domingo, 31 de dezembro de 2017

VENHA FAZER PARTE DESSA HISTÓRIA




Hoje no último dia do ano, cavucando as minhas coisas, encontrei essa raridade. O covite para a posse de Jorge Viana, para 1º de janeiro de 1999. Alí começava a melhor parte da nossa história. O ciclo dos governos do PT, prestes a completar 20 anos de mandatos, ininterruptos, cuidando bem do Acre. Eis alguns indicadores dos nossos governos que nos credenciam a pedir o voto da nossa sociedade para mais um mandato para o Marcus Alexandre, iniciando mais um ciclo de desenvolvimento sustentável no Estado.

Panorama de desempenho dos Governos do PT

(Indicadores sócio – econômicos e ambientais)

Indicadores
1999 (Jorge Viana)
2006
(Jorge Viana)
2010 (Binho Marques)
2014 (Tião Viana)
2017 (Tião Viana)
1 – Orçamento Público (Em milhões)
536
1.808
3.599
5.332
6.063
2 –Produto Interno Bruto – PIB (Em Milhões)
2.971
4.662
8.342
13.459
-
3-Empregos Formais (Em mil)
58.074
85.583
121.187
136.001
-
4 – Participação da Administração Pública e Iniciativa Privada na geração de Empregos (%)





4.1 – Adm. Pública
61,8%
48,3%
47,7%
41,5%
-
4.2 – Iniciativa Privada
38,2%
51,7%
52,3%
58,5%
-
5 – Taxa de desmatamento (Em Km2)
441
184
259
264

6 – Taxa de Extrema Pobreza (%)
26,6%
21,1%
13,4%
10,2%
-
7 – Índice de Desenvolvimento Humano - IDHM
0,517
(Baixo Des.)
-
0,663
(Médio Des.)
0,719
(Alto Des.)
-
8 – Investimento para 2017
-
-
-
-
775 milhões
Fonte: SEPLAN -2017


Obs: Todos indicadores econômicos, sociais e ambientais tiveram um crescimento consistente, em cada governo do PT. Cada um superando o anterior. Sem contar as conquistas da auto - estima do povo acreano, os bens imateriais e resgate dos nossos valores culturais, que são difíceis de mensurar.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

TRIBUTO À JOSÉ SILTON PINHEIRO

Há 45 anos passados Silton - o "Gameleira" foi assassinado, sob tortura. nos calabouços da ditadura militar implantada no país em 1964.
Presto um tributo à sua memória para que essas infâmias não mais se repitam. Hoje Silton é nome de rua no bairro Paciência da zona oeste do Rio de Janeiro.
Faço um breve relato histórico de quem foi Silton e uma crônica de como o conheci.

JOSÉ SILTON PINHEIRO (31/05/1948 – 29/12/1972)

Militante do PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO REVOLUCIONÁRIO (PCBR). Nasceu em 31 de maio de 1948, no Rio Grande do Norte, [...] Rapaz cheio de alegria, senso de humor e com enorme facilidade de fazer amigos, tinha especial carinho pelas crianças. Também se caracterizou pela grande força de vontade para atingir os objetivos a que se propunha.
 Em 1970, ingressou na Universidade do Rio Grande do Norte, no curso de Pedagogia. Meste mesmo ano passou a militar no PCBR, atuante em Natal, Recife e por fim, na cidade do Rio de Janeiro. Foi morto aos 24 anos de idade no Rio de Janeiro, junto com Fernando Augusto Valente da Fonseca, Getúlio d’Oliveira Cabral e José Bartolomeu Rodrigues de Souza. Foi carbonizado dentro de um Wolkswagen, na Rua Grajaú, nº 321 (RJ), após ter sido preso e torturado pelo DOI-CODI/RJ, “teatrinho” feito pela repressão para justificar a versão de morte em tiroteio ao reagir à prisão.
 O corpo de José Silton entrou no IML/RJ como desconhecido, em 30 de dezembro de 1972, com a guia nº12 do DOPS. Na certidão de óbito [...] é dado como desconhecido, assinando como declarante José Severino Teixeira e firmada pelo Dr. Roberto Blanco dos Santos. No verso de seu óbito há a seguinte frase manuscrita: “Inimigo da Pátria (Terrorista)”. Foi enterrado em 06 de fevereiro de 1973, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque (RJ), na cova nº 22.706, quadra 21.

 Em 20 de março de 1978, seus restos mortais foram transferidos para o ossário geral e, em 1980/1981, foram para uma vala clandestina, junto com cerca de 2.000 ossadas de indigentes. Há ainda laudo [...] e fotos de perícia do local [...] encontrados no Instituto Criminal Carlos Éboli/RJ. As fotos mostram o corpo de José Silton totalmente carbonizado, dentro do Wolkswagen incendiado, placa GB/EB-3890.


























