Esse
é o cara!...
Por: Marcos Inácio
Fernandes.*
Na reunião do G 20 em abril
de 2009, em Londres, Barack Obama se aproximou de um grupo de diplomatas que
estava conversando com Lula, bateu nas costas do nosso presidente e disse: “Esse é o cara!!”...faltou completar a
frase ... “a ser abatido”.
O império nunca engoliu a
inserção do Brasil, com soberania, na geopolítica mundial. A política externa
do governo Lula no 1º e 2º mandatos foi conduzida de forma “ativa e altiva” no
dizer do Chanceler Celso Amorim. Aos poucos fomos perdendo o nosso “complexo de
vira-latas” e deixamos de ser um “enclave colonial” subserviente aos Estados
Unidos.
Num artigo recente do Chanceler Celso Amorim, ele diz: “ Durante o
governo Lula, o Brasil rejeitou acordos comerciais desvantajosos que se nos
queriam impor; trabalhou intensamente pela integração sul-americana; fortaleceu
as relações com os demais países da América Latina e Caribe; intensificou laços
de amizade com a África e os países árabes e rompeu novos horizontes na
formação de fóruns e blocos com as grandes nações emergentes. Sem hostilizar
nossos parceiros do mundo desenvolvido (ao contrário, criamos uma “parceria
estratégica” com a União Europeia e um “diálogo global” com os Estados Unidos),
trabalhamos em favor de um mundo mais multipolar, no qual os interesses do
Brasil e dos países em desenvolvimento como um todo pudessem ser afirmados e
respeitados.
Durante as duas gestões do Presidente Lula, o Brasil liderou a criação de uma organização política sul-americana (a Unasul) e esteve à frente da iniciativa da CELAC – Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos. Pela primeira vez em duzentos anos de vida independente foi possível criar órgãos que representassem o conjunto da América do Sul, e da América Latina e Caribe, sem qualquer tipo de tutela externa. O fórum IBAS (Índia, Brasil e África do Sul)não somente abriu novos caminhos para a cooperação sul-sul como esteve na raiz da criação do BRICS, que se constituiu em importante fator de equilíbrio na ordem econômica internacional, até então dominada pelo G7 (grupo de economias mais ricas). O Presidente Lula esteve à frente, também, de importantes lutas para erradicar a fome e a pobreza no mundo e para facilitar o acesso de populações pobres a tratamentos de saúde. Sua liderança na reforma das regras do comércio e das finanças internacionais foi amplamente reconhecida, o que se espelhou sobretudo no G20, o grupo das maiores economias, que, para efeitos práticos, substituiu o G7 como principal foro internacional em temas econômico-financeiros.”
Durante as duas gestões do Presidente Lula, o Brasil liderou a criação de uma organização política sul-americana (a Unasul) e esteve à frente da iniciativa da CELAC – Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos. Pela primeira vez em duzentos anos de vida independente foi possível criar órgãos que representassem o conjunto da América do Sul, e da América Latina e Caribe, sem qualquer tipo de tutela externa. O fórum IBAS (Índia, Brasil e África do Sul)não somente abriu novos caminhos para a cooperação sul-sul como esteve na raiz da criação do BRICS, que se constituiu em importante fator de equilíbrio na ordem econômica internacional, até então dominada pelo G7 (grupo de economias mais ricas). O Presidente Lula esteve à frente, também, de importantes lutas para erradicar a fome e a pobreza no mundo e para facilitar o acesso de populações pobres a tratamentos de saúde. Sua liderança na reforma das regras do comércio e das finanças internacionais foi amplamente reconhecida, o que se espelhou sobretudo no G20, o grupo das maiores economias, que, para efeitos práticos, substituiu o G7 como principal foro internacional em temas econômico-financeiros.”
A criação do BRICS com
seu banco próprio de investimentos e a descoberta do Pré-Sal, com as novas
regras de exploração, fez acender a “luz vermelha” no império do norte. Desde
então começou uma ação sincronizada dos Estados Unidos, que reativa a sua 4ª
Frota no Atlântico Sul e aciona seu aparato de espionagem e diplomático para
desestabilizar o governo e liquidar a liderança de Lula junto as esquerdas do
Brasil e Latino americanas.
