60 ANOS DO GOLPE MILITAR (1964 – 2024)
(MINHAS LEMBRANÇAS)
“Desconfiai do mais trivial,
na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito
como coisa natural.
Pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural.
Nada deve parecer impossível de mudar”
(Nada É Impossível de Mudar –
Bertolt Brecht).
O golpe militar
de 1964, me alcançou no esplendor dos meus 16 anos. Fazia a 4ª série Ginasial
no Ginásio Augusto Severo de Parnamirim-RN, no qual concluí o ginasial naquele
ano. Na época, não tinha a menor noção do que estava acontecendo no nosso país,
pois as minhas preocupações era estudar e jogar bola. A alienação política era
predominante na juventude de minha cidade. Ademais, Parnamirim, - a “Cidade
Trampolim da Vitória”,- abrigava a Base
Aérea de Natal,(maior densidade de militares reacionários por metro quadrado).
Na época, a maioria dos habitantes de Parnamirim era de militares e civis, que
prestavam seus serviços naquela unidade da Aeronáutica.
Nos anos
60 comandaram a Base Aérea de Natal, os coronéis aviadores: Firmino Ayres
Araújo (04/01 a 06/04/64); Geraldo Labarthe Lebre (04/04 a 27/04/64); Clóvis de
Athayde Boher (27/04 a 04/06/64); e Esrom Saldanha Pires (04/06 a 04/01/65).
Em 1954,
na crise política que levou ao suicídio de Vargas (Que atrasou o golpe em 10
anos), eu estava na ilha de Fernando de Noronha e quem comandava a Base Aérea
de Natal era o Coronel Aviador Antônio Joaquim S. Gomes (02/03/53 a 10/06/58); e
na crise de 1961 com a renúncia de Jânio Quadros e a tentativa de impedir a
posse de Jango, a Base Aérea ficou de prontidão e o seu comandante era o então
Coronel Aviador João Paulo Moreira Burnier, que comandou a Base de (04/08/61 a
04/01/62). Esse militar, da linha dura, já como Brigadeiro, iria protagonizar
um dos episódios mais vergonhosos dos militares. Queria utilizar o PARA-SAR
(tropa de elite da Aeronáutica) para atentados terroristas no Rio de Janeiro e
sequestrar políticos opositores ao regime de 64. Não logrou êxito porque o
comandante do PARA-SAR, Capitão “Sérgio Macaco”, se recusou a cumprir suas
ordens.
Em 1964,
um fato me chamou atenção por aqueles dias de março/abril. Fui assistir um
filme no Cine Rio Grande, em Natal e nas imediações do cinema e da Catedral de
Natal, havia uma pequena trincheira de sacos de areia com uma metralhadora
instalada com soldados do Exército. Não lembro o filme que assisti, mas, lembro
que no Jornal do “Canal 100”, que antecedia o filme, passou o comício da
Central do Brasil, onde o presidente João Goulart, anunciou as “Reformas de
Base”. O golpe militar já havia acontecido e Jango já estava exilado no Uruguai
(Foi o único presidente que morreu no exílio).
Terminei
o 2º Grau na Escola Agrícola de Jundiaí
em Macaíba, em 1967 e já estava um pouco mais politizado, porém numa fase bem
embrionária. Foi então que conheci José Silton, que me recrutou para o PCBR.
O
RECRUTAMENTO E A PRISÃO
Conheci
o Silton jogando bola. No final dos anos 60 e início dos 70, eu era um meio de
campo que jogava até razoável e vivia batendo bola pelo interior. Durante algum
tempo joguei pelo time do sítio de Japecanga, (um engenho de fogo morto), perto
da minha cidade, Parnamirim. Era nesse sítio que morava o pai do Silton, seu
Milton, e ele sempre estava lá nos finais de semana e também participava do
jogo. Na primeira vez, que estive em Japecanga, o que me chamou atenção foi o
fato de um rapaz daquelas brenhas está assobiando músicas do Edu Lobo e Geraldo
Vandré. Era o Silton. Após esse primeiro jogo, retornamos no caminhão do time
de Natal e entabulamos conversa sobre as músicas que ele estava cantarolando.
