domingo, 31 de dezembro de 2023

BALANÇO POLÍTICO DE 2023!


]



 Um excelente balanço político do ano de 2023 pelo meu amigo pro. Dr. Homero de Oliveira Costa. Reproduzo. Esse dilema vai continuar em 2024. Torcendo para Lula, com seu tirocínio político, consiga minimizar os seus efeitos. (MIF).


Governo Lula (Ano I) e os dilemas do presidencialismo de coalizão

Homero Costa

31 de dezembro de 2023

O processo de devastação causado pelo desmonte e a desestruturação do Estado e das políticas públicas no país pelo governo Bolsonaro (e dos dois anos do desastroso governo de Michel Temer) impôs enormes desafios ao governo Lula no seu primeiro ano de mandato, do que tem sido chamado apropriadamente de reconstrução nacional.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ao comentar sobre o primeiro ano do governo Lula salientou as aprovações de importantes projetos do Executivo no Congresso Nacional e afirmou que o presidente conseguiu - como parte de iniciativas para reverter o conjunto de retrocessos institucionais, orçamentários e normativos  do governo anterior - atingir quatro principais objetivos: equilíbrio econômico, reconfiguração de projetos sociais, (re) posicionar o Brasil no mundo (política externa) e a manutenção da (até então) ameaçada democracia.

Playvolume00:00/01:00saibamaisTruvidfullScreen

Um breve balanço do primeiro ano de governo evidenciou as diferenças em relação ao anterior e para melhor. Houve inegáveis avanços como o restabelecimento do clima democrático, depois de uma tentativa frustrada de um golpe de Estado no dia 8 de janeiro (antecedida por outras tentativas), o crescimento de 3% no PIB (maior do que havia sido previsto), o retorno de investimentos em programas sociais, como Bolsa Família, Farmácia Popular (que havia sido abandonado), reativação ampliada do Programa Mais Médicos, a priorização da vacinação (desde 2016 havia uma queda da cobertura vacinal ampliada no governo Bolsonaro assim como queda de consultas, cirurgias e outros procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde).  

Houve também, redução do desmatamento na Amazônia (22%), na política externa (o país deixando de ser o pária que foi durante o governo Bolsonaro), programas como Desenrola Brasil, mais empregos (a taxa de desemprego do Brasil recuou a 7,7% no terceiro trimestre de 2023. Foi o menor patamar para esse intervalo desde 2014), salário-mínimo teve seu primeiro aumento real em anos. Houve também a aprovação da reforma tributária, do arcabouço fiscal e tributação de fundos exclusivos e no dia 27 de dezembro o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) superou os 134 mil pontos, pela primeira vez na história, acumulando uma variação de quase 23% em um ano , além da queda da cotação do dólar.

Na cultura, pelos dados disponíveis, segundo dados do Ministério da Cultura divulgados pelo colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles no dia 20 de dezembro de 2023, o governo destinou para a Lei Rouanet mais recursos em 2023 do que nos quatro anos do governo Bolsonaro. Foram disponibilizados R$ 16,3 bilhões para projetos culturais, enquanto no governo anterior foram R$ 3,4 bilhões. Foram aprovados 10,6 mil projetos contra 13,6 mil aprovados de 2019 a 2022. Um recorde histórico de recursos e projetos aprovados.

Enfim, com taxa de desemprego em queda, crescimento da atividade econômica e inflação menor, o ano de 2023 termina com um saldo positivo para o governo.

No entanto, para aprovar projetos relevantes foi (e é) necessário contar com o apoio do Congresso Nacional. Mas como o governo não tem maioria tem de ceder, fazer concessões.

E a relação com o Congresso Nacional parece ser o grande desafio do governo. Ao contrário dos dois mandatos anteriores, Lula não tem maioria no Parlamento. Ainda tentou construir após a vitória eleitoral e antes da posse, mas não conseguiu.

E o que se constatou, especialmente no primeiro semestre, foram várias derrotas do governo no Congresso Nacional. A primeira expressiva foi à votação do Marco Temporal, parte da ofensiva da direita contra a agenda de proteção ambiental e dos povos tradicionais. Foram 283 votos a favor e 155 contra. 

