Eri Galvão Encantou-se. Virou poeira de estrelas!!
Por: Marcos Inácio Fernandes (Marquito).
“Perder um amigo
Morrer pelos bares
Pifar em New York
Penar em Pilares
Perder um amigo
Errar a tacada
Sentir comichão
Na perna amputada
Perder um amigo
Mudar pra bem longe
Levar vida afora
O tombo do bonde
Perder um amigo
É a última gota
Se o cara duvida
Que a vida é marota
Perder um amigo
Perder o sentido
Perder a visão
As mãos, os ouvidos
Perder um amigo
Perder o encontro
Marcado e marcar-se
Com a perda do espelho
Nos olhos do amigo
Aonde melhor
Conheci minha face”
(Perder Um Amigo - Maurício Tapajós
& Aldir Blanc)
Perdi um amigo na tarde de hoje.
ERIVANALDO DO NASCIMENTO GALVÃO- ERI GALVÃO (09/09/1948 – 15/11/2021).
A notícia de sus passagem me chegou pelo WhatsApp e me foi dada pelo seu irmão
Galvão Filho. Essa música do Maurício Tapajós com letra do Aldir Blanc é a que
melhor expressa o que sinto nesse momento. Os “irmãos Eris” foram todos para o
Rio se despedir do mano e ainda cantaram prá ele no hospital. Colocaram para
ele ouvir e cantaram “O Telefone Tocou Novamente” do Jorge Ben e Eri esboçou
uma ar de riso. E Galvão acompanhado de Babal no violão, cantou “Espumas ao
Vento” do Flávio José: “Sei que ai dentro ainda mora um pedacinho de
mim / Um grande amor não se acaba assim/ Feito espumas ao vento/ Não é coisa de
momento, raiva passageira/ Mania que dá e passa, feito brincadeira/ O amor
deixa marcas que não dá pra apagar/ Sei que errei tô aqui pra te pedir perdão/
Cabeça doida, coração na mão/ Desejo pegando fogo/ E sem saber direito a hora e
o que fazer/ Eu não encontro uma palavra para te dizer/ Ah! se eu fosse você eu
voltava pra mim de novo/ E uma coisa fique certa, amor/ A porta vai estar
sempre aberta, amor/ O meu olhar vai dar uma festa, amor/ Na hora que você
chegar...”
Foi um momento mágico, que os irmãos
proporcionaram para o Eri nos seus últimos momentos. Coisa de alma de artistas,
que está no DNA dos Galvões.
Já tomei umas 3 doses de 500 de Samanaú para
afugentar a tristeza e ficar mais tranquilo para avisar aos nossos amigos
comuns, Eri....”Eu não encontro uma palavra para te dizer...” Pego emprestado
as palavras do poeta:* “ No fim a gente parte/ Com amigos de pão / De
madeira/ De terra// A gente parte e é outro/ Disposto a não esquecer, a não
dizer.../ Tudo isso e ainda / Com o mais árduo Adeus,/ O coração mais novo.”
Vá na luz, amigo, e descanse em paz!
E lembrando sempre que: depois da morte ainda
teremos filhos.
Meu abraço de conforto aos seus filhos, Júlia
e Ricardo; a esposa, Malu; aos irmãos Eris, Erinalda, Erivalda, João, Babal e
Galvão e aos inúmeros amigos.
A essas horas o Eri já deve estar na maior
proza com o velho Severino, D. Elvira, seu parceiro Márcio Proença e as demais
estrelas da MPB que já subiram
*Fragmento da poesia Havaneira de Mário
Benedetti.
Rio Branco (AC), 15 de novembro de 2021 ( um
ano para esquecer)
Marcos Inácio Fernandes (Marquito).
Uma roda na minha casa quando Eri veio com o Projeto Brasileirinho, trazendo Altamiro Carrilho
Linda homenagem para o nosso amigo!
ResponderExcluirAmigo lindos registros do amigo Eri.
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