domingo, 31 de julho de 2022

POLÍTICA E MILAGRES

                                                 


Os nossos Majoritários -2022 Jorge Viana e Nazaré Araújo


                 O início da saga dos ARAÚJOS (José Augusto 1º Governador eleito do Acre)

                            Maria Lucia Melo de Araújo. Duas vezes Deputada Federal pelo Acre.

                                        Nazareth Araújo - A política feita com flores e levezas.


                                                        Por mais mulheres na política


                                                      POLÍTICA E MILAGRES

Por: Marcos Inácio Fernandes*

“A questão de se a política ainda tem de algum modo um sentido remete-nos, necessariamente, de volta a questão do sentido da política; e isso ocorre exatamente quando ela termina em uma crença nos milagres – e em que lugar poderia terminar?

                                                                     Hannah Arendt (1906-1975)

Com essa frase da filósofa Hannah Arendt, encerrei minha tese de Mestrado sobre o PT, que posteriormente se transformou em livro. É uma frase que me toca profundamente, poia na minha concepção, a política ainda faz muito sentido e acredito em milagres, que nesse campo, ocorre com mais frequência que no campo religioso.

O próprio PT é um desse milagres da política e, aqui no Acre, os milagres protagonizados pelo partido são frequentes. Constituído e organizado em tempo recorde, já em 1982, participava com chapa completa numa eleição com regras draconianas com voto vinculado e onde analfabetos não votavam. Mesmo assim O nosso Nilson Mourão sai do pleito com a segunda maior votação proporcional do PT no Brasil, apenas ultrapassado pelo Lula em São Paulo.

Desde então nunca deixamos de apresentar os nossos candidatos, majoritários e proporcionais, ao povo acreano. As derrotas iniciais foram os alicerces para os 20 anos de vitórias sucessivas, que o povo acreano conferiu ao PT. E as nossas administrações promoveram verdadeiros milagres no Estado.

Agora nesse pleito de 2022, numa eleição que extrapola a disputa político/partidária, pois está em jogo o processo civilizatório e humanitário, aqui no Acre não podemos abdicar de apresentar os nossos candidatos majoritários para ter um palanque para denunciar e combater o fascismo que nos ameaça a todos. Um palanque para mostrar e defender o nosso legado. Um palanque para fortalecer o nosso partido e contribuir com o desempenho dos nossos candidatos proporcionais. Um palanque para ajudar o Lula a ter um melhor desempenho no Estado. Ganhar ou perder faz parte de qualquer disputa e como disse Churchil: na política, ninguém morre definitivamente. E lutar para nós do PT é um destino!!

Quero terminar falando de outros milagres na política que estão relacionados a família ARAÚJO. Um sobrenome que tem história, tem tradição e tem densidade política. Está fazendo 60 anos que JOSÉ AUGUSTO DE ARAÚJO (1930-1971), foi eleito o 1º governador do Acre, derrotando o favorito que era considerado o “pai do Estado”, Guiomard dos Santos. – 1º milagre.

O 2º milagre foi em 1966. Com apenas uma carta de apresentação de seu marido José Augusto e sem por os pés no Acre, MARIA LÚCIA DE MELO ARAÚJO, gravida de Nazaré Araújo, foi eleita a Deputada Federal mais votada no Acre naquele pleito. Logo depois do AI-5, Maria Lúcia, também seria cassada. Maria Lúcia conquistaria um novo mandato popular para Deputada Federal Constituinte, em 1986, sendo uma das signatárias da Constituição Cidadã, ainda em vigor.

Nesse momento tão decisivo para o povo acreano e brasileiro tenho acompanhado as articulações das mulheres para emplacar o nome de MARIA DE NAZARETH MELO DE ARAÚJO LAMBERT como nossa candidata ao Governo do Acre e me associo aos muitos companheiros e companheiras que defendem esse nome. Um nome que carrega a predestinação dos ARAÚJOS de realizarem verdadeiros MILAGRES na política do Acre.

Como acredito na política e nos milagres, espero que a amiga e companheira Nazareth Araújo, aceite o desafio e deixe o povo do Acre lhe levar para o 2º turno e, estando lá, para o governo é um milagrinho de nada, pois Lula está vindo aí com sua “rede de arrasto”.