Outra foi do Marco Legal do Saneamento. Em uma votação na Câmara, 295 votaram a favor e 136 contra, e derrubaram trechos de dois decretos (um deles impedia a licença de empresas públicas de saneamento para prestarem serviços a microrregiões ou região metropolitana sem licitação).

Houve também, o que não aconteceu nos  dois governos anteriores de Lula,  à criação, em apenas cinco meses - de quatro CPIs; do MST, do 8 de janeiro (CPMI) – que o governo inicialmente foi contra - das Americanas e das Apostas.

Além disso, o Congresso adiou sistematicamente a votação do PL das Fake News.

E o processo continuou.  No dia 14 de dezembro de 2023 o Congresso derrubou o veto de Lula à desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. No Senado foram 60 pela derrubada e apenas 13 contra, e na Câmara foram 378 votos a favor e 78 contra.

 Houve também a retirada de todas as menções às restrições do Marco Temporal (vetado por Lula) da demarcação de terras indígenas até  a Constituição de 1988 (embora o STF já tenha decidido que a tese do Marco Temporal é inconstitucional).

E finalmente a votação no dia 20 de dezembro de 2023 para o orçamento do próximo ano, que ampliou o poder do Parlamento e prevê despesas recorde com emendas parlamentares e determinou que o governo terá que cumprir prazos no pagamento de emendas impositivas (que são de pagamento obrigatório). Antes, não havia prazo.

Essa aprovação em particular mostra como o governo deverá enfrentar dificuldades em obter recursos públicos para investir na infraestrutura e na área social com os cortes no orçamento, como os 6,3 bilhões em relação ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na educação (360 milhões), no Minha Casa Minha Vida (4 bilhões), Farmácia Popular (R$ 336,9 milhões), Fies (R$ 41 milhões menos do previsto pelo governo) e o vale-gás com corte de R$ 44,3 milhões.

Além disso, não há previsão de reajuste do salário do funcionalismo público.

O conjunto do que foi aprovado obriga o governo a enxugar despesas (a chamada austeridade fiscal) que limita os gastos públicos para evitar déficit.

 Ao mesmo tempo o Congresso aprovou aumento para as emendas parlamentares, na qual o governo havia propostos R$ 37,6 bilhões e foi aprovado R$ 53 bilhões, um aumento de 42% em relação a 2022 (e deste total, 36 bilhões são para emendas impositivas). E para o Fundo Eleitoral o governo propôs R$ 939,3 milhões e foram aprovados R$ 4,9 bilhões.

Também foi aprovada a criação de um calendário para liberar as emendas. O presidente terá até o dia 30 de junho de 2024 para distribuir verbas e não mais poderá liberar antes de votações que considere importante, como ocorreu em 2023.

O fato é que o Congresso impôs limites aos poderes do presidente da República, diminuindo o seu poder de barganha.  Se a Constituição de 1988 garante ao presidente um grande poder de agenda (iniciativa legislativa preferencial, exclusividade de iniciativa em matérias orçamentárias, legislar por decretos e medidas provisórias etc.,) ter o apoio da maioria do parlamento é fundamental. Quem não fez isso, como Bolsonaro no início do governo, teve consequências, como várias derrotas em votações. Depois, aderiu ao Centrão que passou a ter o controle do orçamento federal, com a criação das emendas do orçamento secreto e das emendas de relator e na prática a terceirização da administração pública.

E esse o grande risco do que pode ocorrer também no governo Lula.  Uma característica do presidencialismo de coalizão é como diz o cientista político Sérgio Abranches em artigo pioneiro sobre o tema (1988) é o fato de que os partidos dos presidentes (eleitos) tem sido minoria no Congresso desde 1945 e dependem de coalizões para garantir a governabilidade. E se é inegável que tem seus ganhos, como a aprovação de projetos de seu interesse, também tem seu preço e no caso do atual governo Lula com a nomeação de indicados da direita fisiológica para altos cargos no aparelho de Estado.

