O Supremo nunca serviu aos democratas e as esquerdas em particular. Em 1936 ou 37, entregou Olga Benário Prestes aos Nazistas, com o voto do Presidente do Supremo daquela época, Hermenegildo de Barros. Foi uma ação bem pior que a de ontem quando negaram o habeas corpus de Lula. Aquele fato mereceu esse soneto de Aprígio dos Anjos, irmão de Augusto dos Anjos, que serve para ilustrar também os votos claudicantes de ontem de Fachim, Barroso, Moraes, Rosinha e Carminha. Votos que rasgaram, mais uma vez, a Constituição brasileira em uma cláusula pétrea. E a Carmen, como o Hermenegildo de ontem também nem lavou as mãos.
Cheio de
múmias e quadrupedantes,
Vejo
pingüins passarem por gigantes
E
analfabetos por jurisconsultos.
Acórdãos
de sentidos claudicantes,
Na
feitura de juízes semicultos
Criam formas
bizarras e tumultos,
Que
escapa à perícia de Cervantes.
A balança
da lei não tem mais pratos,
Desde de
que sucumbiu Poncius Pilatos,
Desgraçou-se
a justiça de uma vez.
Ele ao
menos conforme a bíblia ensina
Lavava as
mãos escuras com benzina,
Coisa que
Hermenegildo nunca fez! "
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