 

Rio Branco (AC), 31 de julho de 2022

 *Marcos Inácio Fernandes (Marcão), é militante do PT


- Eleições Majoritárias do Acre (Governadores e Senadores) 1962/2018 -

 

Período

Governador / Coligação / Partido

Observações

1962 - 1964

José Augusto de Araújo - PTB

1º Governador eleito do Acre, pelo PTB. Senadores Guiomard Santos e Geraldo Mesquita

1964 - 1966

Edgard Cerqueira leite -

Capitão do Exército, comandante do 4º Batalhão de Fronteiras no Acre é o 1º Governador do regime militar, instaurado em 1964.

1967 - 1970

Jorge Kalume - ARENA

Eleito indiretamente pela ALE

1971 - 1974

Wanderley Dantas - ARENA

Eleito indiretamente pela ALE

1975 - 1978

Geraldo Mesquita - ARENA

Eleito indiretamente pela ALE

1979 - 1982

Joaquim  Macedo - ARENA

Eleito indiretamente pela ALE.

1983 -1986

Nabor Junior/ Iolanda Lima - PMDB

Elegeu-se com 36.369 votos. Deixou o governo antes do encerramento do mandato para se eleger Senador. Adversários: Jorge Kalume (PDS); Nilson Mourão (PT); Natalino de Brito (PTB). Mário Maia se elege Senador.

1987 - 1990

Flaviano Melo / Edson Cadaxo - PMDB

Flaviano se elegeu com 68.117 votos. Os adversários foram: Mário Maia pela Coligação Popular do Acre (PDT, PDS e PFL); Hélio Pimenta (PT); Elege-se Senadores: Nabor Júnior e Jorge Kalume numa disputa com 13 candidatos, inclusive o PT (Matias), PCB (Evaristo de Luca) e o PC do B (Rita Batista)

1991- 1994

Edmundo Pinto / Romildo Magalhães

Eleições decidida no 2º turno. Elegeu-se com 71.876 votos, contra 59.741 de Jorge Viana (PT). Com pouco mais de 1 ano de governo foi assassinado e lhe sucedeu o vice, Romildo Magalhães. Adversários: Jorge Viana (PT, PDT, PC do B, e PCB); Osmir Lima (PMDB); Rubens Branquinho (PTB, PDC, PL, PTR, PRN) e Réssine Jarude (PSDB)

1995 - 1998

Orleir Cameli – PRP/PP

Elegeu-se em 2º turno com 91.997 votos contra Flaviano Melo (PMDB, PDT, PSDB), com 79.436 votos. Demais postulantes: Tião Viana (PT, PSTU, PPS, PSB, PV e PC do B) e Duarte  Neto- Duda (PRONA). No 2º turno o PC do B, apoiou Flaviano e o PT liberou os militantes.

1999 – 2002

Jorge Viana – (FPA: PT-PSDB-PC do B-PDT-PSB-PPS-PV-PMN-PTB-PL-PSL-PT do B)

Jorge Viana (PT) se elegeu com 112.889 votos (57,70%) em chapa com Edson Cadaxo (PSDB). Os adversários foram: Alércio Dias (PFL); Chicão Brígido (PMDB); Duarte Neto – Duda (PRONA). Tião Viana se elege Senador com 103.559 votos.

2003 - 2006

Jorge Viana – (FPA: PT-PL-PC do B-PV-PMN-PSDC-PT do B)

Jorge Viana (PT), se elege com 165.574 votos (63,58%) em chapa ”puro sangue” com Binho Marques (PT). Os adversário foram:  Flaviano Melo (PMDB); José Mastrângelo (Frente Trabalhista: PPS-PTB-PDT);Antônio Edson A.Silva (PSL); Antônio Neres Gouveia (PRTB). Marina Silva (PT), com 157.588 votos  se elege Senadora, junto com Geraldo Mesquita Jr,(PSB/PSC), com 104.993 votos.

2007 - 2010

Binho Marques – (FPA: PT-PSB-PC do B-PP-PL-PMN- PRTB)

Binho (PT) se elegeu em 1º turno com 165.961 votos (53,05%). Dividiu a chapa co César Messias (PP). Adversários: Márcio Bittar (Frente da Cidadania: PPS-PMDB-PDT-PTC-PHS); Tião Bocalon (Produzir Para Empregar:PSDB-PFL-PTB); José Wilson (PSOL); Edvaldo Guedes PAN); Benício Dias (PSDC); José Aleksandro (PRONA).

