terça-feira, 13 de dezembro de 2016

POESIAS LIBERTÁRIAS 2





 (1847-1871)




O Sol e o Povo

Castro Alves.

“O sol, do espaço Briaréu gigante,

P’ra escalar a montanha do infinito,

Banha em sangue as campinas do levante.


Então em meio dos Saarás — o Egito

Humilde curva a fronte e um grito errante

Vai despertar a Esfinge de granito.


O povo é como o sol! Da treva escura

Rompe um dia co’a destra iluminada,

Como o Lázaro, estala a sepultura!...


Oh! temei-vos da turba esfarrapada,



Que salva o berço à geração futura,



Que vinga a campa à geração passada.”


Obs. Essa nossa elite que se prepare. Também se prepare para "quando o morro descer e não for carnaval", como disse Paulo César Pinheiro no seu samba. (MIF)

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