A Agência de Segurança
Nacional – NSA, espiona as nossas empresas estratégicas, incluindo a Petrobrás e, ousadamente, estendem seu
aparato de espionagem a própria Presidenta Dilma Rousseff, quase gerando um
incidente diplomático. É nesse contexto que os “xerifes do mundo” subsidiam
seus sabujos locais da PGR e da Lava Jato para desestabilizarem o governo,
liquidarem o PT e a sua maior liderança, Luís Inácio Lula da Silva, que havia
se tornado um player importante na geopolítica internacional.
Essas ações concatenadas
entre as forças externas e internas, desaguaram no golpe Político/Jurídico/Midiático.
Rasgaram a Constituição e a presidenta Dilma foi cassada e seus 54 milhões de
votos pulverizados. Desde então a insegurança jurídica aumentou enquanto o
Supremo, candidamente, come pipocas. Instaurou-se a “República das delações”, a
tortura como método de investigação, extinguiu-se a presunção de inocência e as
“convicções” substituíram as provas para se condenar os prováveis infratores da
lei.
E a caçada ao Lula
prossegue. Insistem em condená-lo sem provas e tirá-lo do páreo para as
eleições de 2018, se houver. Nessa conjuntura conturbada da vida nacional, onde
todas as instituições estão soterradas pela lama, ninguém é capaz de prever o que nos
aguarda. Como diz a música: “Tudo pode acontecer, inclusive, nada”
*Marcos Inácio Fernandes
é presidente do Diretório Municipal do PT de Rio Branco
PS- As intervenções americanas no muno desde o século XIX.
Entre as várias invasões que as forças armadas dos Estados Unidos fizeram
nos séculos XIX, XX e XXI, podemos citar:
1846/1848 – México – Por causa da anexação, pelos EUA, da República do
Texas;
1890 – Argentina – Tropas desembarcam em Buenos Aires para defender
interesses econômicos americanos;
1891 – Chile – Fuzileiros Navais esmagam forças rebeldes nacionalistas;
1891 – Haiti – Tropas debelam a revolta de operários negros na ilha de
Navassa, reclamada pelos EUA;
1893 – Hawai – Marinha enviada para suprimir o reinado independente e
anexar o Hawaí aos EUA;
1894 – Nicarágua – Tropas ocupam Bluefields, cidade do mar do Caribe,
durante um mês;
1894/1895 – China – Marinha, Exército e Fuzileiros desembarcam no país
durante a guerra sino-japonesa;
1894/1896 – Coréia – Tropas permanecem em Seul durante a guerra;
1895 – Panamá – Tropas desembarcam no porto de Corinto, província
Colombiana;
1898/1900 – China – Tropas ocupam a China durante a Rebelião Boxer;
1898/1910 – Filipinas – Luta pela independência do país, dominado pelos EUA
(Massacres realizados por tropas americanas em Balangica, Samar, 27/09/1901, e
Bud Bagsak, Sulu, 11/15/1913; 600.000 filipinos mortos;
1898/1902 – Cuba – Tropas sitiaram Cuba durante a guerra hispano-americana;
1898 – Porto Rico – Tropas sitiaram Porto Rico na guerra hispano-americana,
hoje ‘Estado Livre Associado’ dos Estados Unidos;
1898 – Ilha de Guam – Marinha desembarca na ilha e a mantêm como base naval
até hoje;
1898 – Espanha – Guerra Hispano-Americana – Desencadeada pela misteriosa
explosão do encouraçado Maine, em 15 de fevereiro, na Baía de Havana. Esta
guerra marca o surgimento dos EUA como potência capitalista e militar mundial;
1898 – Nicarágua – Fuzileiros Navais invadem o porto de San Juan del Sur;
1899 – Ilha de Samoa – Tropas desembarcam e invadem a Ilha em conseqüência
de conflito pela sucessão do trono de Samoa;
1899 – Nicarágua – Tropas desembarcam no porto de Bluefields e invadem a
Nicarágua (2ª vez);
1901/1914 – Panamá – Marinha apóia a revolução quando o Panamá reclamou
independência da Colômbia; tropas americanas ocupam o canal em 1901, quando
teve início sua construção;
1903 – Honduras – Fuzileiros Navais desembarcam em Honduras e intervêm na
revolução do povo hondurenho;