Ao amigo que me indicou o bom caminho, minha gratidão eterna!

Tributo à José Silton Pinheiro.

Por: Marcos Inácio Fernandes.

Conheci o Silton jogando bola. No final dos anos 60 e início dos 70, eu era um meio de campo que jogava até razoável e vivia batendo bola pelo interior. Durante algum tempo  joguei pelo time do sítio de Japecanga, perto da minha cidade, Parnamirim. Era nesse sítio que morava o pai do Silton, seu Milton, e ele sempre estava lá nos finais de semana e também participava do jogo.
Na primeira vez, que estive em Japecanga, o que me chamou atenção foi o fato de um rapaz daquelas brenhas está assobiando músicas do Edu Lobo e Geraldo Vandré. Era o Silton. Após esse primeiro jogo, retornamos no caminhão do time de Natal e entabulamos conversa sobre as músicas que ele estava cantarolando. Informei-lhe que eu gostava da MPB e que escutava os programas de rádio de Irapuã Rocha, na Rádio Rural, e o de Rubens Lemos, na rádio Cabugi. O prefixo do programa do Rubens Lemos, dizia “Acorda samba do Brasil....”  Fiquei sabendo que ele ia fazer vestibular para Educação, que havia concluído o 2º grau no colégio Marista de Natal, que era do movimento estudantil e que havia sido criado por D. Lira, sua mãe adotiva. Na oportunidade lhe informei que também era secundarista e que estava pensando fazer Sociologia e ele, com o seu jeito expansivo e alegre, fez a uma festa e me deu a maior força.
Desde então, ficamos amigos e freqüentávamos a casa um do outro. Continuamos a jogar no time de Japecanga, passamos no vestibular para as nossas áreas e a amizade evoluiu para um companheirismo partidário. Através do Silton eu pude enveredar pela trilha revolucionária que os jovens acalentam e acabei sendo “recrutado” para militar na FREP (Frente Revolucionária Popular), uma frente capitaneada pelo PCBR.
A minha militância “revolucionária” se restringiu a algumas leituras de textos clássicos da literatura socialista: O Manifesto Comunista, Esquerdismo: a Doença infantil do Comunismo, O Estado e a Revolução e romances do Jorge Amado: Subterrâneos da Liberdade, poesias de Brechet e Castro Alves e por aí. Através do Silton, tomei conhecimento do trabalho de Geanfrancesco Guarnieri, “Arena Canta Zumbi” e de “Liberdade, Liberdade” de Flávio Rangel e Millôr Fernandes. Esse trabalho teatral sobre a Liberdade já estava censurado, mas o Silton, ainda conseguiu comprar um LP e me presenteou. Guardo esse presente até hoje.  Agora, recentemente, já no século XXI,  consegui esse trabalho em CD na coletânea  das duas coleções da Nara Leão, que na época participava do elenco da peça.
  As minhas  ações “revolucionárias” se restringiram a duas panfletagens. Uma no cine Nordeste (jogar uns panfletos na parte de cima do cinema durante a projeção) e a outra dentro de um ônibus de linha que transportava trabalhadores nas primeiras horas da manhã de um bairro de Natal que eu não sabia qual era (tinha ido dormir no aparelho e de lá para o local da atividade, sempre de olhos vendados).
Na primeira semana de faculdade, na Fundação  José Augusto, que oferecia os cursos de Sociologia e Jornalismo, recebi uma tarefa de me articular com Izolda, que também havia sido aprovada no curso, para formarmos uma célula de esquerda na faculdade. Mantivemos os primeiros contatos, mas, logo em seguida, (acho que com menos de 15 dias de curso), a Izolda foi presa quando soltava uns panfletos na fábrica de confecções Guararapes, na hora da saída das operárias. Izolda foi incursa na Lei de Segurança Nacional e pegou 2 anos de detenção, que cumpriu na Penitenciária João Chaves.
