sábado, 2 de janeiro de 2016

41 ANOS DE UNIÂO, COMUNHÃO E CUMPLICIDADE




41 anos de união, comunhão e cumplicidade

“Se viver não é fácil, conviver é o diabo.”  Gilberto Amado (1887 – 1969)

Nesse 2 de janeiro, há 41 anos pretéritos, num cartório da Ribeira em Natal, eu e Eró nos casamos no civil. Não houve solenidade. Apenas um bolo, que a minha “sogra postiça”, D. Ritinha, fez prá gente. As crianças chegaram em 1976 e 1978. Ana e Abelardo, que ainda estão nos nossos “cabrestos” e eu acho é bom. Todo dia levanto as mãos para o céu e agradeço aos Deuses, Deusas, Orixás, Alah e outras divindades celestiais por eles não terem enveredados pelos caminhos das drogas e se tornaram cidadãos responsáveis e do BEM.  Isso não tem preço!!!
Construímos um grande patrimônio nesses 41 anos – a nossa família. A grande engenheira e arquiteta dessa construção é a Eró, com a minha contribuição de ajudante de pedreiro. Pelas suas qualidades extraordinárias, a nossa convivência, que hoje rompe as 4 décadas, tem fluido satisfatoriamente. Ela é o nosso ponto de equilíbrio. Ô sorte!!!
Tenho tido sorte na vida. Não tenho do que reclamar. Preto e pobre enfrentei necessidades, mas nunca passei fome. Estudei em escolas públicas e me formei. Comecei a trabalhar ainda nos anos 70 e tive a felicidade de enveredar pelo serviço de Extensão Rural e pela Academia, exercendo uma das profissões mais dignas de professor/educador. A Extensão e a Universidade foram generosas comigo pois tive a oportunidade de conhecer todo Brasil, com exceção de Roraima, e alguns países como a Argentina, Peru, Bolívia e França.
Cresci saudável e nunca sofri acidentes. Meu trauma maior foi ter quebrado um braço no último dia de 1989, num baba (pelada) em Salvador. Ademais, minha moleira fechou no tempo certo e eu cresci com um pouco de inteligência e facilidade de gravar as coisas. Isso me ajudou nos estudos e na vida profissional. Se não tenho grandes virtudes, por um lado, por outro, a  fortuna me bafejou, de tal sorte, que os meus filhos e neto tiveram e estão tendo uma vida melhor do que a minha e a da mãe deles. E fico torcendo para que eles possam dá a seus filhos uma vida melhor da que tiveram.
Agora aposentado quero potencializar o resto dos meus dias junto a minha companheira Eró, também aposentada mas, ainda trabalhando, sorvendo, com sofreguidão, essa última etapa da vida, enquanto a 3ª idade não comece a nos difamar com a PVI (Porra da Velhice Instalada). Por enquanto ela está só na PVC (Porra da Velhice Chegando), vamos correr minha filha, que já estamos de meio dia prá tarde e eu quero aproveitar o máximo dos dias que Nos restam. (MIF)