E no Congresso Nacional, majoritariamente de direita, quem mais se fortaleceu e desde o governo Bolsonaro, foi o Centrão -– E isso se expressa nas votações e também liberação de emendas parlamentares.

De acordo com o levantamento feito Luis Felipe Pereira e Marcos Mortari para o InfoMoney, tendo como base de dados o Portal da Transparência e publicado em 02/10/2023, até o dia 20 de setembro, a maior parte na distribuição de emendas parlamentares do ano foram para os partidos que integram Centrão. E quem mais recebeu foi o PL - que tem 99 deputados e 11 senadores - e obteve R$2,28 bilhões dos mais de R$ 23 bilhões empenhados.   O PT, com 68 deputados federais, ficou em 4º lugar, com R$ 1,71 bilhão, enquanto os partidos da base aliada, PSOL, PC do B, PV, PDT e PSB, tiveram R$ 1,89 bilhão empenhado, um pouco mais do que o Progressistas. (dados disponíveis em ). Acesso em 27 de dezembro de 2023.

E houve também liberações vultosas que antecederam votações importantes no Congresso. Para citar apenas uma: na votação da PEC da reforma tributária no dia 5 de junho de 2023, um dia antes foram liberados R$ 5,25 bilhões, o maior repasse desde a criação da chamada “emendas pix” em 2019 (uma modalidade de emenda de transferência direta a estados e municípios) e representou 74,88% do total destinado exclusivamente a esse tipo de emenda para 2023.

O resultado foi à aprovação da PEC por 382 votos contra 118, com 20 votos a favor na votação de primeiro turno e 18 no segundo do PL, que recebeu o maior valor em emendas: quase R$ 700 milhões. 

A ampliação dos poderes do Legislativo levou alguns analistas a considerar se tratar na prática de um semipresidencialismo ou de um semiparlamentarismo, como o sociólogo e ex-deputado Liszt Vieira que considera que o aumento das verbas para as emendas parlamentares “ocorre num contexto de semiparlamentarismo que pressiona o Poder Executivo, minoritário no Parlamento, a fazer alianças e concessões que fortalecem o Legislativo e enfraquecem o governo”.

As concessões são inevitáveis e necessárias e explica a vitória do governo em muitas e importantes votações. Mas, a que custo? Para garantir as condições de governabilidade, se compondo com partidos fisiológicos, há o risco de ficar refém do parlamento, como ocorreu com Michel Temer, que se livrou, por duas vezes, da abertura de um processo de impeachment, assim como Bolsonaro, que teve o apoio da maioria do Congresso Nacional, e especialmente na presidência da Câmara dos Deputados com os mais de 100 pedidos de impeachment que sequer foram analisados.

Este é um aspecto relevante: para manter uma coalizão é preciso de articulação política, mas também ceder, com cargos e liberação de emendas (não impositivas). O problema central nesse sentido é o fisiologismo parlamentar em um momento no qual a maioria fisiológica comanda o Legislativo e como afirmou Roberto Amaral cientista político e ex-ministro da Ciência e Tecnologia, um governo que necessita da partilha do poder, e  coabita com o Centrão e a direita, se fragiliza “em face de sua minoria em um Congresso reacionário e chantagista” que “A cada necessidade do governo, nova paralisação da pauta, nova chantagem, novo pagamento, mediante cargos ou verbas”.

Homero Costa

 


quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

DIA NACIONAL DO EXTENSIONISTA RURAL

 

DIA NACIONAL DO EXTENSIONISTA RURAL

Por: Marcos Inácio Fernandes (Marcão)

O dia 6 de dezembro, marco da Extensão Rural no Brasil, foi instituído, por meio do Projeto de Lei 2.191/2007, de autoria do Deputado Nárcio Rodrigues da Silveira, (PSDB-MG), como o  DIA NACIONAL DO  EXTENSIONISTA RURAL.