Tião Viana (PT) se reelege Senador com 187.432 votos.

2011 - 2014

Tião Viana – (FPA: PT-PP-PRB-PDT-PTN-PR-PSDC-PHS-PTC-PSB-PV-PRP-PCB-PTB-PSTU-PC do B)

Tião Viana (PT), se elege no 1º turno com 170.202 votos (50,51%), compondo a chapa com César Messias (PP). Jorge Viana se elege Senador com 205.593 votos (31,77%) e a 2ª vaga do Senado fica com Sérgio Petecão com 199.956 votos (30,90%)

2015 -2018

Tião Viana – (FPA: PT-PDT-PC do B-PSB-PTB-PCB-PSL-PSDC-PTN-PPL-PROS-PRP-PHS-PEN)

Tião Viana (PT) compôs a chapa com Nazaré Araújo (PT) e ganhou no 2º turno com 196.509 votos (51,29% para Márcio Bittar, que obteve 186.658 votos (48,71%). Ficou com a vaga do Senado, Gladson Cameli com 218.756 votos (58,36%) compondo a Aliança Por Um Acre Melhor: PSDB-PMDB-PP-PSC-PSD-PR-PPS-PT do B-SD-PTC)

2019 - 2022

Gladson Cameli (PP, PPSPSDBPPMDBSDPSDDEMPMNPRPTC e PTB.)

Gladson Cameli (PP) – 223.993 (53,71%);

Marcus Alexandre (PT) – 144.071 (34,54%);

Coronel Ulisses (PSL) – 45.032 (10,80%);

Janaina Furtado (REDE) – 2,765 (0,66%);

Dave Hall (AVANTE) – 1.215 (0,29%)

Senado

Sérgio Petecão (PSD) – 244.103 (30,71%);

Márcio Bittar (MDB) – 185.066 (23,28%);

Jorge Viana (PT) – 117.200 (14,74%);

Ney Amorim (PT) – 115.243 (14,50%);

Minoru Kinpara (REDE) -112.989 (14,21%);

Pedrazza (PSL) – 20.302 (2,55%)

 

 

Organização: Marcos Inácio Fernandes.


quarta-feira, 27 de julho de 2022

AS MOEDAS E CÉDULA COMEMORATIVAS DO SESQUICENTENÁRIO E DO BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL.

 


Cédula de 500 Cruzeiros (1822 - 1972)


Moedas do sesquicentenário (1822 - 1972)


Moedas do bicentenário (1822 - 2022)

Que lamentável que o bicentenário da independência do Brasil, ocorra com um fascista no cargo mais alto da República.  Ainda bem que a Casa da Moeda e o Banco Central, aboliram de colocar a efígie do mandatário de ocasião nas moedas. No Sesquicentenário tivemos o desprazer de ver o ditador Emílio Médice homenegeado nas moedas de 1 , 20 e 300 cruzeiros, em 1972, por ocasião do sesquicentenário da independência (150 anos). Também a efeméride foi lembrado numa cédula de 500 cruzeiros. (MIF)

Algumas informações das comemorações de 1972.

 A cédula que comemorou o fato trazia o valor nominal de Cr$500,00 (cruzeiros), com o tema sesquicentenário da independência do Brasil 7 de setembro de 1822 a 7 de setembro de 1972.

500 CRUZEIROS


No Anverso: Figura representativa da formação étnica brasileira, mostrando as diversas raças, por ordem de precedência histórica.

No Reverso:


 Sequência de cartas geográficas históricas, representando a evolução do espaço físico territorial brasileiro, nas suas diferentes fases – descobrimento, comércio, colonização, independência e integração.

A cédula possui dimensões de 172 x 78mm, e circulou durante o período de 15 de novembro de 1972 a 30 de junho de 1987.

 

NUMISMÁTICA – A cunhagem de moedas foi o ponto alto da comemoração durante o período, tendo sido cunhadas moedas de 1, 20 e 300 cruzeiros.

