A RESILIÊNCIA DE UMA VELHA SENHORA DE 75 ANOS
Esta senhora é a Extensão Rural
Brasileira, que completa em dezembro 75 anos. Ela insiste na juventude e se diz
“semi-nova”. No Aurélio o verbete diz: “resiliência é a capacidade de se
recobrar ou de se adaptar à má sorte, as mudanças”. Pois bem, nesses 75 anos, a
Extensão Rural demonstrou essa capacidade de resiliência. Resistimos a 2
choques do Petróleo (1973/1979); a sete reformas monetárias (do Cruzeiro ao
Real); a mais de 17 Planos e Programas Econômicos, inclusive a “Ponte para o
Futuro” de Temer; a avalanche neoliberal dos anos 80/90; as sucessivas e
recorrentes crises mundiais do capitalismo; as sucessivas mudanças jurídicas
dos governos estaduais; a desconstrução das Políticas Públicas dos governos Temer/Bolsonaro; e, por último,
uma epidemia mundial, (COVID 19), que vitimou mais de 700 mil pessoas no
Brasil. (pag. 270)
Essas são algumas das informações
do livro que lançamos ontem (21/11) em Rio Branco – “A EXTENSÃO RURAL NO
BRASIL (1948-2023): UM OLHAR NA HISTÓRIA”. Trata-se de uma construção
coletiva, que me dei a tarefa de organizar, que trás textos primorosos de
veteranos extensionistas, que fazem parte da Academia Brasileira de Extensão Rural
– ABER, que foi criada em 2007.
Na saudação aos colegas da
extensão e aos amigos que se fizeram presentes no lançamento, fiz os agradecimentos
de praxe e teci algumas considerações sobre o processo de construção do livro e
narrei dois comentários sobre a obra de um amigo novo, Medeiros, Dr. Em literatura
brasileira e de um velho amigo da Extensão do Rio Grande do Sul, Raimundo de
Paula. Elas sintetizam o espírito do livro. Reproduzo-as:
Medeiros disse: “Marquito Fiz umas anotações
informais.
O livro “Extensão Rural no Brasil (1948-2023)” é robusto com
mais de trezentas páginas, e alentado, por diversidade histórica da Academia
Brasileira de Extensão Rural, contendo textos pontuais escritos por acadêmicos
experientes, tarimbados. Deduzo que seja repositório de documentos importantes
e de registros textuais e fotográficos significativos do percurso, de mais de
setenta anos, de Extensão Rural brasileira.
Por enquanto, li os seus seis textos incluídos na edição, o
primeiro deles (cumprindo o seu papel de organizador do volume) dedicado a
fazer a ‘saudação aos membros da ABER). Os demais, registros de circunstâncias
e épocas distintas, transmitem um seu entusiasmo – justificado – acerca da
relevância sócio-política, também, de agente transformador da realidade,
frequentemente dura, nos muitos rincões, interiores pais afora; a Extensão
Rural, você divulga, é o diferencial, o promotor de mudança de qualidade de
vida das comunidades por ela atendidas.
Nos seus textos, me chamou a atenção quando você discorre
seus argumentos, com qualidade, ilustra seus raciocínios com paralelos,
citações de arte, sejam oriundos da música, do teatro, da poesia, sejam de
filosofia, de cultura da ordem geral, e o faz discreto e pertinente.
O universo da Extensão Rural – pior para mim – não integra o
meu ponto de vista cotidiano. Contudo, ler seus textos foi ocasião de muito
aprendizado, foi muito bom!
Uma vez mais, grato pelo livro.
Raimundo de Paula, disse: “Parabéns pela sua excelente iniciativa.
... E principalmente por sua acabativa. Falo isso porque às vezes temos
pomposos inicialmentes e péssimos ou desastrosos finalmentes. Imagino,
o tempo, a dedicação, as dificuldades, as finanças, os atrasos, as viagens, os
contatos, os desencontros. Enfim uma
infinidade de probleminhos que somados, dão um problemão . Você é
merecedor de nossos aplausos. Sinta-se carinhosamente abraçado por mim e ...me
atrevo a dizer: por todos aqueles que têm a Extensão Rural, no sangue. Estou ansioso para ler e reler o livro.”
Dizer mais o que?
Dizer apenas, que o lançamento foi maravilhoso e fluiu uma
energia muito positiva que fez aflorar alguns sentimentos bons...de amizade,
solidariedade, companheirismo, afetos, humor e muita confraternização entre familiares,
colegas e amigos. Ademais, o espaço do Memorial dos Autonomistas, além de
histórico é aconchegante e tem em D. Fátima, uma excelente cuidadora desse
espaço cultural de nossa cidade.
No mais foi festa com os amigos do Som da Madeira, (Maestro
Tony do Bandolim; James, violão; Nilton, acordeon; e Ligute, pandeiro )
executando música popular brasileira e ainda teve a canja de Barrinhos cantando
Lupicínio e Cartola) E, finalmente o coquetel compartilhado e ainda vendemos 12
livros. Boa leitura a todos e a renovação da minha gratidão.
Eis a memória Fotográfica do evento:
"Bate outra vez com esperanças o meu coração" (Cartola) - Barrinhos interpretando. Muita emoção,
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