1903/1904 – República Dominicana – Tropas atacaram e invadiram o território
dominicano para proteger interesses do capital americano durante a revolução;
1904/1905 – Coréia – Fuzileiros Navais dos Estados Unidos desembarcaram no
território coreano durante a guerra russo-japonesa;
1906/1909 – Cuba -Tropas dos Estados Unidos invadem Cuba e lutam contra o
povo cubano durante período de eleições;
1907 – Nicarágua – Tropas invadem e impõem a criação de um protetorado,
sobre o território livre da Nicarágua;
1907 – Honduras – Fuzileiros Navais desembarcam e ocupam Honduras durante a
guerra de Honduras com a Nicarágua;
1908 – Panamá – Fuzileiros invadem o Panamá durante período de eleições;
1910 – Nicarágua – Fuzileiros navais desembarcam e invadem pela 3ª vez
Bluefields e Corinto, na Nicarágua;
1911 – Honduras – Tropas enviadas para proteger interesses americanos
durante a guerra civil invadem Honduras;
1911/1941 – China – Forças do exército e marinha dos Estados Unidos invadem
mais uma vez a China durante período de lutas internas repetidas;
1912 – Cuba – Tropas invadem Cuba com a desculpa de proteger interesses
americanos em Havana;
1912 – Panamá – Fuzileiros navais invadem novamente o Panamá e ocupam o
país durante eleições presidenciais;
1912 – Honduras – Tropas norte americanas mais uma vez invadem Honduras
para proteger interesses do capital americano;
1912/1933 – Nicarágua – Tropas dos Estados Unidos com a desculpa de
combaterem guerrilheiros invadem e ocupam o país durante 20 anos;
1913 – México – Fuzileiros da Marinha invadem o México com a desculpa de
evacuar cidadãos americanos durante a revolução;
1913 – México – Durante a revolução mexicana, os Estados Unidos bloqueiam
as fronteiras mexicanas;
1914/1918 – Primeira Guerra Mundial – EUA entram no conflito em 6 de abril
de 1917 declarando guerra à Alemanha. As perdas americanas chegaram a 114 mil
homens;
1914 – República Dominicana – Fuzileiros navais da Marinha dos Estados
invadem o solo dominicano e interferem na revolução em Santo Domingo;
1914/1918 – México – Marinha e exército invadem o território mexicano e
interferem na luta contra nacionalistas;
1915/1934 – Haiti – Tropas americanas desembarcam no Haiti, em 28 de julho,
e transformam o país numa colônia americana, permanecendo lá durante 19 anos;
1916/1924 – República Dominicana – Os EUA invadem e estabelecem governo
militar na República Dominicana, em 29 de novembro, ocupando o país durante
oito anos;
1917/1933 – Cuba – Tropas desembarcam em Cuba e transformam o país num
protetorado econômico americano, permanecendo essa ocupação por 16 anos;
1918/1922 – Rússia – Marinha e tropas enviadas para combater a revolução
bolchevista. O Exército realizou cinco desembarques, sendo derrotado pelos
russos em todos eles;
1919 – Honduras – Fuzileiros desembarcam e invadem mais uma vez o país
durante eleições, colocando no poder um governo a seu serviço;
1918 – Iugoslávia – Tropas dos Estados Unidos invadem a Iugoslávia e
intervêm ao lado da Itália contra os sérvios na Dalmácia;
1920 – Guatemala – Tropas invadem e ocupam o país durante greve operária do povo da Guatemala;
1920 – Guatemala – Tropas invadem e ocupam o país durante greve operária do povo da Guatemala;
1922 – Turquia – Tropas invadem e combatem nacionalistas turcos em Smirna;
1922/1927 – China – Marinha e Exército mais uma vez invadem a China durante
revolta nacionalista;
1924/1925 – Honduras – Tropas dos Estados Unidos desembarcam e invadem
Honduras duas vezes durante eleição nacional;
1925 – Panamá – Tropas invadem o Panamá para debelar greve geral dos
trabalhadores panamenhos;
1927/1934 – China – Mil fuzileiros americanos desembarcam na China durante
a guerra civil local e permanecem durante sete anos ocupando o território;