Fui com o Silton visitá-la algumas vezes e esse infortúnio proporcionou um romance/namoro entre Silton e Izolda e foi lá que conheci a Eró, irmã de criação da Izolda, com quem mais tarde me casei e vivo até hoje. A possibilidade de ter conhecido essas pessoas (Silton, Izolda, Eró) foi a grande dádiva que o projeto ingênuo, mas generoso, da esquerda me presenteou e me moldou como se humano (também ingênuo mas, da mesma forma, generoso).
Ainda através do Silton, conheci Paulo Pontes, que esteve na minha casa participando de uma discussão com uma freira (não lembro mais o nome) e o nosso clube de jovens da Cohabinal do qual participava Graça de D.Bena, Lauro (já falecido) e Duzinho (ainda morando em Parnamirim). Depois da reunião com a irmã, fizemos uma discussão política, na qual, o Paulo Pontes disse que a alternativa no Brasil era “partir para luta armada”.
Eles partiram (Silton e Paulo) e pagaram caro por essa opção. Silton, com a vida, tirada da forma mais ignominiosa – a tortura. Paulo Pontes, foi preso na Bahia, junto com Teodomiro dos Santos, mas ambos sobreviveram a tortura (sabe Deus com quais seqüelas). Tempos depois, em 1983, quando já morava no Acre, casado e com dois filhos (Ana e Abelardo) fui fazer um curso sobre Desenvolvimento Rural em Salvador e me reencontrei, nesse curso, com o Paulo Pontes. Ele havia feito o curso de Economia, que iniciou quando ainda estava preso. Depois de anistiado, concluiu o curso e trabalhava na CAR-BA. Reencontrei-o, bem mais velho e calvo, porém, vivo.
Silton foi para a clandestinidade e morreu por seus ideais.  Izolda, depois de cumprir sua pena, se auto-exilou no Peru e por lá casou e teve dois filhos, Jussara e Ernesto, ambos já formados, trabalhando e com filhos. Eu, que pretendia também entrar para a clandestinidade, fui preso em função de uma carta que havia enviado para Silton falando dessa minha pretensão. Na ocasião,  o Silton já havia sido assassinado e a carta  foi interceptada. Na noite de 10 de abril de 1973, ao retornar da Faculdade, quando estava chegando em casa, um jipe com dois policiais civis do DOPS, me levaram preso e me deixaram numa delegacia da Cidade da Esperança e depois fui para um depoimento no QG do Exército (hoje Museu Câmara Cascudo) e depois fui levado para a Polícia Federal.
Amarguei alguns dias na Polícia Federal, onde, logo que cheguei, levei uns sopapos de um policial, que chamavam de “Chinoca”.  Depois me encapusaram e algemaram e colocaram no piso do banco traseiro de uma Veraneio, com dois agentes com os pés no meu peito e me levaram para um local que desconheço.  Nesse local  passei por uma sessão de tortura, que se restringiu a telefones nos ouvidos, chutes e pancadas pelo tórax por algumas horas, além da tortura psicológica com ameaças de morte, de me enviar para o Doi-Codi do Recife (ali eu ia ver o que era bom, diziam). Quando retornaram comigo para a Polícia Federal, já era noite. Estava arquejando com o corpo todo dolorido e o ouvido sangrava. Na ocasião um agente da PF foi comprar uma cerveja preta e me deu prá tomar. Foi um regalo. Fiquei alguns dias na PF algemado a uma cama de campanha e incomunicável.  Apenas recebi a “visita” do tenente Albernáz do serviço de informação da Aeronáutica, que voltou a me fazer ameaças e falar mal dos comunistas, inclusive citando Prestes.
Depois de prestar vários depoimentos, fui processado pela Lei de Segurança Nacional e transferido para a Colônia Penal João Chaves. Nunca fiquei tão feliz em ir para um estabelecimento penal pois, o meu receio e o meu pavor, era que me levassem para o Dói-Codi do Recife, como viviam me ameaçando.