1 CRUZEIRO


Moeda comemorativa do Sesquicentenário da independência do Brasil, cunhada em níquel, bordo com inscrição Sesquicentenário da independência, peso de 10,08g, espessura de 1,7mm e diâmetro de 29,0mm, foram cunhadas 19.999.800 peças. A moeda circulou de 8 de novembro de 1972 a 28 de fevereiro de 1986.

No Anverso: Apresenta efígies do Imperador D. Pedro I e do Presidente Emílio Garrastazu Médice, o símbolo oficial do Sesquicentenário (1822-1972) e a legenda Brasil em sentido vertical.

No Reverso: Dístico indicativo do valor e mapa do Brasil representando a integração nacional.

20 CRUZEIROS


    
Moeda comemorativa do Sesquicentenário da independência do Brasil, cunhada em prata (0,900), bordo com inscrição Sesquicentenário da independência, peso de 18,04g, espessura de 2,1mm e diâmetro de 34,1mm, foram cunhadas 502.000 peças. A moeda ficou disponível de 8 de novembro de 1972 a 1º de setembro de 1987.

No Anverso: Apresenta efígies do Imperador D. Pedro I e do Presidente Emílio Garrastazu Médice, o símbolo oficial do Sesquicentenário (1822-1972) e a legenda Brasil em sentido vertical.

No Reverso: Dístico indicativo do valor e mapa do Brasil representando a integração nacional.


300 CRUZEIROS

Moeda comemorativa do Sesquicentenário da independência do Brasil, cunhada em ouro (0,920), bordo com inscrição Sesquicentenário da independência, peso de 16,65g, espessura de 1,8mm e diâmetro de 27,5mm, foram cunhadas 50.000 peças. A moeda ficou disponível de 8 de novembro de 1972 a 16 de janeiro de 1989.

No Anverso: Apresenta efígies do Imperador D. Pedro I e do Presidente Emílio Garrastazu Médice, o símbolo oficial do Sesquicentenário (1822-1972) e a legenda Brasil em sentido vertical.

No Reverso: Dístico indicativo do valor e mapa do Brasil representando a integração nacional.

Em 2022, no bicentenário, as homenagens, deviam ter sido superiores a dos 150 anos, mas ficou restrita a cunhagem de apenas duas moedas de 2 e 20 reais e de pequena tiragem apenas para colecionadores e as casa de comércio da Numismática. Ainda bem que escapamos de ter o retrato do capitão cunhado nas moedas.

As informações sobre o evento de lançamento das moedas.

Banco Central lança moedas comemorativas dos 200 Anos da Independência do Brasil

O Banco Central lançou, nesta terça-feira (26/7), duas moedas comemorativas, uma em prata e outra em cuproníquel, alusivas aos 200 Anos da Independência do Brasil. A cerimônia online foi transmitida ao vivo, às 15h, no canal do BC no Youtube, onde está disponível.

O lançamento das moedas marca a contribuição do BC para a celebração e registro do momento histórico que instituiu o Brasil como nação.

As moedas retratam, no anverso, dois momentos históricos ligados à Independência do Brasil: a de prata apresenta a sessão do Conselho de Estado, presidida pela princesa D. Leopoldina e com a participação de José Bonifácio, na qual foi tomada a decisão de enviar cartas a D. Pedro aconselhando-o a romper com a Coroa portuguesa; a de cuproníquel mostra o Grito da Independência, em que D. Pedro, ao receber as cartas da princesa e do ministro José Bonifácio, proclama a Independência do Brasil, às margens do Rio Ipiranga.

No reverso, a primeira estrofe do Hino da Independência, escrito por Evaristo da Veiga e com música composta pelo próprio D. Pedro I, aparece como elemento comum às duas moedas. Na moeda de prata, aparece também a Bandeira Nacional. Já o reverso da moeda de cuproníquel traz uma novidade: pela primeira vez em uma moeda brasileira será usado o recurso da cor. Nesse caso, as cores verde e amarela, escolhidas por D. Pedro I logo após a Independência, aparecem em uma faixa em movimento. Essas cores são provenientes das casas de Bragança e Habsburgo e foram usadas na Bandeira do Brasil desde o Primeiro Império, tornando-se um símbolo nacional.

Inicialmente serão cunhadas 5 mil moedas de prata e 10 mil de cuproníquel, podendo-se atingir as tiragens máximas de 20 mil unidades de prata e 40 mil de cuproníquel.

