segunda-feira, 29 de julho de 2019

O ESCÂNDALO DOS HACKERS


 Só falta as algemas!!



Texto de Fernando Horta:


"Minha hipótese sobre o imbróglio Moro-CIA-Vaza a Jato.
A inteligência brasileira (aparelhada pelos militares desde o governo Temer com Etchegoyen) monitora cerca de 3 a 4 mil pessoas da esquerda hoje no Brasil. Com escutas ilegais, invasões digitais e etc. Este grupo identificou no início do ano a vulnerabilidade do governo quando descobriu que Glenn havia recebido algum material. Sem saber o que era exatamente eles colocaram em prática uma ação militar conhecida para "diminuir danos".

Moro foi aos EUA para apagar todas as informações comprometedoras de seu celular, laptop e dos servidores da Internet que, para quem não sabe, ficam nos eua. No mesmo momento, eles criaram o plano para tirar ou diminuir a credibilidade do material do Glenn. Pegaram um criminoso monitorado pela ABIN (figura clássica para servir de bode expiatório) e inventaram que esta criatura seria o "hacker". Assim, garantem que a fonte do vazamento é "ilegal" e protegem Moro e Dallagnol.

O pobre "hacker" preso, já recebeu a proposta de  confirmar a versão do Moro e receber uma pena branda, conservando grande parte da grana que acumulou com os crimes. Este é exatamente o modo de operação da Lava a Jato. Usaram a Manoela para "esquentar" a versão, mas o material que o Glenn tem não foi passado pelos presos do Moro.
Ainda, o Moro declara que o "hacker" invadiu e coletou informações de "autoridades"  em todos os poderes brasileiros e assim "esquenta" o material que ele recebeu via NSA e CIA.

É a desculpa perfeita. Moro tem os vazamentos feitos pelos americanos, diz que foi um "hacker" criminoso brasileiro, colocando o material do Glenn no mesmo balaio.

Deixando claro, EXISTEM 3 materiais vazados DIFERENTES, de fontes diferentes, conteúdos diferentes e que Moro vai confundir como se fossem o mesmo:
1) o material grave e cheio de crimes do moro e Dallagnol que está com o The Intercept
2) o material inócuo e desimportante que o laranja "hacker de Araraquara" obteve na ação pensada pela inteligência brasileira
3) o material que Moro recebeu da NSA, que é totalmente limpo dos seus crimes e dos da lava a jato, mas contém vazamentos da vida pessoal, crimes e etc. de autoridades brasileiras.

Com esta estratégia acontecem as seguintes coisas em curto espaço de tempo:

- Moro passa a ter material para chantagens de autoridades que não sejam tão alinhados quanto o "in fux we trust"
- Permite o argumento da "árvore envenedada" para invalidar juridicamente TODO o material do The Intercept. Sendo que ele precisa apenas de 4 votos no STF ("o fux é nosso, aha uhu")
- Moro passa a ter material e motivos para processar Glenn e pedir busca e apreensão em TODO o material do Intercept. Para isto basta apenas mostrar material íntimo vazado pelos americanos a ele, Moro, e dizer que foram os "hackers de Araraquara" argumentando pelo "risco" do crime continuado e dizendo que o material do The Intercept pode "prejudicar terceiros" além do Brasil
- Com busca e apreensão no The Intercept eles farão "perícia" nos dois materiais (o do Intercept e o do "hacker de Araraquara" que na verdade é o material da NSA americana dado ao Moro). Não vai fazer diferença se o Glenn disser que a apreensão não pegou o material, eles precisam apenas parecer que pegaram o material do the intercept, pois vão inventar o conteúdo do mesmo jeito.
- Nesta "pericia" de comparação, feita por um "método" impessoal de "comparação" simples por um software, vão "mostrar" que o material "foi adulterado". Com isso acabam com o material do Gleen e, ao mesmo tempo, indiciam o The Intercept, Glenn, Demori e etc. Por crimes digitais, receptação de mercadoria roubada, chantagem, formação de quadrilha e etc. Indiciam Manuela, Reinaldo Azevedo, Mônica Bergamo por associação ao crime, por bloquear as investigações, por tentar bloquear a justiça e etc.
- os "hackers" vão fazer "delação premiada" e terminarão o ano que vem como os delatores da lava a jato: em prisão domiciliar gozando o fruto dos crimes.
- Glenn, Demori e todos os que manipularam diretamente o material vão ter prisão decretada.
- Os jornalistas brasileiros com algum nome (como o Reinaldo Azevedo e a Mônica Bergamo) serão processados civilmente também e vão tomar umas multas milionárias.
- O STF vai se acovardar e declarar o material todo nulo. Lula segue preso, Dallagnol solto e inimputável e Moro novamente um herói.
- O Brasil segue sendo vendido, Bolsonaro como mico animador de plateia na cabeça de um estado fascista, controlado por instituições corrompidas e com Moro como "eminência parda", tendo controle total das polícias, do judiciário e do MP. Toda a família Bolsonaro estará nas suas mãos e se eles tentarem algo, o Queiroz será encontrado ou as investigações contra os filhos do bolsonaro andarão mais "depressa".
- Bolsonaro quer indicar o filho para a embaixada nos EUA porque viu que o contato dos americanos com Moro em imenso e "perigoso" aos Bolsonaro.
Só há dois problemas neste plano:
- As instituições ainda não estão totalmente conformadas e resistências pontuais podem fazer um grande estrago

- As eleições.