Gameleira - PRESENTE!!






sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

LULA É MEU AMIGO, MEXEU COM ELE, MEXEU COMIGO!!



LULA É MEU AMIGO, MEXEU COM ELE, MEXEU COMIGO!!
#ComLulaemPortoAlegre

Por: Marcos Inácio Fernandes*

Lula é um amigo do Acre. Ele, ainda sindicalista, foi solidário com as lutas sindicais de Wilson Pinheiro e Chico Mendes e com a organização do PT. Quando assassinaram Wilson Pinheiro, em 1980, ele veio hipotecar solidariedade aos trabalhadores de Brasiléia e proferiu o famoso discurso: “ESTÁ NA HORA DA ONÇA BEBER ÁGUA” , que foi interpretado pela ditadura militar como “incitação à luta de classe” e lhe valeu um processo com base na famigerada Lei de Segurança Nacional. Nesse processo também foram arrolados: Chico Mendes, João Maia, e José Francisco, então presidente da CONTAG.
Em 1990, Lula voltou ao Acre para participar da Campanha de Jorge Viana ao governo na acirrada disputa contra Edmundo Pinto. Nessa ocasião conheci pessoalmente o Lula.
A partir de 2003, então como Presidente eleito, Lula veio diversas vezes ao Acre e não foi a passeio. Durante os seus dois mandatos, nosso Estado mereceu uma atenção especial e ganhou vultuosos investimentos do PAC 1 e 2 e de outras Políticas Públicas.
Fora da Presidência, Lula voltou ao Acre em 16 de outubro de 2014, na campanha da reeleição da Dilma Rousseff, para um grande comício na Gameleira no pingo do sol do meio dia. Mesmo com um colégio eleitoral insignificante, em termos nacionais, e mesmo com uma agenda superlotada de compromissos, Lula arranjou uma brecha para vir ao Acre e prestigiar o nosso governo e nossa militância, em mais uma demonstração de carinho e compromisso com a nossa terra e o projeto político do PT.
Pois bem companheir@s, agora Lula precisa e MERECE o nosso apoio e solidariedade!!
Portanto conclamo os nossos parlamentares do Congresso (Senador e Deputados Federais), nossos parlamentares estaduais (Deputados e vereadores), Governador e Prefeitos e militantes com cargos no 1º escalão dos nossos governos, estadual e municipal, para formarem a caravana do Acre e estejamos todos em Porto Alegre no dia 24 de janeiro de 2018.

#COM LULA EM PORTO ALEGRE
#EM  EM DEFESA DA JUSTIÇA E DA DEMOCRACIA
#ELEIÇÃO SEM LULA É GOLPE.
       
Rio Branco (AC), 22 de dezembro de 2017


*Marcos Inácio Fernandes, é Presidente do Diretório Municipal do PT de Rio Branco

 Lula  com João Eduardo, filho de Célia Pedrina, no colo, observado pelo Lhé, ainda sem cabelos grisalhos, numa das vindas ao Acre.

 Lhé e Lula, já marcados pelo tempo

Nosso Governador, Tião Viana e Lula, desde sempre, um amigo do Acre.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

POUCA DEMOCRACIA DEPOIS DA REPÚBLICA




Pouca Democracia Depois da República.

Por: Marcos Inácio Fernandes.

A Proclamação da República, em 1889, também se efetivou sem nenhuma participação do povo. Aristides Lobo, escrevendo a um amigo, diria: “O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditavam sinceramente estar vendo uma parada.”
Aquele seria o primeiro golpe militar e a primeira traição política, considerando que o marechal Deodoro era amicíssimo do Imperador Pedro II, mesmo assim, o destronou com meia dúzia de militares.

Em 128 anos de República, apenas tivemos espasmos de democracia. Apenas 58 anos de democracia formal, pois democracia política e econômica juntas, nunca tivemos.

Na 1ª República (1889-1930), não se pode falar de democracia com restrições ao voto e eleições fraudulentas a “bico de pena” e a famigerada Comissão de Verificação do Senado, que referendava os eleitos. A Constituição de 1891, a segunda do Brasil e primeira da República, estabelecia que: “são excluídos do alistamento eleitoral as mulheres, os mendigos, os analfabetos, os praças de pré (sargentos, cabos e soldados) e os religiosos em regime de clausura e sujeitos a voto de obediência”. Quando as mulheres conquistaram o direito ao voto, em 1935, veio em seguida a ditadura do Estado Novo (1937-1945), de Vargas e nem as mulheres e, ninguém mais, votou. Os Interventores eram nomeados pelo poder central para governar os Estados e Territórios.

Mais recente tivemos o golpe político/militar de 1964 (1964-1981), Uma noite de 21 anos que se abateu sobre a democracia. Agora no ano passado o golpe político/jurídico/midiático, com o impeachment da Dilma Rousseff. Um ano desse golpe mostrou todo o retrocesso a que estamos submetidos. É um direito a menos por dia! Rasgaram a Constituição a CLT e tenta-se restaurar a escravidão nas relações de trabalho. O congelamento de investimentos, por 20 anos, em educação e saúde é um crime institucional que está em vigor. Avança-se sobre os direitos dos aposentados e o MERCADO e os RENTISTAS com om Congresso conivente e a serviço da plutocracia, vendem o nosso patrimônio e negociam a nossa soberania.

São tempos tenebrosos. Mas o barbudo nos ensinou que: “Tudo que é sólido se desmancha no ar” e o poeta abolicionista Castro Alves Bradou:

“Oh! temei-vos da turba esfarrapada,

Que salva o berço à geração futura,

Que vinga a campa à geração passada.”

(O Sol e o Povo – Castro Alves)




Versos do Imperador destituído, Pedro II



O primeiro golpe militar da nossa República




segunda-feira, 13 de novembro de 2017

AOS QUE HÃO DE VIR!!



