quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

PT - A EXPRESSÃO POLÍTICA DE AMOR AO ACRE





Partido dos Trabalhadores – PT:
A Expressão Política de Amor ao Acre.

Por: Marcos Inácio Fernandes*

Em 1999, escrevi a tese do meu Mestrado em Ciências Sociais na UFRN, sobre o PT do Acre com o título: “O PT NO ACRE: A CONSTRUÇÃO DE UMA TERCEIRA VIA”. Tratava-se de uma terceira força política, que começava a se contrapor a hegemonia política do PMDB e PDS no Estado. Descrevia a formação do Partido no marco temporal, que ia de sua origem, no início dos anos 80, ao término do mandato de Jorge Viana na Prefeitura Municipal de Rio Branco, em 1996.

Passados 20 anos, o PT se transformou na principal força política do Estado e, após sucessivos mandatos majoritários no Governo e na Prefeitura de Rio Branco, imprimiu na capital e no Estado seu “Jeito petista de governar”, não apenas administrando a estrutura pública, mas cuidando bem do Acre – do seu povo e do seu patrimônio  material e imaterial.

No presente momento, quando amargamos nossa maior derrota eleitoral e política, com uma pequena ajuda do partido e de alguns amigos, resolvi transformar a minha tese em livro, incorporando nos anexos, textos sobre o “folclore da Balsa” e uma memória fotográfica. O título do livro, que encabeça esse texto, foi tomado por empréstimo da frase atribuída aos autonomistas que diziam: “o Acre é o amor ao Brasil que se tornou expressão jurídica”. Eu digo que o “PT é a expressão política de amor ao Acre”

De fato, o Acre insistiu e lutou para ser brasileiro. “Um bem conquistado de armas na mão” como registra o nosso hino. Esperava-se que após a vitória, no campo militar e diplomático, o Acre se constituísse em Estado autônomo, entretanto, ele foi incorporado a nossa pátria como TERRITÓRIO, uma figura jurídica, até então, inexistente na República brasileira.

 A reação dos “revolucionários históricos” as intervenções e indicações do poder central causou muita instabilidade política e fez brotar o movimento dos autonomistas. Eles criaram “Legiões” e, até partidos políticos, plasmando um sentimento de “acreanidade” muito forte e de inconformismo com a tutela federal.  Apenas em 1962, o Acre se tornaria um Estado autônomo e, elegia diretamente, José Augusto de Araújo, para governá-lo.

Depois veio o golpe político/militar de 64 com sua noite sombria de 21 anos. Com a reforma política de 1979, surge o PT nacional em 1980, e a partir de 1981, começa a trajetória do PT acreano, que é o objeto do meu trabalho de tese de Mestrado, intitulado: “O PT do Acre: a construção de uma terceira via”. Nessa tese descrevo um pouco da história do partido, desde a sua origem, com as tramas e os dramas, que lhe acompanham desde sua origem, até a conquista da Prefeitura de Rio Branco, em 1992, a primeira Prefeitura do PT na região norte.

Intitulando os capítulos me inspirei no símbolo do pentagrama de 5 pontas, que é a nossa estrela vermelha e também a estrela da bandeira do Acre.  Tendo por mote esse símbolo, denominei assim os capítulos:  Cap. I – Fulge um astro na nossa bandeira; Cap. II – O despontar da estrela; Cap. III – A estrela bruxoleia; Cap. IV – A estrela sobe e fulgura e as Considerações Finais.

Espero e desejo que esse trabalho, o primeiro a contar a história da nossa constituição partidária, inspire muitos outros. Que eles possam descrever e analisar os nossos 20 anos consecutivos e ininterruptos no governo do Estado (1998-2018) e os 20 anos intercalados na Prefeitura de Rio Branco.

Que os novos trabalhos, que possam surgir sobre o PT do Acre, sejam capazes de analisar os nossos erros e acertos e explicar, a luz da ciência (inclusive as ocultas), o que nos levou recentemente a essa retumbante e dolorosa derrota eleitoral e política. 

Em Rio Branco, (1993-1996), tivemos o nosso batismo administrativo. Ele se constituiu no marco inicial do “jeito petista de governar” e cuidar do Acre. Lembrando sempre: quem ama, cuida!!

*Marcos Inácio Fernandes, é militante do PT e responde pela Presidência do Diretório Municipal de Rio Branco – AC

PS - Esse texto, um pouco mais sintético, consta das orelhas do livro. A Apresentação é do subcomandante Sibá Machado, o Prefácio é do meu amigo e colega da Academia, Dr. Homero de Oliveira Costa; e tem na contra-capa as considerações dos companheiros Jorge Viana e Marcos Afonso.

O livro já está disponível na Livraria do Paim (Centro) e será lançado em evento lítero/musical no dia 15/02 (sexta-feira) as 16:00 horas. Sintam-se todos convidados. Importante: o exemplar custa R$40,00 (quarenta reais).O evento faz parte das comemorações dos 39  anos de aniversário do PT.

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