruzilhada civilizatória. A sociedade brasileira está sob ataque da “famiglia” de milicianos que empalmou o poder e quer nos impor uma pauta obscurantista. Estamos sob ataques contínuos e a marcha da insensatez agora se dirige para a Academia, as Universidades, a ciência e o pensamento. Querem acabar com os cursos de Filosofia e Sociologia, querem desqualificar a obra de Paulo Freire e querem matar, por inanição, as Universidades, cortando e contingenciando 37% do seu orçamento. Será a gota d’água, que transborda o pote até aqui de mágoas?

Está se configurando que sim. A sociedade está se mexendo com os estudantes, professores e trabalhadores a frente. Reviveremos as marchas estudantis de 1968, que ocorreu em todo mundo e no Brasil?

Espero que sim. O poeta Alberto Cunha Melo, diz no seu poema “Aos Mestres Com Desrespeito” que: “Dizem que meu povo é alegre e pacífico/ Eu digo que meu povo é uma grande força insultada...” E eu digo: nunca fomos tão insultados como agora. Por isso estaremos nas ruas nesse dia 15 de maio para dizer que não é só por “três chocolates e meio”, é pela nossa soberania, pelo nosso emprego, pela nossa Previdência, pela nossa Universidade, por Lula livre e pelas gerações futuras.


Que o espírito de luta de Zumbi dos Palmares, Dandara, Tiradentes, Luís Gama, João Cândido, Dadá e Corisco, Gregório Bezerra, Lamarca, Marighella, Zuzu Angel, Apolônio de Carvalho, Prestes e todas as “Marias e Clarices”, que lutaram e lutam por esse solo pátrio.

 

*Marcos Inácio Fernandes, é militante do PT

 

domingo, 12 de maio de 2019

LIBERDADE, LIBERDADE!!





