quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

EU E O RÁDIO




             

“Não é verdade que eu não tinha nada, eu tinha o rádio ligado.” - Marilyn Monroe (1926-1962)

Tenho uma paixão pelo rádio desde a infância. Na minha casa, meu pai nunca dispensou um bom rádio de válvulas, ligado o dia todo, todo dia. Daí nasceu meu gosto pela música brasileira, que de tanto ouvir, eu as memorizei até hoje.

Lembro que no primeiro carnaval que fui em Natal, em 1952, com 4 anos de idade, a música que mais tocava no rádio era  Lata d’água, de Luiz Antônio e Jota Júnior, na interpretação da Marlene, uma da Rainhas do Rádio. Lembro também que os nossos almoços aos domingos era ouvindo o programa humorístico “Edifício Balança Mas Não Cai” pela Rádio Nacional do Rio.

E aqui me permito confessar uma das grandes frustrações de minha vida. Nunca ter assistido o programa de auditório da Rádio Poty de Natal, “Turbilhão de Novidades” do Fernando Garcia, que tinha um jingle que dizia ser “o mais alegre da cidade”. Nunca assisti o programa ao vivo, mas nunca perdia a transmissão radiofônica nos domingos pela manhã.

Quando vim para o Acre, em junho de 1978, e logo que montei minha casa, comprei um rádio PHILCO TRANSGLOBE  e era ouvinte assíduo da Rádio Difusora. Fiquei enjoado de ouvir a piada do cavalo, que o J. Conde (o Criatura de Deus) não cansava de repetir no seu “Miscelânia Musical” e me divertia com as mensagens, muitas delas super engraçadas e até jocosas do “Mensageiro Difusora”, que o Reginaldo Cordeiro apresentava.

Ao longo dessa trajetória de 21 anos fazendo o “É Cantando Que A Gente Se Entende”, que comecei levando meus LPs, depois meus CDs e atualmente com a programação em pen drive, pude acompanhar a evolução tecnológica da rádio e o melhoramento do seu espaço físico, do seu stúdio e dos seus transmissores.

 Entretanto, o mais gratificante, foi conhecer e conviver com alguns de seus radialistas e sonoplastas. Nomino alguns e seus respectivos programas: Nilda Dantas do “Sala de Visitas”; Nivaldo Souza, do “Difusora Dona da Noite”; Estevão Bimbi, do “Mundo Cão” e “A Vida Quis Assim”; Franco Silva, “Forró, Cidade e Sertão”; Zezinho Melo e seu “Tarde de Emoções”; Francisco Madeira, “Baile da Saudade”; Damião Viana, com o “Sintonia 1.400” e Reginaldo Cordeiro com o campeão de audiência “Mensageiro Difusora”.

Registro, que nesses 21 anos de programa, dividi o “aquário” da Difusora com Ivan de Carvalho (o faz tudo da rádio) Toinha Oliveira, Edna Souza, Márcio Roberto, José Eusébio, Ângela Silva, Leila Silva, Ivani Nunes, Jander Silva, Marcelo Cordeiro, Chico Catolé e José Wellington, entre outros.

Agradeço, por fim, aos ouvintes assíduos do programa, que se tornaram “cadeiras cativas”. São centenas no Estado e fora dele. Não os nomino por falta de espaço e para não cometer nenhuma injustiça.

 Vamos continuar nos entendendo com o melhor da nossa música, através da das ondas da Difusora. 

Lembrando: “onde tem um rádio ligado não tem solidão”.

Minha gratidão a todos e conclamo-os a permanecerem com o rádio ligado na sintonia 1.400.

Marcos I. Fernandes (Marquito)

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