Aconteceram celebrações por todo Brasil, desde o início da semana, quando no dia 04/12, o presidente da Frente Parlamentar da Extensão Rural, Zé Silva (Solidariedade-MG), promoveu  no plenário da Câmara dos Deputados, Sessão Solene em homenagem ao Dia da Extensão Rural, abrindo as celebrações dos 75 anos da Extensão Rural no Brasil. Na oportunidade, o deputado Zé Silva juntamente com o Presidente da ASBRAER, Natalino Avance de Souza, lançaram o livro: EXTENSÃO RURAL NO BRASIL (1948-2023): UM OLHAR NA HISTÓRIA” , que me dei a tarefa de organizar.

Aqui no Estado, da mesma forma a EMATER-AC, também celebrou os 75 anos da ER, reunindo no seu auditório os técnicos de todo Estado, que trouxeram de seus municípios uma amostra da produção familiar, que decorou o auditório. Após as falas do dispositivo de honra, a extensionista Vera Gurgel, traçou uma radiografia da trajetória do nosso serviço no Acre e fizemos uma homenagem póstuma ao colega, já aposentado, Antônio Lemos (nosso Toinho), que havia falecido no dia anterior. No evento, a generosidade dos colegas, me deram oportunidade de apresentar o livro que organizei. Apresentei e fiz os agradecimentos aos colegas e amigos da ATER/AC, que adquiriram os exemplares antecipadamente e fiz a entrega de um exemplar ao Secretário Luiz Tchê, para o acervo da instituição. Após a solenidade, foram as confraternizações e reencontros de amigos no lauto e saboroso café que os organizadores prepararam.


Memória Fotográfica

Dep. Zé Silva e Natalino Avance (Presidente da ASBRAER), apresentando o livro


Dispositivo de honra na solenidade da EMATER/AC (Com alimentos dos municípios acreanos)


Com o confrade Nilton Cosson (Ex-dirigente da ASBRAER


Fátima Souza e Vera Gurgel (A apresentadora da trajetória da ATER no Acre)


Marcão (Apresentando o livro e agradecendo o convite)


Plenária da Emater-AC


Composição do Dispositivo


Diretor Ténico da Emater, Wally, me apresentando.



terça-feira, 28 de novembro de 2023

LANÇAMENTO DO LIVRO DOS 75 ANOS DA EXTENSÃO RURAL (EMATER-RO EM PORTO VELHO – 27/11/2023)

 

Tarcísio, Marcão e Luciano (Presidente da Emater-RO)

Arimatéia (vice-Presidente), Tarcíusio (ABER), Marcão, Luciano (Presidente), Zequinha  e Luiz Carlos (Ex-Presidente )


LANÇAMENTO DO LIVRO DOS 75 ANOS DA EXTENSÃO RURAL

(EMATER-RO EM PORTO VELHO – 27/11/2023)

Por: Marcos Inácio Fernandes.

Como eu sempre digo: “foi de torar a alça do corpete”, o lançamento do livro sobre os 75 anos da Extensão Rural Brasileira, que tive o privilégio de organizar. Em Porto Velho tive como anfitrião principal, meu amigo e confrade José Tarcísio (um fidalgo) e recebi todo apoio da direção da EMATER/RO. Fui tratado na mão (como galo velho). Hospedagem na SEATER (simples, mas limpa, com ar-condicionado, TV e banho quente); café, almoço e janta a “0800”, por conta de meus anfitriões. Ademais, recebi muitas energias positivas, que só a generosidade e solidariedade dos que fazem a extensão rural, Brasil afora, são capazes de proporcionar. Apesar da longa viagem de ônibus foram 2 dias de extremo repouso. Retornei a Rio Branco revitalizado.

O lançamento foi nas dependências da EMATER/RO e a direção mobilizou todos os servidores e alguns pioneiros da extensão de Rondônia, que exerceram cargos na direção da Autarquia. Tive o privilégio de conhecer o Luiz Carlos, 2 vezes Presidente da Emater, Secretário de Estado da Agricultura e ex-deputado estadual – um dos “Baobás” da extensão brasileira.

 Na EMATER/RO, tem uma mística muito importante, que a direção faz com os servidores no início da cada semana. A leitura de um texto bíblico e a oração universal do Pai Nosso, que é comum a todos os credos. Depois a direção compartilha os informes das coisas importantes da semana que passou e da que se inicia. Nessa segunda-feira (27/11), a palavra foi:Habacuque 3:17-18 ARC. [17] Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimentos; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, [18] todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.”