Após o lançamento, as moedas poderão ser adquiridas no sítio do Clube da Medalha da Casa da Moeda do Brasil: https://www.clubedamedalha.com.br/catalogo-de-produtos.

Características das moedas:

1. Moeda de prata

Valor de face: 5 reais

Material: prata 999/1000

Diâmetro: 40mm

Peso: 28g

Bordo: serrilhado

Acabamento: proof

Preço de venda: R$ 420,00

2. Moeda de cuproníquel

Valor de face: 2 reais

Material: Cu 75% - Ni 25%

Diâmetro: 30mm

Peso: 10,17g

Bordo: serrilhado

Preço de venda: R$ 34,00

 


sexta-feira, 22 de julho de 2022

A EXTENSÃO DA ESPERANÇA COM JORGE E LULA !!

 

Jorge e Lula - as nossas esperanças.

A EXTENSÃO DA ESPERANÇA COM JORGE E LULA !!

Por: Marcos Inácio Fernandes*

A Extensão Rural Brasileira é um projeto dos mais generosos do nosso povo. Mesmo com todos os equívocos, ao longo de suas quase 8 décadas, não temos nenhum receio em afirmar que é um projeto exitoso, pois cumpriu a finalidade da concepção de desenvolvimento e das políticas públicas adotadas nesse período. Em menos de 50 anos viabilizamos a “REVOLUÇÃO VERDE” e a MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA NO CAMPO.

Hoje, quando a Globo propaga que o “agro é tech, agro é pop, agro é tudo”, embora o slogan mereça controvérsias, por trás dele tem o dedo da EXTENSÃO RURAL. Desde 1948, nenhuma política pública e nenhuma campanha de saúde, humana e animal, se realizou sem o concurso do serviço de ATER.

- Os governos do PT de Jorge Viana e do Lula/Dilma, foram bons para a Extensão

- Avivando a memória:

Em 1999, quando Jorge Viana assume o seu 1º mandato no governo do Acre, recebeu essa herança dos governos anteriores nos serviços de Extensão Rural (Emater) e Armazenagem (Cageacre):

- 3 meses de salários atrasados, totalizando R$ 969.125,09;

- Férias e licenças-prêmios, na Emater e Cageacre, sem pagamentos;

- Dívidas trabalhistas, referentes ao Plano Bresser e URP e encargos patronais de R$ 35.563.546,83 (Emater e Cageacre);

- Bens móveis e imóveis penhorados pela justiça;

- A Emater perdeu seu escritório de Cruzeiro do Sul e a Cageacre o seu armazém de Brasiléia por débitos junto ao INSS;

- Os armazéns da Cageacre haviam se transformados, na época, em quadras de futebol de salão;

- Na Emater, sucateada, só havia um Orelhão da Teleacre funcionando;

A solução encontrada na época para contornar o problema da inadimplência das duas empresas foi criar uma Secretaria que abrigasse os serviços da Emater e Cageacre e, na oportunidade, foi criada a SEATER-GP (Secretaria de Assistência Tècnica, Extensão Rural e Garantia da Produção), sendo a mesma entregue aos cuidados de Sibá Machado.

Sibá com apoio do Jorge, conseguiu em pouco mais de um ano, negociar as dívidas das Empresas e as dívidas junto aos servidores. Nesse particular, ressalte-se a magnanimidade dos servidores. Eles abriram mão de mais de 50% de seus créditos e aceitaram receber suas dívidas em 6 parcelas. Em junho de 2000, a dívida foi quitada.

- As conquistas do 1º mandato:

- Os salários passaram a ser pagos, rigorosamente em dia, dentro do mês trabalhado;

- Antes do encerramento do ano de 1989. O governo quitou os salários atrasados;

- Pela 1ª vez, em mais de 10 anos, os servidores receberam o mês de dezembro e 13º antes do Natal daquele ano;

- As féria e licenças-prêmio pendentes foram regularizadas;

- Em agosto de 2001 foi implantado os Planos de Cargos e Salários da Emater e Cageacre;

- Aumenta-se os salários e as gratificações por atividade de campo (Emater) e por atividades insalubres (Cageacre);

- Paga-se o piso profissional aos técnicos de nível médio, que fizeram curso superior, mas que não podiam ascender funcionalmente;

- Em novembro de 2001, paga-se a titularidade;

- Em síntese, no 1º mandato de Jorge Viana se disponibilizou mais recursos para a agricultura do que os governos anteriores em 10 anos;

- Ressalte-se como muito importante, o fato que nesse período, 32 servidores da área administrativa concluíram o 1º grau e 29 o 2º grau, cursando na própria secretaria.

