domingo, 31 de julho de 2022

POLÍTICA E MILAGRES

                                                 


Os nossos Majoritários -2022 Jorge Viana e Nazaré Araújo


                 O início da saga dos ARAÚJOS (José Augusto 1º Governador eleito do Acre)

                            Maria Lucia Melo de Araújo. Duas vezes Deputada Federal pelo Acre.

                                        Nazareth Araújo - A política feita com flores e levezas.


                                                        Por mais mulheres na política


                                                      POLÍTICA E MILAGRES

Por: Marcos Inácio Fernandes*

“A questão de se a política ainda tem de algum modo um sentido remete-nos, necessariamente, de volta a questão do sentido da política; e isso ocorre exatamente quando ela termina em uma crença nos milagres – e em que lugar poderia terminar?

                                                                     Hannah Arendt (1906-1975)

Com essa frase da filósofa Hannah Arendt, encerrei minha tese de Mestrado sobre o PT, que posteriormente se transformou em livro. É uma frase que me toca profundamente, poia na minha concepção, a política ainda faz muito sentido e acredito em milagres, que nesse campo, ocorre com mais frequência que no campo religioso.

O próprio PT é um desse milagres da política e, aqui no Acre, os milagres protagonizados pelo partido são frequentes. Constituído e organizado em tempo recorde, já em 1982, participava com chapa completa numa eleição com regras draconianas com voto vinculado e onde analfabetos não votavam. Mesmo assim O nosso Nilson Mourão sai do pleito com a segunda maior votação proporcional do PT no Brasil, apenas ultrapassado pelo Lula em São Paulo.

Desde então nunca deixamos de apresentar os nossos candidatos, majoritários e proporcionais, ao povo acreano. As derrotas iniciais foram os alicerces para os 20 anos de vitórias sucessivas, que o povo acreano conferiu ao PT. E as nossas administrações promoveram verdadeiros milagres no Estado.

Agora nesse pleito de 2022, numa eleição que extrapola a disputa político/partidária, pois está em jogo o processo civilizatório e humanitário, aqui no Acre não podemos abdicar de apresentar os nossos candidatos majoritários para ter um palanque para denunciar e combater o fascismo que nos ameaça a todos. Um palanque para mostrar e defender o nosso legado. Um palanque para fortalecer o nosso partido e contribuir com o desempenho dos nossos candidatos proporcionais. Um palanque para ajudar o Lula a ter um melhor desempenho no Estado. Ganhar ou perder faz parte de qualquer disputa e como disse Churchil: na política, ninguém morre definitivamente. E lutar para nós do PT é um destino!!

Quero terminar falando de outros milagres na política que estão relacionados a família ARAÚJO. Um sobrenome que tem história, tem tradição e tem densidade política. Está fazendo 60 anos que JOSÉ AUGUSTO DE ARAÚJO (1930-1971), foi eleito o 1º governador do Acre, derrotando o favorito que era considerado o “pai do Estado”, Guiomard dos Santos. – 1º milagre.

O 2º milagre foi em 1966. Com apenas uma carta de apresentação de seu marido José Augusto e sem por os pés no Acre, MARIA LÚCIA DE MELO ARAÚJO, gravida de Nazaré Araújo, foi eleita a Deputada Federal mais votada no Acre naquele pleito. Logo depois do AI-5, Maria Lúcia, também seria cassada. Maria Lúcia conquistaria um novo mandato popular para Deputada Federal Constituinte, em 1986, sendo uma das signatárias da Constituição Cidadã, ainda em vigor.

Nesse momento tão decisivo para o povo acreano e brasileiro tenho acompanhado as articulações das mulheres para emplacar o nome de MARIA DE NAZARETH MELO DE ARAÚJO LAMBERT como nossa candidata ao Governo do Acre e me associo aos muitos companheiros e companheiras que defendem esse nome. Um nome que carrega a predestinação dos ARAÚJOS de realizarem verdadeiros MILAGRES na política do Acre.

Como acredito na política e nos milagres, espero que a amiga e companheira Nazareth Araújo, aceite o desafio e deixe o povo do Acre lhe levar para o 2º turno e, estando lá, para o governo é um milagrinho de nada, pois Lula está vindo aí com sua “rede de arrasto”.

 

Rio Branco (AC), 31 de julho de 2022

 *Marcos Inácio Fernandes (Marcão), é militante do PT


- Eleições Majoritárias do Acre (Governadores e Senadores) 1962/2018 -

 

Período

Governador / Coligação / Partido

Observações

1962 - 1964

José Augusto de Araújo - PTB

1º Governador eleito do Acre, pelo PTB. Senadores Guiomard Santos e Geraldo Mesquita

1964 - 1966

Edgard Cerqueira leite -

Capitão do Exército, comandante do 4º Batalhão de Fronteiras no Acre é o 1º Governador do regime militar, instaurado em 1964.

1967 - 1970

Jorge Kalume - ARENA

Eleito indiretamente pela ALE

1971 - 1974

Wanderley Dantas - ARENA

Eleito indiretamente pela ALE

1975 - 1978

Geraldo Mesquita - ARENA

Eleito indiretamente pela ALE

1979 - 1982

Joaquim  Macedo - ARENA

Eleito indiretamente pela ALE.

