sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

MENINOS, EU VÍ !






Com Marcos Medrado, Didu Nogueira e Graça Lago

 Didu Nogueira, Marcão, Gisa Nogueira e Marcos Medrado

 No teatro Casa Grande no Leblon no ato os artistas pela democracia.

 Didú, Marcão, Gisa Nogueira, Paulo César Feital e Marcos Medrado

 Palco do Teatro Casa Grande.

 Marcão e o Dep. Federal, Paulo Pimenta do PT

 Minha casa em Porto Alegre- Cidade Baixa Hostel

 Com o Dep. Federal, Léo de Brito (PT/AC) e o presidente do PT/AC, Daniel Zen


 Com nossa bancada de Federais e nosso presidente Zen

 Raul Pont, Marcão e Pepe Vargas, presidente do PT/RS

 Com a doutora em história Maria Leonia, que veio de São João Del Rei- MG

 Com meu parceiro de quarto, Felipe, que veio de Rezende-RJ

 Marcão, Felipe e Leonia no ato das mulheres.


 Marcão e Fabiana de Santa Catarina no ato das mulheres.

 Voltamos a nos encontrar na Esquina Democrática, o ato que reuniu mais de 70 mil pessoas.

 Uma militante com sua mensagem na camiseta.

 No caminho da concentração na Esquina Democrática

O palanque

 Muita festa e música

 Uma colcha democrática


 A comitiva do Acre: Jorge Viana, Zen, Loro, Leila e Marcão . Presentes também Léo de Brito e Tião Viana, nosso governador.

 Dilma discursando no ato das mulheres.

 Eleição sem LULA é fraude!

 Só faltou eu nessa foto

 A grandeza do ato. Mais de 70 mil pessoas do Brasil inteiro



Meninos, Eu Ví!


Por: Marcos Inácio Fernandes*

Um velho Timbira, coberto de glória,
Guardou a memória
Do moço guerreiro, do velho Tupi!
E à noite, nas tabas, se alguém duvidava
Do que ele contava,
Dizia prudente: - "Meninos, eu vi!
"Eu vi o brioso no largo terreiro
Cantar prisioneiro
Seu canto de morte, que nunca esqueci:
Valente, como era, chorou sem ter pejo;
Parece que o vejo,
Que o tenho nest’hora diante de mi.
"Eu disse comigo: Que infâmia d’escravo!
Pois não, era um bravo;
Valente e brioso, como ele, não vi!
E à fé que vos digo: parece-me encanto
Que quem chorou tanto,
Tivesse a coragem que tinha o Tupi!"
Assim o Timbira, coberto de glória,
Guardava a memória
Do moço guerreiro, do velho Tupi.
E à noite nas tabas, se alguém duvidava
Do que ele contava,
Tornava prudente: "Meninos, eu vi!".
(Fragmento da poesia I- Juca Pirama de Gonçalves Dias)

Pois bem, ouso dizer como o guerreiro Timbira, “meninos eu vi”! Ví reencarnado em Lula, o moço guerreiro e o velho Tupi, tão bem descritos na poesia do Gonçalves Dias. Confesso que chorei os 3X0 da sentença anunciada e combinada.  Mas como na poesia, que “Corram livres as lágrimas que choro /Estas lágrimas, sim, que não desonram.” Esse placar foi mais doloroso do que os 2x1 do Uruguai no Brasil em 50 e os 7x1 da Alemanha na nossa seleção em 2014, nas tragédias futebolísticas do Maracanã e do Mineirão, respectivamente. Esses 3x0, em jogo combinado, do TRF-4, proferido pelos capitães – do – mato de toga é uma sentença que, antes de condenar o Lula, condena o judiciário brasileiro e o Estado Democrático de Direito. Mas depois que rasgaram a Constituição, quando do impeachment de Dilma, sem crime de responsabilidade, que a insegurança jurídica se alastra tal qual a febre amarela.
Mas o que vi em Porto Alegre, me revigora a disposição de luta e a esperança de retomarmos o nosso país dos golpistas. Lula continua no jogo e está batendo um bolão e tem muito jogo pela frente. Na minha concepção, o verdadeiro placar de Porto Alegre foi 70.000 X 3. Uma avalanche vermelha oriunda de todo Brasil que se juntaram aos gaúchos na “Esquina Democrática”, na maior manifestação cívica que presenciei na minha vida de militante político. Meninos, eu vi, participei, conversei, dei entrevista e marchei com a multidão os 6 km, entre a esquina democrática e o parque Farroupilha, onde os militantes se concentraram para a vigília cívica. Cansei da caminhada, mas, saí dela energizado e revigorado.
As placas tectônicas da democracia estão se mexendo. O golpe e a justiça perseguindo Lula, se desmoralizam a cada dia. A mobilização de Porto Alegre, reaviva a Cadeia da Legalidade de Brizola, em 1961. Dessa vez não chegaram a insensatez de mandar bombardear o Palácio Piratinim, como fizeram em 61, ordem que não foi cumprida pelo coronel que comandava a base aérea de Canoas, Alfeu de Alcântara Machado (1922-1964). O coronel Alfeu foi assassinado pelas costas por um oficial sobrinho de Castelo Branco, sendo uma das primeiras vítimas do golpe de 64. Agora em 2018, apenas mandaram apagar a luz da Assembléia Legislativa, que fica ao lado do Palácio Piratinim, para boicotar uma atividade das Mulheres pela Democracia, que ocorreria no seu auditório. Pois bem, as mulheres ocuparam toda a praça em frente a Assembléia e o ato aconteceu com a presença da presidente do nosso partido e de Dilma Rousseff, com as mulheres cantando o refrão “Nem recatada e nem do lar / A mulherada está na praça prá lutar”
Meninos, eu vi também o ato dos artistas e intelectuais, que aconteceu no teatro Casa Grande no Rio de Janeiro, convidado que fui pelo Didu Nogueira. Além de conhecer pessoalmente a irmã de Mário Lago, a Graça Lago e Gisa Nogueira e Paulo César Feital, foi comovente ver a Bethe Carvalho de cadeira de rodas cantar com o Noca da Portela, o samba de Dida e Jorge Aragão, “Vou Festejar”; “Choranão vou ligar. Chegou a hora. Vais me pagar. Pode chorar, pode chorar. É, o teu castigo. Brigou comigo. Sem ter por que. Vou festejar, vou festejar. O teu sofrer, o teu penar. Você pagou com traição. A quem sempre lhe deu a mão. Você pagou com traição. A quem sempre lhe deu a mão ...(A cara do Temer e seu PMDB)
É a alma brasileira, que os artistas expressam com fidedignidade, ao lado da democracia e do Lula!!! Portanto: “Faz escuro, mas eu canto, porque amanhã vai chegar”
A história não para e a luta continua ao lado do guerreiro Tupi, LUÍS INÁCIO LULA DA SIVA!!


*Marcos Inácio Fernandes. É professor aposentado e presidente do Diretório do PT de Rio Branco.