Rezou-se o Pai Nosso e o Presidente Luciano anunciou o lançamento do livro e passou a palavra para algumas personalidades do improvisado dispositivo. Na minha vez de apresentar o livro fiz uma homenagem póstuma ao colega e amigo PRIETO, que subiu para o andar de cima. Quando pronunciamos seu nome, os colegas extensionistas responderam: PRESENTE!! Acredito nessa energia cósmica que emana dos que já partiram.

Depois foi a sessão de autógrafo do livro (Tarcísio conseguiu vender os 10 exemplares disponibilizados e ficou com mais 10 para vender aos colegas dos escritórios da Emater de Rondônia.)

A cobertura fotográfica ficou a cargo do ROBSON PAIVA (Robinho) – DRT/RO 1339. E a jornalista da Emater/RO fez uma matéria para o site da Autarquia, que retrata com fidedignidade o evento do lançamento do livro. Transcrevo:

Livro conta a história dos 75 anos de extensão rural no Brasil

Wania Ressutti 27 de novembro de 2023 Livro conta a história dos 75 anos de extensão rural no Brasil2023-11-27T12:13:29-04:00DestaquesNotíciasUltimas notícias

A obra é essencial para se compreender a grandeza da extensão rural para o desenvolvimento do país.

Lançado na sede da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO), em Porto Velho, nesta segunda-feira (27), o livro “Extensão Rural no Brasil – 1948-2023: um olhar na história”, organizado pelo extensionista militante Marcos Inácio Fernandes, traz a trajetória de 75 anos dos serviços de extensão rural em solo brasileiro. O livro foi produzido pela Academia Brasileira de Extensão Rural (Aber) com apoio da Associação Brasileira das Entidade de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária (Asbraer) no intuito de fortalecer e preservar os princípios e valores da extensão rural, por meio de reflexões dos extensionistas brasileiros que contribuíram para a implantação do serviço no país.

A Academia Brasileira de Extensão Rural foi fundada em 2006, pela Asbraer, com o objetivo de construir e socializar a história da extensão, preservando as experiências já vividas, resgatando a memória e criando um acervo de prospecção de futuro. “O objetivo é promover a importância da extensão rural no país”, explica o extensionista rural José Tarcísio Batista Mendes, que já foi secretário executivo da Emater-RO, secretário de Estado da Agricultura de Rondônia e hoje é um acadêmico da Aber.

O organizador do livro, professor Marcos Inácio Fernandes, trabalhou por 28 anos nos serviços de assistência técnica e extensão rural, tendo iniciado sua trajetória no estado do Acre, onde ocupou o cargo de Secretário de Estado da Extensão Agroflorestal, acumulando a presidência da Emater-AC. Para ele, o livro traz uma experiência rica, capaz de contribuir para uma nova visão na extensão rural e, parafraseando José Ortega y Gasset, diz que, “o passado não nos dirá o que devemos fazer, mas o que devemos evitar.”.

O livro reuniu personagens que marcaram história da extensão rural no Brasil.

O livro “Extensão rural no Brasil: um olhar na história” reuniu personagens que, ao longo desses 75 anos, marcaram história na construção e no desenvolvimento do país. “São reflexões que remetem à uma trajetória repleta de desafios, conquistas e transformações escritas por especialistas e estudiosos dedicados, todos com larga experiência”, ressalta o ex-presidente da Asbraer, Argileu Martins da Silva, no prefácio que escreveu para o livro.

O atual vice-presidente nacional de assistência técnica, extensão rural e regularização fundiária da Asbraer, Luciano Brandão, que também é diretor-presidente da Emater em Rondônia, diz que a obra é essencial para que novos extensionistas, estudiosos e profissionais possam compreender a grandeza do que foi e ainda é a extensão rural para o desenvolvimento da agricultura no país. “A extensão rural completa 75 anos no Brasil e nós, em Rondônia, já temos uma trajetória marcada por 52 anos de serviços no estado, temos muita história que também merece ser contada”, diz Brandão.