Informei-lhe que eu gostava da MPB e que escutava os programas de rádio de Irapuã
Rocha, na Rádio Rural, e o de Rubens Lemos, na rádio Cabugi. O prefixo do
programa do Rubens Lemos, dizia “Acorda samba do Brasil....” Fiquei sabendo que
ele ia fazer vestibular para Educação, que havia concluído o 2º grau no colégio
Marista de Natal, que era do movimento estudantil e que havia sido criado por
D. Lira, sua mãe adotiva. Na oportunidade lhe informei que também era
secundarista e que estava pensando fazer Sociologia e ele, com o seu jeito
expansivo e alegre, fez a uma festa e me deu a maior força. Desde então,
ficamos amigos e freqüentávamos a casa um do outro. Continuamos a jogar no time
de Japecanga e passamos no vestibular para as nossas áreas e a amizade evoluiu
para um companheirismo partidário. Através do Silton eu pude enveredar pela
trilha revolucionária que os jovens acalentam e acabei sendo “recrutado” para
militar na FREP (Frente Revolucionária Popular), uma frente capitaneada pelo
PCBR. A minha militância “revolucionária” se restringiu a algumas leituras de
textos clássicos da literatura socialista: O Manifesto Comunista, Esquerdismo:
a Doença infantil do Comunismo, O Estado e a Revolução e romances do Jorge
Amado: Subterrâneos da Liberdade, poesias de Brechet e Castro Alves e por aí.
Através do Silton, tomei conhecimento do trabalho de Geanfrancesco Guarnieri,
“Arena Canta Zumbi” e de “Liberdade, Liberdade” de Flávio Rangel e Millôr
Fernandes. Esse trabalho teatral sobre a Liberdade já estava censurado, mas o
Silton, ainda conseguiu comprar um LP e me presenteou. Guardo esse presente até
hoje. Agora, recentemente, já no século XXI, consegui esse trabalho em CD na
coletânea das duas coleções da Nara Leão, que na época participava do elenco da
peça. As minhas ações “revolucionárias” se restringiram a duas panfletagens.
Uma no cine Nordeste (jogar uns panfletos na parte de cima, o mezanino do
cinema, durante a projeção) e a outra dentro de um ônibus de linha que
transportava trabalhadores nas primeiras horas da manhã de um bairro de Natal
que eu não sabia qual era (tinha ido dormir no aparelho e de lá para o local da
atividade, sempre de olhos vendados). Na primeira semana de faculdade, na
Fundação José Augusto, que oferecia os cursos de Sociologia e Jornalismo,
recebi uma tarefa de me articular com Izolda, que também havia sido aprovada no
curso, para formarmos uma célula de esquerda na faculdade. Mantivemos os
primeiros contatos, mas, logo em seguida, (acho que com menos de 15 dias de
curso), a Izolda foi presa quando soltava uns panfletos na fábrica de
confecções Guararapes, (hoje o Shopping Midwey) na hora da saída das operárias.
Izolda, foi incursa na Lei de Segurança Nacional e pegou 2 anos de detenção,
que cumpriu na Penitenciária João Chaves. Fui com o Silton visitá-la algumas
vezes e esse infortúnio proporcionou um romance/namoro entre Silton e Izolda e
foi lá que conheci a Eró, irmã de criação da Izolda, com quem mais tarde me
casei e vivo até hoje. A possibilidade de ter conhecido essas pessoas (Silton,
Izolda, Eró) foi a grande dádiva que o projeto ingênuo, mas generoso, da
esquerda me presenteou e me moldou como ser humano (também ingênuo, mas, da
mesma forma, generoso). Ainda através do Silton, conheci Paulo Pontes, que
esteve na minha casa participando de uma discussão com uma freira (não lembro
mais o nome) e o nosso clube de jovens da Cohabinal do qual participava Graça
de D.Bena, Lauro (já falecido) e Duzinho (também falecido). Depois da reunião
com a irmã, fizemos uma discussão política, na qual, o Paulo Pontes disse que a
alternativa no Brasil era “partir para luta armada”. Eles partiram (Silton e
Paulo) e pagaram caro por essa opção. Silton, com a vida, tirada da forma mais
ignominiosa – a tortura. Paulo Pontes, foi preso na Bahia, junto com Teodomiro
dos Santos, mas ambos sobreviveram a tortura (sabe Deus com quais seqüelas).