1932 – El Salvador – Navios de Guerra dos Estados Unidos são deslocados
durante a revolução das Forças do Movimento de Libertação Nacional – FMLN
- comandadas por Marti;
1939/1945 – II Guerra Mundial – Os EUA declaram guerra ao Japão em 8 de
dezembro de 1941 e depois a Alemanha e Itália, invadindo o Norte da África, a
Ásia e a Europa, culminando com o lançamento das bombas atômicas sobre as
cidades desmilitarizadas de Hiroshima e Nagasaki;
1946 – Irã – Marinha americana ameaça usar artefatos nucleares contra
tropas soviéticas caso as mesmas não abandonem a fronteira norte do Irã;
1946 – Iugoslávia – Presença da marinha ameaçando invadir a zona costeira
da Iugoslávia em resposta a um avião espião dos Estados Unidos abatido pelos
soviéticos;
1947/1949 – Grécia – Operação de invasão de Comandos dos EUA garantem
vitória da extrema direita nas “eleições” do povo grego;
1947 – Venezuela – Em um acordo feito com militares locais, os EUA invadem
e derrubam o presidente eleito Rómulo Gallegos, como castigo por ter aumentado
o preço do petróleo exportado, colocando um ditador no poder;
1948/1949 – China – Fuzileiros invadem pela ultima vez o território chinês
para evacuar cidadãos americanos antes da vitória comunista;
1950 – Porto Rico – Comandos militares dos Estados Unidos ajudam a esmagar
a revolução pela independência de Porto Rico, em Ponce;
1951/1953 – Coréia – Início do conflito entre a República Democrática da
Coréia (Norte) e República da Coréia (Sul), na qual cerca de 3 milhões de
pessoas morreram. Estados Unidos são um dos principais protagonistas da invasão
usando como pano de fundo a recém criada Nações Unidas, ao lado dos
sul-coreanos. A guerra termina em julho de 1953 sem vencedores e com dois
estados polarizados: comunistas ao norte e um governo pró-americano no sul. Os
EUA perderam 33 mil homens e mantém até hoje base militar e aero-naval na
Coréia do Sul;
1954 – Guatemala – Comandos americanos, sob controle da CIA, derrubam o
presidente Arbenz, democraticamente eleito, e impõem uma ditadura militar no
país. Jacobo Arbenz havia nacionalizado a empresa United Fruit e impulsionado a
reforma agrária;
1956 – Egito – O presidente Nasser nacionaliza o canal de Suez. Tropas
americanas se envolvem durante os combates no Canal de Suez sustentados pela
Sexta Frota dos EUA. As forças egípcias obrigam a coalizão
franco-israelense-britânica, a retirar-se do canal;
1958 – Líbano – Forças da Marinha invadem apóiam o exército de ocupação do
Líbano durante sua guerra civil;
1958 – Panamá – Tropas dos Estados Unidos invadem e combatem manifestantes
nacionalistas panamenhos;
1961/1975 – Vietnã. Aliados ao sul-vietnamitas, o governo americano invade
o Vietnã e tenta impedir, sem sucesso, a formação de um estado comunista,
unindo o sul e o norte do país. Inicialmente a participação americana se
restringe a ajuda econômica e militar (conselheiros e material bélico). Em
agosto de 1964, o congresso americano autoriza o presidente a lançar os EUA em
guerra. Os Estados Unidos deixam de ser simples consultores do exército do
Vietnã do Sul e entram num conflito traumático, que afetaria toda a política
militar dali para frente. A morte de quase 60 mil jovens americanos e a
humilhação imposta pela derrota do Sul em 1975, dois anos depois da retirada
dos Estados Unidos, moldou a estratégia futura de evitar guerras que impusessem
um custo muito alto de vidas americanas e nas quais houvesse inimigos difíceis
de derrotar de forma convencional, como os vietcongues e suas táticas de
guerrilhas;
1962 – Laos – Militares americanos invadem e ocupam o Laos durante guerra
civil contra guerrilhas do Pathet Lao;
1964 – Panamá – Militares americanos invadiram mais uma vez o Panamá e
mataram 20 estudantes, ao reprimirem a manifestação em que os jovens queriam
