segunda-feira, 15 de novembro de 2021

ERI ENCANTOU-SE. VIROU POEIRA DE ESTRELAS

Eri Galvão Encantou-se. Virou poeira de estrelas!!

Por: Marcos Inácio Fernandes (Marquito).

“Perder um amigo
Morrer pelos bares
Pifar em New York
Penar em Pilares

Perder um amigo
Errar a tacada
Sentir comichão
Na perna amputada

Perder um amigo
Mudar pra bem longe
Levar vida afora
O tombo do bonde

Perder um amigo
É a última gota
Se o cara duvida
Que a vida é marota

Perder um amigo
Perder o sentido
Perder a visão
As mãos, os ouvidos

Perder um amigo
Perder o encontro
Marcado e marcar-se
Com a perda do espelho
Nos olhos do amigo
Aonde melhor
Conheci minha face”

(Perder Um Amigo - Maurício Tapajós & Aldir Blanc)

Perdi um amigo na tarde de hoje. ERIVANALDO DO NASCIMENTO GALVÃO- ERI GALVÃO (09/09/1948 – 15/11/2021). A notícia de sus passagem me chegou pelo WhatsApp e me foi dada pelo seu irmão Galvão Filho. Essa música do Maurício Tapajós com letra do Aldir Blanc é a que melhor expressa o que sinto nesse momento. Os “irmãos Eris” foram todos para o Rio se despedir do mano e ainda cantaram prá ele no hospital. Colocaram para ele ouvir e cantaram “O Telefone Tocou Novamente” do Jorge Ben e Eri esboçou uma ar de riso. E Galvão acompanhado de Babal no violão, cantou “Espumas ao Vento” do Flávio José: “Sei que ai dentro ainda mora um pedacinho de mim / Um grande amor não se acaba assim/ Feito espumas ao vento/ Não é coisa de momento, raiva passageira/ Mania que dá e passa, feito brincadeira/ O amor deixa marcas que não dá pra apagar/ Sei que errei tô aqui pra te pedir perdão/ Cabeça doida, coração na mão/ Desejo pegando fogo/ E sem saber direito a hora e o que fazer/ Eu não encontro uma palavra para te dizer/ Ah! se eu fosse você eu voltava pra mim de novo/ E uma coisa fique certa, amor/ A porta vai estar sempre aberta, amor/ O meu olhar vai dar uma festa, amor/ Na hora que você chegar...”

Foi um momento mágico, que os irmãos proporcionaram para o Eri nos seus últimos momentos. Coisa de alma de artistas, que está no DNA dos Galvões.

Já tomei umas 3 doses de 500 de Samanaú para afugentar a tristeza e ficar mais tranquilo para avisar aos nossos amigos comuns, Eri....”Eu não encontro uma palavra para te dizer...” Pego emprestado as palavras do poeta:* “ No fim a gente parte/ Com amigos de pão / De madeira/ De terra// A gente parte e é outro/ Disposto a não esquecer, a não dizer.../ Tudo isso e ainda / Com o mais árduo Adeus,/ O coração mais novo.”

Vá na luz, amigo, e descanse em paz!

E lembrando sempre que: depois da morte ainda teremos filhos.

Meu abraço de conforto aos seus filhos, Júlia e Ricardo; a esposa, Malu; aos irmãos Eris, Erinalda, Erivalda, João, Babal e Galvão e aos inúmeros amigos.

A essas horas o Eri já deve estar na maior proza com o velho Severino, D. Elvira, seu parceiro Márcio Proença e as demais estrelas da MPB que já subiram

*Fragmento da poesia Havaneira de Mário Benedetti.

Rio Branco (AC), 15 de novembro de 2021 ( um ano para esquecer)

Marcos Inácio Fernandes (Marquito).


Eu e Eri no Vinicius Piano Bar


2018 - Eri veio ao Acre a meu convite apresentar o Show: Política Dá Samba. Na foto visitando o amigo Lhé, que também já subiu,



Uma roda na minha casa quando Eri veio com o Projeto Brasileirinho, trazendo Altamiro Carrilho


Uma visita do Eri na minha casa.


Umas férias minha em Natal, acho que em 1987, Fizemos uma roda de samba em Parnamirim. É a foto mais antiga do Eri, que eu tenho (Comadre Anália, Eri...)


Chico Pateta, Eri ao violão, Marquito, Penha (Já subiu nesse 2021 ) e Ailton, meu irmão.

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