Eleição 2020 – 2º turno de Rio
Branco – Minhas ponderações.
Por: Marcos Inácio Fernandes
(Prof. Marcão)
1 – Em política não há
“neutralidade”;
2 – Max Weber (1864-1920) já nos
advertia: “Quem se diz neutro é porque já optou pelo mais forte.”
3 – No processo eleitoral
brasileiro, que define que o “VOTO É OBRIGATÓRIO” o cidadão tem as opções:
a Se
ABSTER ( não comparecer para votar)
b Votar
em um dos candidatos que passaram para o 2º turno;
c Votar
“Em Branco” (opção na urna eletrônica);
d Votar
“Nulo” (tecla em qualquer número que não esteja credenciado pelo TRE para
receber o voto. Exemplo: digita “00”)
4 – Na verdade o que é
OBRIGATÓRIA é a comprovação da presença. Você pode votar, ou não, em qualquer
dos candidatos. O eleitor ainda tem a opção de anular seu voto e votar em
branco se nenhuma das opções oferecidas se ajustam ao seu ideário político, a
sua ideologia, aos seus valores de sociedade. Portanto votar em branco ou
anular o voto é também uma forma de expressar, politicamente, seu protesto e o
seu inconformismo;
5 – No caso concreto dos
candidatos que passaram para o 2º turno, Tião Bocalom (PP) e Socorro Nery
(PSB), nenhum dos dois merecem e, também não precisam, dos votos dos petistas,
que foram tão poucos, aqui em Rio Branco.
6 – Há uma frase de Cohn-Bandit,
um dos líderes estudantis das marchas de Paris em 1968, que diz assim: “A
direita nunca me enganou, a esquerda já.” Pois bem, a direita é
Bocalom, que agora aglutina em torno do seu nome, todo o arco conservador e
reacionário da política acreana. PSDB, MDB, PSL, DEM e outros menos cotados.
Nós sabemos o que eles “fizeram no verão passado”, quando governaram Rio Branco
e o Estado do Acre. Esse filme nós já vimos e o artista (o povo) morre no fim,
entregue a própria sorte;
7 – Já a esquerda, ou a pretensa
esquerda, que a Socorro Nery podia representar, essa nos enganou
miseravelmente. Cuspiu no prato que ganhou de bandeja, quando a apoiamos para
compor a chapa vitoriosa do Marcus Alexandre. Também sabemos o que a Socorro
fez no “verão passado”, quando assumiu a prefeitura. Muito desrespeito com o
nosso partido, com nossas lideranças e com os valorosos quadros do PT, que
colaboravam com a prefeitura. Um comportamento que chegou ao nível deplorável
de tecer graves acusações no período eleitoral a duas lideranças do partido,
Jorge Viana e Cesário Braga;
8 – Mas na política não devemos
cultivar ódios, mágoas nem rancores. Devemos nos espelhar no “Cavaleiro da
Esperança”, o patriota comunista Luís Carlos Prestes, que apoiou o movimento
“QUEREMISTA” em 1945, de apoio a Getúlio Vargas. Quando perguntado porque
apoiava Getúlio que havia entregue sua esposa Olga Benário Prestes aos
Nazistas, em 1937, Prestes respondeu mais ou menos assim: “não devemos deixar
que os nossos dramas pessoais e nossas tragédias familiares, interfiram nas
nossas decisões políticas.”
9 – Por fim considero que entre
Bocalon e o seu entorno e Socorro Nery, a atual prefeita será menos nociva para
Rio Branco. Embora me pareça que o apoio e o voto do Governador satisfaça a
prefeita, nós do PT devíamos orientar a militância NENHUM VOTO AO BOCALOM e
conclamar os companheiro@s para comparecerem as urnas no próximo dia 29/11 e
votarem de acordo com que sua consciência mandar.
10 – Informo aos companheir@s,
que pela 1ª vez não irei comparecer para votar no 2º turno, pois estarei
ainda no prazo de confinamento imposto pela COVIDE. Estou me medicando junto
com minha mulher e minha filha e obedecendo, rigorosamente, os protocolos de
segurança. Infelizmente não poderemos cumprir nosso dever cívico. Caso pudesse
votar, o faria em Socorro Nery, pois nunca votei em branco nem anulei meu voto.
Tampouco tenho a síndrome de Pilatos, de lavar as mãos num momento de decisão
política.
São as minhas ponderações.
Rio Branco (AC) 19 de novembro
(dia da Bandeira) de 2020
Marcos Inácio Fernandes (Prof
Marcão) é Secretário de Formação do PT/DM de Rio Branco.
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