trocar, na zona do canal, a bandeira americana pela bandeira de seu país;
1965/1966 – República Dominicana – Trinta mil fuzileiros e pára-quedistas
desembarcaram na capital do país, São Domingo, para impedir a nacionalistas
panamenhos de chegarem ao poder. A CIA conduz Joaquín Balaguer à presidência,
consumando um golpe de estado que depôs o presidente eleito Juan Bosch. O país
já fora ocupado pelos americanos de 1916 a 1924;
1966/1967 – Guatemala – Boinas Verdes e marines invadem o país para
combater movimento revolucionário contrário aos interesses econômicos do
capital americano;
1969/1975 – Camboja – Militares americanos enviados depois que a Guerra do
Vietnã invadem e ocupam o Camboja;
1971/1975 – Laos – EUA dirigem a invasão sul-vietnamita bombardeando o
território do vizinho Laos, justificando que o país apoiava o povo vietnamita
em sua luta contra a invasão americana;
1975 – Camboja – 28 marines americanos são mortos na tentativa de resgatar
a tripulação do petroleiro estadunidense Mayaquez;
1980 – Irã – Na inauguração do estado islâmico formado pelo Aiatolá
Khomeini, estudantes que haviam participado da Revolução Islâmica do Irã
ocuparam a embaixada americana em Teerã e fizeram 60 reféns. O governo
americano preparou uma operação militar surpresa para executar o resgate,
frustrada por tempestades de areia e falhas em equipamentos. Em meio à
frustrada operação, oito militares americanos morreram no choque entre um
helicóptero e um avião. Os reféns só seriam libertados um ano depois do
seqüestro, o que enfraqueceu o então presidente Jimmy Carter e elegeu Ronald
Reagan, que conseguiu aprovar o maior orçamento militar em época de paz até
então;
1982/1984 – Líbano – Estados Unidos invadiram o Líbano e se envolveram nos
conflitos no país logo após a invasão por Israel – e acabaram envolvidos na
guerra civil que dividiu o país. Em 1980, os americanos supervisionaram a
retirada da Organização pela Libertação da Palestina de Beirute. Na segunda
intervenção, 1.800 soldados integraram uma força conjunta de vários países, que
deveriam restaurar a ordem após o massacre de refugiados palestinos por
libaneses aliados a Israel. O custo para os americanos foi a morte 241
fuzileiros navais, quando os libaneses explodiram um carro bomba perto de um
quartel das forças americanas;
1983/1984 – Ilha de Granada – Após um bloqueio econômico de quatro anos a
CIA coordena esforços que resultam no assassinato do 1º Ministro Maurice
Bishop. Seguindo a política de intervenção externa de Ronald Reagan, os Estados
Unidos invadiram a ilha caribenha de Granada alegando prestar proteção a 600
estudantes americanos que estavam no país, as tropas eliminaram a influência de
Cuba e da União Soviética sobre a política da ilha;
1983/1989 – Honduras – Tropas enviadas para construir bases em regiões
próximas à fronteira invadem o Honduras;
1986 – Bolívia – Exército invade o território boliviano na justificativa de
auxiliar tropas bolivianas em incursões nas áreas de cocaína;
1989 – Ilhas Virgens – Tropas americanas desembarcam e invadem as ilhas
durante revolta do povo do país contra o governo pró-americano;
1989 – Panamá – Batizada de Operação Causa Justa, a intervenção americana
no Panamá foi provavelmente a maior batida policial de todos os tempos: 27 mil
soldados ocuparam a ilha para prender o presidente panamenho, Manuel Noriega,
antigo ditador aliado do governo americano. Os Estados Unidos justificaram a
operação como sendo fundamental para proteger o Canal do Panamá, defender 35
mil americanos que viviam no país, promover a democracia e interromper o
tráfico de drogas, que teria em Noriega seu líder na América Central. O
ex-presidente cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos.