Tela de Eugène Delacroix - "A Liberdade conduzindo o povo"- 1830.
por Mouzar Benedito
Nós sociólogos (sic) fazemos muitas atividades por aí, e sempre nos perguntam como é que o Saci perdeu uma perna. Há várias versões. Conto a que prefiro.
Reza a lenda que o Saci era um pequeno deus guarani – pequenino mesmo, um curumim. Os colonizadores, para facilitarem o domínio dos povos indígenas, “transformaram” todos os seus deuses em demônios. Para aumentar o preconceito contra o Saci, nos tempos de escravidão negra, o transformaram em negro. E ele foi pego e escravizado por um fazendeiro. À noite, ficava acorrentado por uma perna, preso a um cepo na senzala. Uma noite, ele mesmo cortou a perna presa e fugiu. Preferiu ser um perneta livre do que um escravo de duas pernas.
Nestes tempos em que tem gente desprezando solenemente a liberdade, e aspirando a volta da ditadura, me lembrei disso. E coletei um monte de frases sobre o tema. Aí vão.
Benjamin Franklin: “Aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança temporária não merecem nem a liberdade nem a segurança”.
Benjamin Franklin, de novo: “Onde mora a liberdade, ali está minha pátria”.
Graham Greene: “Heresia é apenas um outro nome para liberdade de pensamento”.
Virginia Woolf: “Não há barreira, fechadura ou ferrolho que possas impor à liberdade da minha mente”.
Jeanne Manon Roland: “Liberdade, liberdade, os crimes que se cometem em teu nome”.
Machado de Assis: “A liberdade não é surda-muda nem paralítica. Ela vive, ela fala, ela bate as mãos, ela ri, ela assobia, ela clama, ela vive da vida”.
O gêmeo Paulo, no romance Esau e Jacó, de Machado de Assis: “A abolição é a aurora da liberdade; emancipado o preto, resta emancipar o branco”.
Bakunin: “A liberdade do outro estende a minha ao infinito”.
Françoise Sagan: “Desejo tanto que respeitem a minha liberdade que sou incapaz de não respeitar a dos outros”.
Clarice Lispector: “A liberdade é pouco. O que eu quero ainda não tem nome”.
Clarice Lispector, de novo: “Acho que devemos fazer coisa proibida, senão sufocamos. Mas sem sentimento de culpa e sim como aviso de que somos livres”.
Clarice Lispector, mais uma vez: “Eu tenho uma aparente liberdade, mas estou presa dentro de mim”.
Clarice Lispector, ainda: “Mas quero a liberdade de dizer coisas sem nexo como profunda forma de te atingir. Só o errado me atrai, e amo o pecado, a flor do pecado”.
E mais uma da Clarice Lispector: “A liberdade ofende”.
Stanislaw Ponte Preta: “Política tem esta desvantagem: de vez em quando, o sujeito vai preso, em nome da liberdade”.
Rubem Alves: “O desejo de liberdade é mais forte que a paixão. Pássaro, eu não amaria quem me cortasse as asas. Barco, eu não amaria quem me amarrasse no cais”.
Marina Tsvetayeva: “A liberdade é uma puta bêbada esperneando contra um soldado que tenta dominá-la”.
Luís Freitas Rodrigues: “A liberdade não evita que um indivíduo se torne hipócrita; é contudo, inegavelmente, uma lei contra a hipocrisia”.
Marquês de Maricá: “O que ganhamos em autoridade, perdemos em liberdade”.
Não sei quem: “Se você acha que a liberdade não enche a barriga, tente passar dez anos na prisão com a barriga cheia”.
Nietzsche: “Qual é o sinal da liberdade realizada? Não sentir vergonha de si mesmo”.
Nietzsche, de novo: “O homem livre é imoral, porque em todas as coisas quer depender de si mesmo e não de algo estabelecido”.
Carlos Drummond de Andrade: “A liberdade é defendida com discursos e atacada com metralhadoras”.
Balzac: “A liberdade leva à desordem, a desordem à repressão, e a repressão novamente à liberdade”.
Juscelino Kubistchek: “Não consentirá o governo que a liberdade seja utilizada para assassinar a própria liberdade”.
Juscelino, de novo: “A liberdade, para nós, corresponde a uma série de conquistas econômicas, sociais e políticas”.
D. Quixote: “Liberdade é o direito que se tem de não permitir que os outros façam aquilo que querem”.
José Bonifácio: “O amor da liberdade deve ser, na frase bíblica, invencível como é a morte; deve, como o apóstolo, ter a sede do infinito; deve ser grande como o universo que o contém”.
Graça Aranha: “A liberdade é uma relatividade humana, que forçamos à existência para a nossa ilusão criadora”.
Gustave Le Bon: “Muitos são os homens que falam de liberdade, mas poucos são os que não passam a vida a construir amarras”.
Jean-Jacques Rousseau: “O homem nasceu livre e por toda a parte vive acorrentado”.
Rousseau, de novo: “Povos livres, lembrai-vos desta máxima: a liberdade pode ser conquistada mas nunca recuperada”.
Baruch Espinoza: “É aos escravos, e não aos homes livres, que se dá um prêmio para os recompensar por terem se comportado bem”.
Manuel de Barros: “Quem anda nos trilhos é trem. Sou água que corre entre pedras – liberdade caça jeito”.
Guimarães Rosa: “A água de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade: só tem valor quando acaba”.
Guimarães Rosa, de novo: “O passarinho na gaiola pensa que uma árvore e o céu o prendem”.
Henrik Ibsen: “Nunca vista as suas melhores calças quando sair para lutar pela liberdade e pela verdade”.
Millôr Fernandes: “A liberdade é um cachorro vira-lata”.
Millôr, de novo: “Não existe liberdade consentida. A liberdade é de baixo para cima, imposta pelas reivindicações e pela consciência do indivíduo. As tiranias, por vontade própria, jamais dãoliberdade. Apenas, à proporção em que se sentem seguras, vão pondo elos na corrente que prende todos os cidadãos”.
Millôr, mais uma vez: “Ser livre, é bom notar, não é ser libertado. ‘Eu te dou toda liberdade’ é a restrição suprema”