Bolsonaro vai querer se candidatar e Moro, Doria e Witzel tem seus egos nas nuvens. Se os senadores disserem em alto e bom som que Moro NAO vai para o STF, acaba o contrato de apoio Moro-Bolsonaro. De repente, ao invés de amigos e colaboradores os dois se tornarão como amantes que dividem a mesma cama mas quer matar o outro.

A curto prazo todo o Brasil republicano perde.
No médio prazo temos ainda uma chance grande de todos perdermos muito...
A inação e o conluio do STF destruíram o Brasil."

terça-feira, 23 de julho de 2019

CONSTRUINDO UM NOVO PT







CONSTRUINDO UM NOVO PT – CNPT

Por: Marcos Inácio Fernandes*

“Quem não se movimenta não percebe as correntes que o aprisionam”   Rosa Luxemburgo (1871-1919)


Estamos nos movimentando e nos empenhando na reconstrução e na UNIDADE do partido. O resultado eleitoral de 2018 e a conjuntura política adversa nos impõe essa necessidade. O PT/AC, a exemplo dos demais estados, sempre conviveu e respeitou o funcionamento de suas correntes como forma de arejar o processo democrático interno. Até 1991, conviviam 16 tendências no PT, e as tensões eram proporcionais ao número dessas tendências.
Relato no meu trabalho sobre o PT do Acre, essas tensões: “A discussão sobre as "tendências" do PT, que sempre consumiu muita energia do partido, teve uma primeira formulação para sua regulamentação no 5° Encontro do Partido, em 1987. Em 1989, o PRC se dissolve, enquanto organização partidária que atuava abrigado no PT e, em 1990, no seu 7° Encontro, o PT aprova a regulamentação definitiva da atuação das tendências internas e o direito delas terem representação proporcional nas instâncias de direção do partido.” (FERNANDES, 2018)

Entretanto os conflitos internos não cessaram e culminou com a expulsão da Convergência Socialista, em 1992, que se transforma em PSTU e em outra grave crise interna, já no 1º governo Lula, são expulsos do partido a Senadora Heloísa Helena  e os  Deputados Federais,  Babá e Luciana Genro, que fundariam o PSOL, em 2004.

No Acre os problemas de suas correntes internas acompanham o partido desde a sua fundação. “Naqueles primeiros anos da década de 80, as "escaramuças" entre as correntes internas do PT eram freqüentes. A Articulação, em 82, chegou a aventar a expulsão da LIBELU(Liberdade e Luta de orientação Trotskista); o PRC (Partido Revolucionário Comunista) denunciava que seu candidato, Chico Mendes, havia sofrido campanha anticomunista por parte de membros da Articulação nas eleições de 82. Por sua vez, os trotskistas da "FQI"(Fração da Quarta Internacional), criticavam os militantes do PRC por conta da "dupla militância", atuando como partido dentro do PT.” (FERNANDES,2018)

“0 processo de "institucionalização" do PT, que tem início em 1988, quando o PT elege Marina Silva à Câmara Municipal de Rio Branco, sendo, inclusive, a vereadora mais votada, seria uma das variáveis mais importantes para que as disputas internas das tendências se desenvolvessem num patamar mais elevado e civilizado”. (FERNANDES, 2018)