1990 – Libéria – Tropas invadem a Libéria justificando a evacuação de
estrangeiros durante guerra civil;
1990/1991 – Iraque – Após a invasão do Iraque ao Kuwait, em 2 de agosto de
1990, os Estados Unidos, com o apoio de seus aliados da Otan, decidem impor um
embargo econômico ao país, seguido de uma coalizão anti-Iraque (reunindo além
dos países europeus membros da Otan, o Egito e outros países árabes) que ganhou
o título de “Operação Tempestade no Deserto”. As hostilidades começaram em 16
de janeiro de 1991, um dia depois do fim do prazo dado ao Iraque para retirar
tropas do Kuwait. Para expulsar as forças iraquianas do Kuwait, o então
presidente George Bush destacou mais de 500 mil soldados americanos para a
Guerra do Golfo;
1990/1991 – Arábia Saudita – Tropas americanas destacadas para ocupar a
Arábia Saudita que era base militar na guerra contra Iraque;
1992/1994 – Somália – Tropas americanas, num total de 25 mil soldados,
invadem a Somália como parte de uma missão da ONU para distribuir mantimentos
para a população esfomeada. Em dezembro, forças militares norte-americanas
(comando Delta e Rangers) chegam a Somália para intervir numa guerra entre as
facções do então presidente Ali Mahdi Muhammad e tropas do general rebelde
Farah Aidib. Sofrem uma fragorosa derrota militar nas ruas da capital do país;
1993 – Iraque – No início do governo Clinton é lançado um ataque contra
instalações militares iraquianas em retaliação a um suposto atentado, não
concretizado, contra o ex-presidente Bush, em visita ao Kuwait;
1994/1999 – Haiti – Enviadas pelo presidente Bill Clinton, tropas
americanas ocuparam o Haiti na justificativa de devolver o poder ao presidente
eleito Jean-Betrand Aristide, derrubado por um golpe, mas o que a operação
visava era evitar que o conflito interno provocasse uma onda de refugiados
haitianos nos Estados Unidos;
1996/1997 – Zaire (ex-República do Congo) – Fuzileiros Navais americanos
são enviados para invadir a área dos campos de refugiados Hutus;
1997 – Libéria – Tropas dos Estados Unidos invadem a Libéria justificando a
necessidade de evacuar estrangeiros durante guerra civil sob fogo dos rebeldes;
1997 – Albânia – Tropas invadem a Albânia para evacuar estrangeiros;
2000 – Colômbia – Marines e “assessores especiais” dos EUA iniciam o Plano
Colômbia, que inclui o bombardeamento da floresta com um fungo transgênico
fusarium axyporum (o “gás verde”);
2001 – Afeganistão – Os EUA bombardeiam várias cidades afegãs, em resposta
ao ataque terrorista ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Invadem
depois o Afeganistão onde estão até hoje;
2003 – Iraque – Sob a alegação de Saddam Hussein esconder armas de
destruição e financiar terroristas, os EUA iniciam intensos ataques ao Iraque.
É batizada pelos EUA de “Operação Liberdade do Iraque” e por Saddam de “A
Última Batalha”, a guerra começa com o apoio apenas da Grã-Bretanha, sem o
endosso da ONU e sob protestos de manifestantes e de governos no mundo inteiro.
As forças invasoras americanas até hoje estão no território iraquiano, onde a
violência aumentou mais do que nunca.
* Na América Latina, África e Ásia, os Estados Unidos invadiam países ou
para depor governos democraticamente eleitos pelo povo, ou para dar apoio a
ditaduras criadas e montadas pelos Estados Unidos, tudo em nome da “democracia”
(deles).
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