quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

2020 - NEM TUDO FOI PERDIDO.

 

Erika e Enazon, segurando Isis


Martins, e Ana Rita segurando Martin.



Elder e Natália segurando Maria Rita

2020 – Nem tudo foi perdido

Por: Marcos Inácio Fernandes*

“A arte existe para que a realidade não nos destrua.”  Friederich Nietzsche (1844-1900)

“A arte é o triunfo sobre o caos”. John Cheever (1912-1982)

Esse ano que se encerra, marcado pela pandemia, foi um caos. Poucas coisas para comemorar. Em meio a toda essa turbulência, o milagre da maternidade tem acontecido e nos dá a certeza de que o novo sempre vem.

 No meio de tantas notícias tristes de morte foi um alento recebermos as notícias de nascimentos na família. Ficamos felizes em saber da chegada da Isis (16/8), do Martin (13/10) e da Maria Rita (16/10). O “clã” dos Fernandes/Teixeira/Lima, celebram e anunciam o advento dos três “Arcanjos da esperança.” Que esse ano em que nasceram, marcado por crises e por tragédias, seja o prelúdio de mudanças benfazejas para a humanidade. Sejam benvindos. Parabéns as Mães Erika, Ana Rita e Natália. Saudações aos novos membros da “confraria dos avós” Seu Eurico e D. Dora, Júnior e Biga e Lula e Juca.

Espero que as crianças não tenham nascido com “problemas renais” e que possamos, em breve, tomar o “mijo” para comemorar a vida, a família, a amizade.

Aqui quero prestar um tributo aos que ajudaram, através da arte, a amenizar a solidão do isolamento social, que a pandemia nos impôs. A dura realidade a que fomos submetidos, só não fez um estrago maior, graças aos escritores, compositores, atores e demais artistas, pretéritos e contemporâneos, a cujos talentos recorremos nessa “quarentena”, que foi se ampliando e se impondo na medida que o vírus se alastrava.

Como gosto de ler, de música e de cinema, a reclusão domiciliar não foi dolorosa, pelo contrário, foi até prazerosa. Atualizei algumas leituras, ouvi muita música e organizei meus CDs e arquivos do computador. Também assisti muitas lives, filmes e seriados da Netflix (alguns seriados, assistia até 3 capítulos por noite), e descobri muitos sites de cinema no YouTube e aprendi a conectar o computador na TV, para ver alguns clássicos do cinema na tela maior. Um deleite!

O isolamento também nos motivou a fazer reuniões virtuais pelo ZOOM, GOOGLE MEET e outros aplicativos. Foi gratificante reunirmos os confrades da ABER (Academia Brasileira de Extensão Rural) de todo Brasil num grupo de whats App. Conseguimos resgatar os contatos de muitos companheiros, e fizemos algumas reuniões, que além de produtivas, foram marcadas pela emoção que o reencontro de velhos amigos proporciona. Aproveito para externar a minha profunda gratidão ao confrade Castanheira que puxou as orações, bem como, os demais membros da Academia, que transferiram um pouco de suas energias, desejando o restabelecimento da saúde de minha família. Como diz a música, “eu sei bem que mereço, mas não esperava tanto”.

Apesar de ter seguido à risca os protocolos de segurança, recomendados pelas autoridades da saúde, a Covid me “pegou a traição”, juntamente com minha esposa e filha. Nos tratamos em casa e estamos curados desse vírus. A nossa rápida recuperação devemos as orientações médicas do Dr. Tião Viana e Dr. Eduardo Farias, das equipes de saúde da UNIMED, da danação de remédios que tomamos, e das energias e solidariedade que os familiares e amigos nos transmitiram.

A dura realidade desses tempos virulentos não nos destruiu. Sobrevivemos prá contar a história.

Faltando poucas horas prá gente alcançar a “maré de janeiro”, lembro os versos do Chico Buarque em Ano Novo: E quem for cego /Veja de repente /Todo o azul da vida/ Quem estiver doente /Saia na corrida /Quem tiver presente /Traga o mais vistoso /Quem tiver juízo /Fique bem ditoso /Quem tiver sorriso /Fique lá na frente /Pois vendo valente /E tão leal seu povo /O rei fica contente/Porque é Ano Novo”. (Essa música vai ser a 1ª que vou tocar  no primeiro programa do É Cantando Que a Gente se Entende do sábado próximo, dia 2)

Que 2021, chegue trazendo a alegria e a esperança que Isis, Martin e Maria Rita, meus sobrinhos netos, encarnam e simbolizam. Que a vida seja leve e benfazeja para os três.

E que venha logo essa vacina prá gente se proteger e ganhar o mundo com mais segurança.

Rio Branco (AC), 31 de dezembro de 2020

*Marcos Inácio Fernandes (Marcão/Marquito), um sobrevivente desse 2020, (pelo menos até as 10:30 horas quando terminei esse texto).

 

 

 

 


5 comentários:

  1. Belíssimo texto. Parabéns pelas palavras tio Marquito.

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Marquito, como se diz no popular: Você falou e disse!

    ResponderExcluir
  4. Excelente texto, seu Marcos!
    👏👏👏
    Ficamos felizes com a menção a uma das bençãos que recebemos nesse ano difícil: A nossa linda e saudável Ísis.

    Feliz 2021 ao senhor e sua família!

    *Retificando a escrita.

    ResponderExcluir