Tempos depois, em 1983, quando já morava no Acre, casado e com dois filhos (Ana
e Abelardo) fui fazer um curso sobre Desenvolvimento Rural em Salvador e me
reencontrei, nesse curso, com o Paulo Pontes. Ele havia feito o curso de
Economia, que iniciou quando ainda estava preso. Depois de anistiado, concluiu
o curso e trabalhava na CAR-BA. Reencontrei-o, bem mais velho e calvo, porém,
vivo. Silton foi para a clandestinidade e morreu por seus ideais. Izolda,
depois de cumprir sua pena, se auto-exilou no Peru e por lá casou e teve dois
filhos, Jussara e Ernesto, ambos já formados, trabalhando e com filhos. Eu, que
pretendia também entrar para a clandestinidade, fui preso em função de uma
carta que havia enviado para Silton falando dessa minha pretensão. Na ocasião,
o Silton já havia sido assassinado e a carta foi interceptada.
Na noite de 10 de abril de 1973, ao retornar
da Faculdade, quando estava chegando em casa, um jipe com dois policiais civis
do DOPS, me levaram preso e me deixaram numa delegacia da Cidade da Esperança e
depois fui para um depoimento no QG do Exército (hoje Museu Câmara Cascudo) e
depois fui levado para a Polícia Federal. Amarguei alguns dias na Polícia
Federal, onde, logo que cheguei, levei uns sopapos de um policial, que chamavam
de “Chinoca”. Depois me encapusaram e algemaram e colocaram no piso do banco
traseiro de uma Veraneio, com dois agentes com os pés no meu peito e me levaram
para um local que desconheço. Nesse local passei por uma sessão de tortura, que
se restringiu a telefones nos ouvidos, chutes e pancadas pelo tórax por algumas
horas, além da tortura psicológica com ameaças de morte, de me enviar para o
Doi-Codi do Recife (ali eu ia ver o que era bom, diziam). Quando retornaram
comigo para a Polícia Federal, já era noite. Estava arquejando com o corpo todo
dolorido e o ouvido sangrava. Na ocasião um agente da PF foi comprar uma
cerveja preta e me deu prá tomar. Foi um regalo. Fiquei alguns dias na PF
algemado a uma cama de campanha e incomunicável. Apenas recebi a “visita” do
tenente Albernáz do serviço de informação da Aeronáutica, que voltou a me fazer
ameaças e falar mal dos comunistas, inclusive citando Prestes. Depois de
prestar vários depoimentos, fui processado pela Lei de Segurança Nacional e
transferido para a Colônia Penal João Chaves. Nunca fiquei tão feliz em ir para
um estabelecimento penal pois, o meu receio e o meu pavor, era que me levassem
para o Dói-Codi do Recife, como viviam me ameaçando.
Fiquei
preso na Colônia Penal João Chaves (hoje desativada) por uns dois meses. Nesse
período, lembro que teve uma Páscoa para os presos. Deram farda nova (calça e
camisa azul), houve uma missa celebrada por Pe. Aquino (Ex- vigário de
Parnamirim) assistida pela quase totalidade dos detentos, além do secretário de
segurança do Estado e esposa, o diretor da Colônia (Cel. Juvenal) e alguns
convidados. Após o ato serviu-se o café, que já estava disposto na mesa
(pratinho de papelão com biscoito, bolacha e pão com queijo) tudo coberto com
papel celofone vermelho e 1 copo novo. O prato, o papel e o copo foram
posteriormente recolhidos. Distribuíram um saquinho contendo 1 sabonete
“Carnaval”, 1 pasta “Gessy”, 1 talco “Cinta Azul” e 1 carteira de cigarro
“Continental” com filtro. A maioria dos presos queriam trocar os outros objetos
pela carteira de cigarro. Dei o meu sabonete para o Edmar (estava preso por
pistolagem) e o cigarro para os “subversivos” que estavam presos comigo (Chico, Ivan, Alvamar, Marcos
Formiga e Lindenbergue). Nesse período, quem também estava encarcerado era o
comunista do Partidão Bento Ventura e o ex-jogador do ABC, Luiz Marques, que
cumpria uma condenação por assassinato, além dos pistoleiros Edmar e Joca de
Cininha.
Em
26 de junho de 1973, recebi a Certidão de soltura da Secretaria de Estado do
Interior e Segurança, com o seguinte teor: CERTIDÃO: Certifico para os fins que
se fizerem necessários, que MARCOS INÁCIO FERNANDES, foi posto em liberdade
nesta penitenciária, hoje dia 26/06/73 /conforme telegrama oriundo da 7ª CJM
(Auditoria Militar), à Colônia Penal pelo Dr. José Bolívar Réges, auditor, e
confirmado pela DOPS.