1983 -1986

Nabor Junior/ Iolanda Lima - PMDB

Elegeu-se com 36.369 votos. Deixou o governo antes do encerramento do mandato para se eleger Senador. Adversários: Jorge Kalume (PDS); Nilson Mourão (PT); Natalino de Brito (PTB). Mário Maia se elege Senador.

1987 - 1990

Flaviano Melo / Edson Cadaxo - PMDB

Flaviano se elegeu com 68.117 votos. Os adversários foram: Mário Maia pela Coligação Popular do Acre (PDT, PDS e PFL); Hélio Pimenta (PT); Elege-se Senadores: Nabor Júnior e Jorge Kalume numa disputa com 13 candidatos, inclusive o PT (Matias), PCB (Evaristo de Luca) e o PC do B (Rita Batista)

1991- 1994

Edmundo Pinto / Romildo Magalhães

Eleições decidida no 2º turno. Elegeu-se com 71.876 votos, contra 59.741 de Jorge Viana (PT). Com pouco mais de 1 ano de governo foi assassinado e lhe sucedeu o vice, Romildo Magalhães. Adversários: Jorge Viana (PT, PDT, PC do B, e PCB); Osmir Lima (PMDB); Rubens Branquinho (PTB, PDC, PL, PTR, PRN) e Réssine Jarude (PSDB)

1995 - 1998

Orleir Cameli – PRP/PP

Elegeu-se em 2º turno com 91.997 votos contra Flaviano Melo (PMDB, PDT, PSDB), com 79.436 votos. Demais postulantes: Tião Viana (PT, PSTU, PPS, PSB, PV e PC do B) e Duarte  Neto- Duda (PRONA). No 2º turno o PC do B, apoiou Flaviano e o PT liberou os militantes.

1999 – 2002

Jorge Viana – (FPA: PT-PSDB-PC do B-PDT-PSB-PPS-PV-PMN-PTB-PL-PSL-PT do B)

Jorge Viana (PT) se elegeu com 112.889 votos (57,70%) em chapa com Edson Cadaxo (PSDB). Os adversários foram: Alércio Dias (PFL); Chicão Brígido (PMDB); Duarte Neto – Duda (PRONA). Tião Viana se elege Senador com 103.559 votos.

2003 - 2006

Jorge Viana – (FPA: PT-PL-PC do B-PV-PMN-PSDC-PT do B)

Jorge Viana (PT), se elege com 165.574 votos (63,58%) em chapa ”puro sangue” com Binho Marques (PT). Os adversário foram:  Flaviano Melo (PMDB); José Mastrângelo (Frente Trabalhista: PPS-PTB-PDT);Antônio Edson A.Silva (PSL); Antônio Neres Gouveia (PRTB). Marina Silva (PT), com 157.588 votos  se elege Senadora, junto com Geraldo Mesquita Jr,(PSB/PSC), com 104.993 votos.

2007 - 2010

Binho Marques – (FPA: PT-PSB-PC do B-PP-PL-PMN- PRTB)

Binho (PT) se elegeu em 1º turno com 165.961 votos (53,05%). Dividiu a chapa co César Messias (PP). Adversários: Márcio Bittar (Frente da Cidadania: PPS-PMDB-PDT-PTC-PHS); Tião Bocalon (Produzir Para Empregar:PSDB-PFL-PTB); José Wilson (PSOL); Edvaldo Guedes PAN); Benício Dias (PSDC); José Aleksandro (PRONA).

Tião Viana (PT) se reelege Senador com 187.432 votos.

2011 - 2014

Tião Viana – (FPA: PT-PP-PRB-PDT-PTN-PR-PSDC-PHS-PTC-PSB-PV-PRP-PCB-PTB-PSTU-PC do B)

Tião Viana (PT), se elege no 1º turno com 170.202 votos (50,51%), compondo a chapa com César Messias (PP). Jorge Viana se elege Senador com 205.593 votos (31,77%) e a 2ª vaga do Senado fica com Sérgio Petecão com 199.956 votos (30,90%)

2015 -2018

Tião Viana – (FPA: PT-PDT-PC do B-PSB-PTB-PCB-PSL-PSDC-PTN-PPL-PROS-PRP-PHS-PEN)

Tião Viana (PT) compôs a chapa com Nazaré Araújo (PT) e ganhou no 2º turno com 196.509 votos (51,29% para Márcio Bittar, que obteve 186.658 votos (48,71%). Ficou com a vaga do Senado, Gladson Cameli com 218.756 votos (58,36%) compondo a Aliança Por Um Acre Melhor: PSDB-PMDB-PP-PSC-PSD-PR-PPS-PT do B-SD-PTC)

2019 - 2022

Gladson Cameli (PP, PPSPSDBPPMDBSDPSDDEMPMNPRPTC e PTB.)

Gladson Cameli (PP) – 223.993 (53,71%);

Marcus Alexandre (PT) – 144.071 (34,54%);

Coronel Ulisses (PSL) – 45.032 (10,80%);

Janaina Furtado (REDE) – 2,765 (0,66%);

Dave Hall (AVANTE) – 1.215 (0,29%)

Senado

Sérgio Petecão (PSD) – 244.103 (30,71%);

Márcio Bittar (MDB) – 185.066 (23,28%);

Jorge Viana (PT) – 117.200 (14,74%);

Ney Amorim (PT) – 115.243 (14,50%);

Minoru Kinpara (REDE) -112.989 (14,21%);

Pedrazza (PSL) – 20.302 (2,55%)

 

 

Organização: Marcos Inácio Fernandes.


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