Para o governador Marcos Rocha, os serviços de extensão rural no estado têm sido muito importância para o fortalecimento da agricultura familiar. “A história da Emater em Rondônia traz o reflexo da experiência dos serviços de extensão rural que fizeram a agricultura crescer no país e com certeza, a experiência narrada servirá de fonte de inspiração e conhecimento para as novas gerações”, disse o governador.

Texto: Wania Ressutti
Jornalista – MTE-1744/RO
Fotos: Robson Paiva
Repórter fotográfico – MTE-
familiar,desenvolvimento,extensão ruralA obra é essencial para se compreender a grandeza da extensão rural para o desenvolvimento do país. Lançado na sede da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO), em Porto Velho, nesta segunda-feira (27), o livro “Extensão Rural no Brasil – 1948-2023: um olhar na história”, organizado pelo...Wania RessuttiWania Ressuttiwania@emater-ro.com.brAdministrator

 

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA

A Hospedagem

Café da manha no Mercado com Sales e Agnaldo e apreciando um forró Pé de Serra

Autografando o livro do Zequinha (Fomos ao 1º CONFASER em Curitiba em 1987, juntos)

Fala do Luciano - Presidente da Emater-RO

PIX para compra do livro

Arimatéia, Tarcísio, Marcão e Luciano.

Marcão e Luciano

Hermes e Marcão

Sorrival e Marcão

Luiz Carlos e Marcão

vendo  a Galeria dos Presidentes da Emater-RO

Pedro Vilson e Marcão


Robinho (Fotógrafo) e Marcão



Zequinha e Luiz Carlos.



Visitando a Fundação Zequinha Araújo (Francisco Maciel, Marcão, Zequinha e Márcio Milani)



 


quarta-feira, 22 de novembro de 2023

A RESILIÊNCIA DE UMA VELHA SENHORA DE 75 ANOS - ESTÁ NO LIVRO

 


A RESILIÊNCIA DE UMA VELHA SENHORA DE 75 ANOS

Esta senhora é a Extensão Rural Brasileira, que completa em dezembro 75 anos. Ela insiste na juventude e se diz “semi-nova”. No Aurélio o verbete diz: “resiliência é a capacidade de se recobrar ou de se adaptar à má sorte, as mudanças”. Pois bem, nesses 75 anos, a Extensão Rural demonstrou essa capacidade de resiliência. Resistimos a 2 choques do Petróleo (1973/1979); a sete reformas monetárias (do Cruzeiro ao Real); a mais de 17 Planos e Programas Econômicos, inclusive a “Ponte para o Futuro” de Temer; a avalanche neoliberal dos anos 80/90; as sucessivas e recorrentes crises mundiais do capitalismo; as sucessivas mudanças jurídicas dos governos estaduais; a desconstrução das Políticas Públicas  dos governos Temer/Bolsonaro; e, por último, uma epidemia mundial, (COVID 19), que vitimou mais de 700 mil pessoas no Brasil. (pag. 270)

Essas são algumas das informações do livro que lançamos ontem (21/11) em Rio Branco – “A EXTENSÃO RURAL NO BRASIL (1948-2023): UM OLHAR NA HISTÓRIA”. Trata-se de uma construção coletiva, que me dei a tarefa de organizar, que trás textos primorosos de veteranos extensionistas, que fazem parte da Academia Brasileira de Extensão Rural – ABER, que foi criada em 2007.

Na saudação aos colegas da extensão e aos amigos que se fizeram presentes no lançamento, fiz os agradecimentos de praxe e teci algumas considerações sobre o processo de construção do livro e narrei dois comentários sobre a obra de um amigo novo, Medeiros, Dr. Em literatura brasileira e de um velho amigo da Extensão do Rio Grande do Sul, Raimundo de Paula. Elas sintetizam o espírito do livro. Reproduzo-as:

Medeiros disse: “Marquito Fiz umas anotações informais.