Denis Diderot: “O homem só será livre quando o último rei for enforcado com as tripas do último padre”.
Rui Barbosa: “Bem acanhado tino o dos que preferem a coroa do terror que um sopro arrebata, à do contentamento público na liberdade, que a gratidão perpetua”.
Montesquieu: “A liberdade é o direito de fazer tudo que as leis permitem”.
Thomas Jefferson: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”
George Orwell: “Às vezes penso que o preço da liberdade não é tanto a eterna vigilância, mas o eterno jogo sujo”.
Nelson Rodrigues: “A liberdade é mais importante que o pão”.
Adão Myszak: “Na época atual, a liberdade só existe para os fortes. Ninguém precisa dos fracos”.
Austregésilo: “Ser livre, para o homem contemporâneo, é ser justo, é ser culto, é respeitar o direito alheio, o direito individual, diante de si mesmo”.
Coelho Neto: “Nada mais livre do que a natureza e, todavia, é regida por leis invariáveis”.
Heitor Moniz: “O liberalismo tem uma bandeira bonita e aspectos exteriores que o tornam na verdade sedutor. É apenas uma aparência enganosa”.
Heitor Moniz, de novo: “O liberalismo tudo promete ao povo e dá tudo aos fortes e aos ricos”.
Vivaldo Coaraci: “O homem é tanto mais livre quanto maior a sua capacidade de renúncia”.
Antônio Costa: “Liberdade! A natureza toda é um espelho onde a tua grandeza se reflete”.
Leôncio Basbaum: “Liberdade quer dizer vida e natureza, em toda sua exuberante, espontânea e livre manifestação”.
Leoni Kaseff: “O fim último da vida não é o progresso, nem mesmo a verdade, mas a liberdade”.
Wilson Chagas: “É livre quem aprendeu a livrar-se daquilo que o impede justamente de ser livre”.
Albert Camus: “Julgavam-se livres e nunca alguém será livre enquanto houver flagelos”.
Dei Bao: “A liberdade não é nada senão a distância entre a caça e o caçador”.
Victor Hugo: “Tudo que aumenta a liberdade, aumenta a responsabilidade”.
George Bernard Shaw: “Liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo dela”.
Sigmund Freud: “A maioria das pessoas não quer realmente a liberdade, pois a liberdade envolve responsabilidade, e a maioria das pessoas tem medo da responsabilidade”.
George Orwell: “Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir”.
Rabindranah Tagore: “É tão fácil esmagar, em nome da liberdade exterior, a liberdade interior”.
Mahtma Gandhi: “A prisão não são as grades, a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência”.
Goethe: “Ninguém é mais escravo do que aquele que se julga livre sem o ser”.
Francis Bacon: “É um estranho desejo, desejar o poder e perder a liberdade”.
Voltaire: “Se o homem nasceu livre, deve governar-se; se ele tem tiranos, deve destroná-los”.
Madame de Staël: “A liberdade e o amor são incompatíveis. Quem ama é sempre escravo”.
Malcolm X: “Não se pode separar paz de liberdade, porque ninguém consegue estar em paz sem que tenha sua liberdade”.
Pablo Neruda: “Você é libre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências”.
Simone de Beauvoir: “Querer ser livre é querer livres os outros”.
Simone de Beauvoir, de novo: “O homem é livre. Para essa liberdade só há um caminho: o desprezo das coisas que não dependem de nós”.
Benito Mussolini: “A verdade é que os homens estão cansados de liberdade”.
Isaac Asimov: “A liberdade não tem preço, a mera possibilidade de obtê-la já vale a pena”.
José Martí: “A liberdade custa muito caro e temos que nos resignarmos a viver sem ela ou nos decidirmos a pagar seu preço”.
Che Guevara: “Sonha e serás livre de espírito… Luta e serás livre na vida”.
Gustave Le Bom: “Para os homens, a liberdade, na maioria dos casos, não é outra coisa senão a faculdade de escolherem a servidão que mais lhe convém”.
Nelson Mandela: “Nenhum poder na Terra é capaz de deter um povo oprimido, determinado a conquistar a liberdade”.
John Lennon: “A mulher é o negro do mundo. É a escrava dos escravos. Se ela tenta ser livre, tu dizes que ela não te ama. Se ela pensa, tu dizes que ela quer ser homem”.
Hilda Hilst: “Sinto-me livre para fracassar”.
Woody Allen: “A liberdade é o oxigênio da alma”.
Henri Barbusse: “A liberdade e a fraternidade são palavras, enquanto a igualdade é uma coisa”.
Bob Marley: “Acredito na liberdade para todos, não apenas para os negros”.
Beethoven: “Os músicos utilizam todas as liberdades que podem”.
Cecília Meireles: “Liberdade de voar num horizonte qualquer, liberdade de pousar onde o coração quiser”.
Leon Tolstoi: “Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência”.
Lauro de Oliveira Lima: “Tudo está fluindo. O homem está em permanente reconstrução; por isso é livre: liberdade é o direito de transformar-se”.
Fernando Pessoa: “A liberdade é a possibilidade de isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo”.
Jean Paul Sartre: “A pátria, a honra, a liberdade… Nada disso! O Universo gira em torno de um par de nádegas e isso é tudo…”.
Luís Fernando Veríssimo: “Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo”.
Mouzar Benedito, jornalista, nasceu em Nova Resende (MG) em 1946, o quinto entre dez filhos de um barbeiro. Trabalhou em vários jornais alternativos (Versus, Pasquim, Em Tempo, Movimento, Jornal dos Bairros – MG, Brasil Mulher). Estudou Geografia na USP e Jornalismo na Cásper Líbero, em São Paulo. É autor de muitos livros, dentre os quais, publicados pela Boitempo, Ousar Lutar(2000), em co-autoria com José Roberto Rezende, Pequena enciclopédia sanitária(1996), Meneghetti – O gato dos telhados (2010, Coleção Pauliceia) e Chegou a tua vez, moleque! (2017, e-book). Colabora com o Blog da Boitempo quinzenalmente, às terças.