Em 1989, o PRC se dissolve organicamente, os seus militantes, que desenvolviam a "dupla militância" no PT, vão continuar no partido, apenas em tendências diferentes. Um grupo, capitaneado por Marina Silva, vai para a "Nova Esquerda" que, após a fusão com a "Vertente Socialista" a nível nacional, formaria a "Democracia Radical" (DR) e outro grupo formaria o "Movimento por uma tendência Marxista" (MTM), que se coloca como "guardiã" dos valores da esquerda revolucionaria no PT. Hoje os “Marxistas” do PT/AC, se reúnem em torno da EPS (Esquerda Popular e Socialista) cujo nome mais expressivo é Júlia Feitoza.
A Articulação Unidade na Luta e a DR (Democracia Radical) formam, a nível nacional, o campo majoritário da CNB (Construindo Um Novo Brasil) e são também as correntes hegemônicas do PT do Acre. Elas, ao contrário das outras forças, (EPS, DS, AVANTE e MPT) tem uma vida partidária mais consistente e são as únicas que tem presença no interior do Estado.
Nilson Mourão, numa entrevista a mim concedida em 1989, dizia: “a tendência das "tendências" aqui no Acre é o seu enfraquecimento. Nós conseguimos uma coisa muito importante, pelo menos com as duas forças principais, que é a 'Articulação' e a 'Democracia Radical'. Nós conseguimos uma convivência amadurecida, adulta, onde as questões essenciais da vida do partido são discutidas dentro de uma visão da complexidade do Acre, da importância da unidade na construção do PT. Hoje, esta unidade é bastante forte e a disputa das tendências ficou no 'limbo'. Hoje ela é residual.” (FERNANDES,2018)
Espero que as palavras do Nilson Mourão, nosso presidente de honra, sejam proféticas e que consigamos construir essa unidade, um bloco mais homogêneo e mais coeso em torno do partido. Aqui as discussões em torno do PED/2019 está se esboçando uma fusão entre a Articulação e a DR para a formação do CNPT (Construindo Um Novo PT), onde se espera atrair as outras forças do partido e os que se dizem “independentes” desatrelados das correntes. É um trabalho de engenharia política que vai exigir das novas direções e dos militantes e seus intelectuais orgânicos muitas conversações, discussões, debates e amadurecimento político a altura desse desafio.
Nesse momento difícil que o partido atravessa, torna-se imperativo calçar as sandálias da humildade e praticar a máxima de São Francisco de Assis, que diz: “Inicie por fazer o necessário, então o que é possível e, de repente, você estará fazendo o impossível.”
E a tarefa imediata e necessária a fazer nesse momento é a mobilização dos nossos filiados para uma participação massiva e festiva no PED/2019, no próximo dia 8 de setembro.
*Marcos Inácio Fernandes, é militante do PT
Rio Branco (AC), 22 de julho de 2019







segunda-feira, 1 de julho de 2019

IMPRESSIONADO!!!




















IMPRESSIONADO!!!

Por: Marcos Inácio Fernandes*

Confesso que estou impressionado, muito impressionado mesmo, que depois de tudo que aconteceu com o nosso partido nas eleições de 2018 e depois dela; muitas pessoas estão se filiando ao PT e, pasmem, muitos jovens!! É verdade que as defecções que sofremos foram significativas, embora, em muitas delas, tenham a marca do oportunismo e o pretexto de desencanto com a política e com o partido. O certo é que pretextos não faltam para os que abandonaram o partido. Que sejam felizes.

Agora o que me impressiona é que, mesmo estando alijado do poder e sem a perspectiva de conquistá-lo no curto prazo, fizemos nos últimos meses mais de 100 novas filiações, onde mais da metade delas são de jovens e pessoas simples do povo. O partido está vivo, se movimenta e, saiu da letargia que se abateu sobre todos nós, depois da retumbante derrota eleitoral e política de 2018.

Nesse último sábado (29/06) fizemos a recepção a esses novos filiados na livraria do PAIM, no centro de Rio Branco. Foi uma festa de congraçamento entre alguns velhos militantes e os novos filiados. Teve o tradicional café com pão e mortadela; sorteio de livros e outros brindes; música, poesia (Hip-Hop), vídeos e muitas falas comoventes. Fiquei impressionado com o nível das poesias do Hip-hop, que os meninos apresentaram. Elas tinham um conteúdo social e de denúncia muito forte e na linguagem própria da juventude. A verbalização dos sonhos dos novos filiados também nos tocou profundamente. Entre tantos sonhos externados, um me chamou atenção pela sagacidade e improviso de uma jovem, que disse: “o meu sonho é que o sonho de vocês se realizem”.  Achei ótima! Agora é investir na formação política dessa juventude.

Outra coisa que me impressionou e considero emblemática das mudanças que estão acontecendo é que a nossa servidora do cafezinho e dos serviços gerais, que há anos trabalha no PT, se filiou  ao partido e esteve presente no encontro se deslocando do bairro Wilson Ribeiro por conta própria, deixando filhos menores em casa. Ela falou que vai trazer outros familiares  para ingressarem no partido.

Por outro lado, também me impressiona como muitos quadros emblemáticos do partido, ex-parlamentares e parlamentares (com as exceções que justificam a regra), coordenadores de correntes e outros “capas-pretas” que usufruíram por muitos anos altos cargos comissionados nos nossos governos, desconsideram solenemente o convite formulado para um ato dessa importância, qual seja:  dá as boas vindas aos novos filiados e filiadas do Partido dos Trabalhadores. Considero um descaso e um equívoco político.

