Apesar de negros e pardos totalizarem 50,7% da população brasileira, não se vê sua presença nos maiores cargos no país. Apenas 18% das posições de destaque no Brasil são ocupadas por essa população.
“O Brasil ainda não superou sua história demarcada pela escravidão e o racismo. É necessário promover a igualdade de direitos e combater o preconceito que está enraizado na sociedade”, (Cientista Político Guilherme Mikami)
No dinheiro brasileiro (cédulas e moedas), o negro é uma exceção, que justifica a regra. Apenas, o escritor negro Machado de Assis, foi homenageado na moeda de 500 Réis de 1939, e na cédula de mil Cruzados de 1987.
As mulheres, por sua vez, sendo maioria na população, também está sub representada. Apenas 2 foram homenageadas. A Princesa Izabel na cédula de 50 Cruzeiros de 1943, e na cédula de 200 Cruzeiros, de 1981. As demais referências as mulheres no nosso dinheiro, são genéricas. São as efígies e alegorias da mulher representando a República, a Justiça, Deusas mitológicas e as "Baianas" (50 mil Cruzeiros Reais, uma das cédulas mais caras) e a Rendeira de 10 mill Cruzeiros Reais, que não chegou a circular.)
Nesse mundo branco e masculino, os militares estão bem representados (Deodoro, Floriano, Tamandaré, patrono da Marinha; Caxias, patrono do Exército; Castelo Branco; Cândido Rondon e Médice, homenageado com 1 e 20 Cruzeiros em moeda (essa de prata), por ocasião do Sesquicentenário da Independência em 1972.
Cumpre registrar merecidas homenagens foram prestadas aos músicos: Carlos Gomes e Heitor Vila Lobos; dois poetas: Cecília Meireles e Carlos Drummond de Andrade; um artista plástico: Cândido Portinari; quatro cientistas: Oswaldo Cruz, Carlos Chagas, Augusto Ruschi e Vital Brasil; três escritores: Machado de Assis, Mário de Andrade e Câmara Cascudo; e o professor/educador, Anísio Teixeira, foi reconhecido na cédula de mil Cruzeiros Reais, de 1993. (MIF)
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