41 anos de união, comunhão e cumplicidade
“Se viver não é fácil, conviver é
o diabo.” Gilberto Amado (1887 – 1969)
Nesse 2 de janeiro, há 41 anos
pretéritos, num cartório da Ribeira em Natal, eu e Eró nos casamos no civil.
Não houve solenidade. Apenas um bolo, que a minha “sogra postiça”, D. Ritinha,
fez prá gente. As crianças chegaram em 1976 e 1978. Ana e Abelardo, que ainda
estão nos nossos “cabrestos” e eu acho é bom. Todo dia levanto as mãos para o
céu e agradeço aos Deuses, Deusas, Orixás, Alah e outras divindades celestiais
por eles não terem enveredados pelos caminhos das drogas e se tornaram cidadãos
responsáveis e do BEM. Isso não tem
preço!!!
Construímos um grande patrimônio
nesses 41 anos – a nossa família. A grande engenheira e arquiteta dessa
construção é a Eró, com a minha contribuição de ajudante de pedreiro. Pelas
suas qualidades extraordinárias, a nossa convivência, que hoje rompe as 4
décadas, tem fluido satisfatoriamente. Ela é o nosso ponto de equilíbrio. Ô
sorte!!!
Tenho tido sorte na vida. Não
tenho do que reclamar. Preto e pobre enfrentei necessidades, mas nunca passei
fome. Estudei em escolas públicas e me formei. Comecei a trabalhar ainda nos
anos 70 e tive a felicidade de enveredar pelo serviço de Extensão Rural e pela
Academia, exercendo uma das profissões mais dignas de professor/educador. A
Extensão e a Universidade foram generosas comigo pois tive a oportunidade de
conhecer todo Brasil, com exceção de Roraima, e alguns países como a Argentina,
Peru, Bolívia e França.
Cresci saudável e nunca sofri
acidentes. Meu trauma maior foi ter quebrado um braço no último dia de 1989,
num baba (pelada) em Salvador. Ademais, minha moleira fechou no tempo certo e
eu cresci com um pouco de inteligência e facilidade de gravar as coisas. Isso
me ajudou nos estudos e na vida profissional. Se não tenho grandes virtudes,
por um lado, por outro, a fortuna me
bafejou, de tal sorte, que os meus filhos e neto tiveram e estão tendo uma vida
melhor do que a minha e a da mãe deles. E fico torcendo para que eles possam dá
a seus filhos uma vida melhor da que tiveram.
Agora aposentado quero
potencializar o resto dos meus dias junto a minha companheira Eró, também
aposentada mas, ainda trabalhando, sorvendo, com sofreguidão, essa última etapa
da vida, enquanto a 3ª idade não comece a nos difamar com a PVI (Porra da
Velhice Instalada). Por enquanto ela está só na PVC (Porra da Velhice
Chegando), vamos correr minha filha, que já estamos de meio dia prá tarde e eu
quero aproveitar o máximo dos dias que Nos restam. (MIF)
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