O livro “Extensão Rural no Brasil (1948-2023)” é robusto com mais de trezentas páginas, e alentado, por diversidade histórica da Academia Brasileira de Extensão Rural, contendo textos pontuais escritos por acadêmicos experientes, tarimbados. Deduzo que seja repositório de documentos importantes e de registros textuais e fotográficos significativos do percurso, de mais de setenta anos, de Extensão Rural brasileira.

Por enquanto, li os seus seis textos incluídos na edição, o primeiro deles (cumprindo o seu papel de organizador do volume) dedicado a fazer a ‘saudação aos membros da ABER). Os demais, registros de circunstâncias e épocas distintas, transmitem um seu entusiasmo – justificado – acerca da relevância sócio-política, também, de agente transformador da realidade, frequentemente dura, nos muitos rincões, interiores pais afora; a Extensão Rural, você divulga, é o diferencial, o promotor de mudança de qualidade de vida das comunidades por ela atendidas.

Nos seus textos, me chamou a atenção quando você discorre seus argumentos, com qualidade, ilustra seus raciocínios com paralelos, citações de arte, sejam oriundos da música, do teatro, da poesia, sejam de filosofia, de cultura da ordem geral, e o faz discreto e pertinente.

O universo da Extensão Rural – pior para mim – não integra o meu ponto de vista cotidiano. Contudo, ler seus textos foi ocasião de muito aprendizado, foi muito bom!

Uma vez mais, grato pelo livro.

Raimundo de Paula, disse: “Parabéns pela sua excelente iniciativa. ... E principalmente por sua acabativa. Falo isso porque às vezes temos pomposos inicialmentes e péssimos ou desastrosos finalmentes. Imagino, o tempo, a dedicação, as dificuldades, as finanças, os atrasos, as viagens, os contatos, os desencontros.  Enfim uma infinidade de probleminhos que somados, dão um problemão . Você é merecedor de nossos aplausos. Sinta-se carinhosamente abraçado por mim e ...me atrevo a dizer: por todos aqueles que têm a Extensão Rural, no sangue.  Estou ansioso para ler e reler o livro.”

Dizer mais o que?

Dizer apenas, que o lançamento foi maravilhoso e fluiu uma energia muito positiva que fez aflorar alguns sentimentos bons...de amizade, solidariedade, companheirismo, afetos, humor e muita confraternização entre familiares, colegas e amigos.  Ademais, o  espaço do Memorial dos Autonomistas, além de histórico é aconchegante e tem em D. Fátima, uma excelente cuidadora desse espaço cultural de nossa cidade.

No mais foi festa com os amigos do Som da Madeira, (Maestro Tony do Bandolim; James, violão; Nilton, acordeon; e Ligute, pandeiro ) executando música popular brasileira e ainda teve a canja de Barrinhos cantando Lupicínio e Cartola) E, finalmente o coquetel compartilhado e ainda vendemos 12 livros. Boa leitura a todos e a renovação da minha gratidão.

Eis a memória Fotográfica do evento:


Uma parte dos presentes - iniciando os trabalhos


Eró e Marcão


Rogério (irmão), Eró (esposa), Laila (nora) e Luis Guilherme (neto)


Com o casal Darcilene e Pedrinho


Com o casal Generoso e Madazinha


Barrinhos, eu e Socorro Miranda


Marcão autografando


Com Kelinha e filho (Ex-nora)


Com Bete


Com Emerson - OCB


Com Canízio


Com D. Fátima, diretora do Memorial


Com Do Carmo


Com Lena


                                                               Com o mano Rogério


Com Ormifran (A revisora)


Marcão, Arthur (neto) Ana (filha) e Max ( genro)


Apresentando a revisora do livro, Ormifran


Com Silvânia


Com Valdomiro da OCB


O Som da Madeira (Ligute, Tony, James e Nilton)



Reencontro de duas amigas (Eró e D. Fátima)


Canja de Barrinhos


Com Barrinhos e o mano Rogério


Com meu 1º neto, Arthur


Rindo dos "causos" do Pedrinho


Com Socorro Miranda



"Bate outra vez com esperanças o meu coração" (Cartola) - Barrinhos interpretando. Muita emoção,