Aos que ignoram o esforço dos poucos militantes que querem e, vão, RECONSTRUIR  o partido, apenas uma advertência: NÃO SEREMOS MAIS CHANCELADORES DE DECISÕES QUE SEJAM TOMADAS FORA DAS INTÂNCIAS PARTIDÁRIAS!

E vamos unidos ao PED/2019

Lula livre para tirar a DEMOCRACIA DESSA VERTIGEM!!

Rio Branco (AC) 1 de julho de 2019

*Marcos Inácio Fernandes, é Secretário de Formação do DM/PT – Rio Branco


A DUPLA DINÂMICA DA MARGINALIDADE DE TOGA






Lava Jato era bunker de Dallagnol e Moro contra Lula e PT
Por: Jeferson Miola
"No caso concreto, está-se diante de crime praticado por agentes públicos do sistema judicial brasileiro que aparelharam as instituições e usaram seus cargos para combater inimigos políticos, favorecer aliados ideológicos para viabilizar um projeto de poder", diz o colunista Jeferson Miola
30 de junho de 2019, 14:32 h Atualizado em 30 de junho de 2019, 22:29
Era inocultável a militância anti-PT dos integrantes do Partido da Lava Jato nas redes sociais.
Faltavam, contudo, as provas documentais da atuação secreta deles no porão da Lava Jato – que o ministro do STF Gilmar Mendes compara a uma organização criminosa [OrCrim].
Os integrantes desta organização dedicavam-se com fervorosa obstinação ao esforço para impedir o que temiam ser o “risco” de retorno do PT ao Palácio do Planalto. A Lava Jato, então, foi transformada no bunker de Dallagnol e Moro para atacar Lula e o PT.
O efeito da militância partidária desses agentes públicos em conluio com a Rede Globo e a mídia suja foi expressivo tanto na eleição municipal de 2016 como na presidencial de 2018 – 2 momentos para conferir aparência de “normalidade institucional” do golpe e do avanço do regime de exceção.
Hoje já é bastante aceitável pela crônica política que o bombardeio Globo-Lava Jato na boca-de-urna para prejudicar o PT em 2016 influenciou aquele que acabou sendo um dos mais desfavoráveis desempenhos petistas em eleições municipais nos últimos 20 anos [ler em A vitória do banditismo].
Também já era público e notório o ataque de Sérgio Moro à candidatura de Haddad na eleição de 2018 com a divulgação surpreendente e sem motivo processual aparente, da delação fraudulenta do Palloci.
Estava faltando se conhecer e se comprovar outras atividades secretas dos demais integrantes da OrCrim.
Esse segredo foi agora revelado pelo Intercept no diálogo em que Deltan Dallagnol instrui colegas a acelerarem investigações contra o petista Jaques Wagner para prejudicar o desempenho eleitoral de Haddad na Bahia e no nordeste e, desse modo, evitar o risco da eventual derrota do Bolsonaro, o candidato deles.
Em conversa com parceiros em 24 de outubro de 2018, a apenas 4 dias antes do 2º turno da eleição, Dallagnol pergunta: “caros, Jaques Wagner evoluiu? É agora ou nunca… Temos alguma chance?”.
Atento às pesquisas que mostravam crescimento de intenções de voto no Haddad faltando 4 dias para a votação, Dallagnol explica que “Isso é urgentíssimo. Tipo agora ou nunca kkkk”.
Ao ser lembrado por uma colega que Jaques Wagner já tinha sido alvo infrutífero de outra operação abusiva da Lava Jato – fato que tornaria ineficaz o novo espetáculo – Dallagnol então insistiu: “Acho que, se tivermos outra coisa pra denúncia, vale outra busca e apreensão até por questões simbólicas. Mas temos que ter um caso forte”.
É importante frisar o interesse do Dallagnol em promover uma ação de interesse partidário por questões simbólicas!, para reforçar na população o vínculo do PT e do candidato Haddad com escândalos de corrupção.
Não se está mais somente diante de falhas funcionais graves cometidas por servidores públicos que, como cidadãos e cidadãs, têm plena liberdade de escolha política e militância partidária.
No caso concreto, está-se diante de crime praticado por agentes públicos do sistema judicial brasileiro que aparelharam as instituições e usaram seus cargos para combater inimigos políticos, favorecer aliados ideológicos para viabilizar um projeto de poder.
Esses procuradores e juízes que agiram como integrantes de uma organização criminosa, mafiosa, envergonham as carreiras públicas e todo o funcionalismo público do país.
Eles já deveriam estar afastados dos cargos públicos há muito tempo, inclusive para evitar que continuem destruindo provas que os incriminam [aqui] e para serem julgados e condenados à luz das normas do próprio Estado de Direito contra o qual eles conspiram para atingir fins políticos.