sexta-feira, 10 de maio de 2019

O DECANO DO JORNALISMO POLÍTICO DO ACRE, FALOU!!





O decano do jornalismo político do Acre, Luís Carlos Moreira Jorge, a quem presentiei  o meu trabalho sobre o PT, teceu o seguinte comentário no seu Blog abrigado  no Ac. 24 Horas.

“Terminei de ler e recomendo o livro do professor e militante do PT, Marcos Inácio Fernandes, o “Marcão”, sobre a história política do Acre e com foco maior no surgimento do PT. Belo livro para quem gosta de política e de história. Para minha surpresa, eu vi inserida na obra duas notas da coluna que eu assinava no jornal “O RIO BRANCO”, intitulada “Conversando sobre Política”, sobre disputas internas no surgimento do PT, isso em 1981. Já se vão 38 anos! Mas já assinava coluna política desde o meado da década de 70, também no “O RIO BRANCO”. O que nos leva a escrever sobre política mais de 40 anos. O livro do “Marcão” me fez reviver essa vivência. É uma obra que dá uma pincelada por todos os partidos que existiam no Estado antes da abertura política e do fim do bipartidarismo. Como acompanhei estas fases foi como um filme antigo passando pela minha cabeça. Muitas colunas surgiram ao longo dessas décadas, se mantiveram por um tempo e depois sumiram. A única que ficou perene foi a minha coluna. Por isso nada mais me surpreende na política do Estado. Foi bom reviver um pouco disso no livro do Marcão. Inclusive, uma ilustração da Balsa para Manacapuru, feita pelo DIM, em 1988, com aquele personagem da Escolinha do Professor Raimundo, que veio fazer campanha para o Ariosto Migueis à PMRB, gritando na televisão “Veeenha”! Ariosto foi derrotado pelo Kalume. E volto a recomendar que comprem o livro, à venda na livraria Paim. Comprem, é história.

(Blog do Crica de Luís Carlos Moreira Jorge. Em: 09-05-2019)

PS - Obrigado pelas palavras generosas Luís. Espero que muitos outros sigam a sua recomendação. Comprem o livro, leiam e façam as suas considerações.