- O 2º mandato do Jorge (2003-2006) com Lula na Presidência – Um ciclo virtuoso para a Extensão.

- As Conquistas:

- A SEATER-GP transforma-se e SEAPROF (Secretaria de Estado de Agricultura e Produção Familiar). A Extensão, deixa de ser, eminentemente, Rural (Agricultura e Pecuária) e amplia o seu raio de ação para Extensão Agroflorestal, que incorpora como beneficiários dos serviços os indígenas, os seringueiros e os ribeirinhos;

- O serviço ganha status de Secretaria de Estado, caso único e inédito no Brasil;

- É esboçada a proposta de Extensão Agroflorestal, centrada na FLORESTANIA (a cidadania extensiva aos povos da floresta), que incorpora todas as dimensões da sustentabilidade (Política, cultural, Social, econômica, ambiental e ética) e tem como eixos transversais: a Economia Solídária, a Segurança Alimentar e Nutricional, o Manejo Florestal de Uso Múltiplo, os Sistemas Agroflorestais (SAFs), a Agroindústria de Base Familiar, e as questões de Gênero, Geração e Etnias:

- Com base nessa proposta a Secretaria criou as Gerências de Manejo Florestal, de Economia Solidária, de Extensão Indígena e a gerência de Incubação de Pequenos Negócios, além de duas Unidades de Gestão Ambiental Integradas - UGAIs

- Os extensionistas do Acre participaram, efetivamente, da construção da PNATER (Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural), que foi transformada em Lei no governo Lula. Além dessa política pública para o meio rural os governos Lula e Dilma, criaram dezenas de outras políticas públicas, planos e programas. Destacamos:

. O Plano Brasil Sem Miséria – PBSM;

. Programa Bolsa Família;

. O Luz Para Todos

. Programa Nacional da Alimentação Escolar – PNAE;

. Programa da Aquisição de Alimentos – PAA;

. Política de Valorização do Ativo Ambiental e Florestal;

. Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar;

. Programa de Organização Produtiva das Mulheres Rurais – POPMR, entre muitos outros.

Essas políticas foram decisivas para tirar o Brasil do Mapa da Fome e diminuir as desigualdades sociais no país. Na implementação dessas políticas e programas, a Extensão brasileira e acreana, estiveram na linha de frente.

- ...Então vieram os “Hunos” depois do golpe na Dilma.

Os vencedores das eleições de 2018, desconstruíram todas as políticas dos nossos governos. O resultado é que o Brasil voltou ao mapa da fome e o tecido social se esgarça de tal maneira, que será necessária muita engenharia política, para proceder os remendos. No plano nacional Lula e Alckmin já estão fazendo essa costura e aqui no Acre, Jorge e César Messias, estão abrindo a “máquina de costura” e nos trazem alento e esperança, que dias melhores virão.

Aqui no Acre teremos que resgatar o conceito de FLORESTANIA, tão vilipendiado por nossos adversários e retomarmos o conceito de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, agora que o mundo inteiro, pós pandemia, está pensando uma economia de baixo carbono, onde as questões ambientais e climáticas ganham relevância.

O Jorge Viana, o nosso maior quadro partidário, certa vez JÁ DEU UM JEITO NO ACRE, e está disposto a cumprir essa tarefa novamente. Agora com um legado a apresentar, com mais experiência política e administrativa e com um partido unido a lhe resguardar. Saudemos essa decisão da nossa maior liderança de colocar o seu nome para disputa majoritária para o governo.

Agora é com a gente, SEM MEDO DE SER FELIZ e SEM RECUAR, SEM CAIR, SEM TEMER!!!

Lula e Jorge são as nossas esperanças em EXTENSÃO. Conclamo os companheiros para esboçarmos coletivamente uma proposta de EXTENSÃO AGROFLORESTAL, a ser apresentada oportunamente.

 

Rio Branco (AC) 22 de julho de 2022

*Marcos Inácio Fernandes, é militante do PT e extensionista.