sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

DEPOIS DA MORTE, AINDA TEREMOS FILHOS!

Hoje é o natalício do meu pai. Se vivo estivesse, estaria completando 93 anos. Quando ele "subiu" fiz esse texto em sua memória:

Inácio Fernandes Desidério (02/02/1925 – 28/07/1987)


 –Encantou-se aos 62 anos.

Com a morte de meu pai, fecha-se um ciclo afetivo na minha vida. Perdi uma pessoa que me queria  bem profundamente!
Morreu um homem bom. Um pouco orgulhoso, teimoso em demasia, mas bom!
Um homem amargurado, muito solitário. Viveu demasiadamente sua solidão e suas angústias. Resistiu muito.
Bom pai. Morreu novo, mas morreu tarde. Há tempos que ele não queria mais viver. Já tinha deixado “cada coisa em seu lugar”, como no poema de Bandeira.

Já se achava satisfeito com a sua passagem por este mundo. 4 filhos, já todos casados e com filhos. Ganhou 9 netos. Não queria mais nada. Só morrer sem dá trabalho a ninguém. E assim aconteceu. Morreu só, num quarto de hospital. Meu pai, agora só uma lembrança de uma criatura sofrida. Um homem bom, que já não servia mais prá muita coisa. INÁCIO FERNANDES DESIDÉRIO.

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