Aos Que Hão De Vir

Marcos Inácio Fernandes


Para meu neto Arthur.

“Os que virão depois de ti e de mim,
Serão os primeiros a entrar em Berlim.
Eles colocarão a bandeira vermelha,
No alto da montanha de escombros.
E ela tremulará:

 Altaneira!
Imponente!!
Flamejante!!!

A mostrar aos incautos e aos patifes,
Que o sonho não acabou.
Eles serão os Arcanjos,
 Que “vingarão a campa”
Às gerações passadas...

E continuarão a marcha,
 Lenta ou a passos largos,
Mas, inexoravelmente...

Na trilha do horizonte,
Onde se esconde a utopia
Com seus velhos sonhos
E novas esperanças.”



Rio Branco (AC), 13 de novembro de 2017

domingo, 12 de novembro de 2017

O PRIMEIRO GOLPE NINGUÉM ESQUECE!







1823 - Dia de "sua majestade, o canhão" 
 
D. Pedro I dissolve a 1ª Constituinte brasileira: prisões, deportações. Ao sair do prédio, Antonio Carlos de Andrada tira o chapéu com ironia para "sua majestade, o canhão".

A destituição da nossa primeira Assembléia Nacional Constituinte em 1823. Posteriormente D.Pedro I, outorga a "Constituição da Mandioca", em 1824, que estabelecia, entre outras extravagâncias, o voto Censitário. Assim começava nosso ordenamento jurídico. Ruim desde o início!!
 Votava apenas quem detivesse uma renda líquida anual de 100 mil réis, por bens de raiz, indústria, comércio ou emprego. Para ser candidato a Assembléia Legislativa Provincial, exigia-se uma renda superior a 400 mil réis; para a Assembléia Geral, de 800 mil-réis e para o Senado de 1.600 mil-réis. Deputados e Senadores eleitos indiretamente. Votam nas eleições primárias os maiores de 25 anos. Não votam os dependentes dos pais, os “criados de servir” e da casa Imperial “que não fossem de galão branco”. Mulheres, negros, pobres, analfabetos e religiosos que viviam em claustros não votavam.

domingo, 29 de outubro de 2017

O FORA TEMER !


O NOSSO FORA TEMER!!

Nesse dia 27 /10/2017, pela manhã teve o FORA TEMER, nas imediações do Resort Hotel, onde estava acontecendo a reunião dos Governadores com autoridades federais para discutir a questão da violência e das nossas fronteiras. A previsão era que o presidente, golpista e corrupto, se fizesse presente, entretanto ele foi acometido de um problema de saúde e cancelou sua agenda no Acre. Os movimentos sociais que estavam mobilizados para mostrar a sua indignação e repúdio ao próprio Temer, ficaram na dúvida se o ato devia acontecer sem a presença do algoz do povo brasileiro. Decidiu-se por manter o ato. Fizemos um protesto esvaziado e dividido. Ficou um grupo em frente a Fundação Hospitalar e outro na rotatória, próxima ao hotel e a CEASA. Teve mais policiais que manifestantes. E policiais fortemente armados, inclusive com metralhadoras e arrenganhando os dentes com as bombas de gás lacrimogênio nas mãos. Uma exorbitância!!
Teve um pequeno início de tumulto quando fechamos as duas pistas para panfletar junto aos motoristas que passavam pelas vias. Houve um empurra-empurra e algumas discussões entre manifestantes e policiais. Falei inclusive com o comandante da desproporcionalidade daquela demonstração de força. Ele justificou que era por precaução de alguma infiltração de facções criminosas que quisesse se aproveitar do ato. Só fiz rir! Quase dizia que, alguns membros de facção criminosa estava reunidos, alí bem pertinho, no hotel. Também por precaução fiquei calado.

O certo foi que fizemos o nosso protesto e demos o nosso recado. Mostramos a nossa indignação com o governo golpista e usurpador, mesmo com poucos, no sol quente e com muito calor. Não tem preço chamar o presidente de LADRÃO, CORRUPTO, GOLPISTA, ENTREGUISTA, CHEFE DE QUADRILHA e outros “mimos”, bem na frente do aparato policial e não ser preso. Lembro que nos anos 70, já na distensão lenta e gradual, quando chegava um presidente em Natal, todos os considerados “subversivos” eram recolhidos ao DOPS, onde passávamos o dia. Só éramos liberados quando o presidente/militar de plantão, já estava no ar de regresso à Brasília. Fui vítima dessa ação repressiva, por duas vezes. Se serve de consolo, já é um avanço!!





 Cláudio mandando vê!!





 Sandrinha na luta!!

 Olha a "amostração"