Natal, 26 de junho de 1973. Altamiro Galvão de Paiva 1º Ten. PM Cmt- DEST
Setor de Segurança.
Dei
a maior parte das minhas roupas para os presos e fui embora livre. Entretanto
ficamos sendo monitorados pelos órgãos da repressão. Toda vez que um general/Presidente
de plantão, visitava Natal, os “subversivos” eram recolhidos ao DOPS e só eram
liberados, quando o avião presidencial partia. Num desses recolhimentos estavam
Juliano Siqueira e Rubens Lemos, que perguntou na ocasião: é “reunião de pais e
mestres”? Também tive meu nome vetado para um trabalho no IBGE (havia feito o
censo Demográfico e Econômico de 1970) e já no Acre também fui vetado para
ingresso na UFAC, onde entrei depois por concurso público.
Esse
é o meu depoimento e minha “descomemoração” do golpe de 64. Estou ainda
perplexo por ter quase vivenciado outra tentativa de golpe agora em janeiro de
2023, com participação ativa de militares. Espero que dessa vez não haja
anistia, pelo contrário, que haja punição rigorosa, aos que atentaram, mais uma
vez, contra nossa frágil democracia.
Rio
Branco (AC), 28 de março (quinta-feira da Paixão) de 2024
*Marcos
Inácio Fernandes, é professor aposentado e filiado ao PT
PS
– Quero lembrar e prestar meu tributo de gratidão e respeito aos verdadeiros
patriotas, que sucumbiram no combate ao regime militar e que nos legaram a
democracia que desfrutamos hoje. Ao prenunciar seus nomes, exclamamos:
PRESENTE!
OS PATRIOTAS ASSASSINADOS PELA DITADURA MILITAR
DE 1964
(1964 /1981 – Relação nominal)
1964 |
1965 |
1966 |
1 - Albertino José de Oliveira 2 - Cel. Av. Alfeu de Alcântara Monteiro 3 – Astrogildo Pascoal Vianna 4 – Bernardino Saraiva 5 -- Carlos Schimer 6 – Dilermando Melo do Nascimento 7 – Edu Barreto Leite 8 – Ivan Rocha Aguiar 9 – José de Souza 10 – Jonas José Albuquerque Barros 11 – Paulo Torres Fernandes Gonçalves 12 – Pedro Inácio de Araújo |
1 – Silvano Soares Santos |
1 – Manoel Raymundo Soares 2 – Miguel Pereira dos Santos |
1967 |
1968 |
1969 |
1 – Milton Palmeira de Castro |
1 – Clóvis de Amorim 2 - David de Souza Meira 3 – Edson Luiz de Lima Souto 4 – Fernando da Silva Lobo 5 – João Frazão Dutra 6 – Jorge Aprígio de Paula 7 – José Carlos Guimarães 8 – Luiz Carlos Augusto 9 – Maria Ângela Ribeiro 10 – Omalindo Cândido da Silva 11 – Virgílio Gomes da Silva |
1 – Antônio Henrique Pereira Neto 2 – Carlos Marighella 3 – Carlos Roberto Zanirato 4 – Chael Charles Schereider 5 -Erimias Delizeikov 6 – Fernando Borges de Paula Ferreira 7 – Hamilton Fernnando Cunha 8 – João Domingues da Silva 9 – João Lucas Alves 10 – João Roberto Borges de Souza 11 – José WilsonLassa Sabag 12 – Luís Fogaça Balboni 13 – Marco Antônio Brás de Carvalho 14 -Nelson José de Almeida 15 – Reinaldo Silveira Pimenta 16 – Roberto Cieto 17 – Ruy Carlos Bebet 18 – Sebastião Gomes da Silva 19 – Severino Viana Colon |
1970 |
1971 |
1972 |
1 - Abelardo Raush Alcântara 2 -Alceri Maria Gomes da Silva 3 – Alvemar Moreira Barros 4 – Antônio Raimundo de Oliveira Lucena 5 – Antônio dos Três Reis 6 – Ari Abreu Lima da Rosa 7 – Dorival Ferreira 8 – Edson Cabral Sardinha 9 - Edson Neves Quaresma 10 – Eduardo Leite 11 – Eiraldo Palha Freire 12 – Hélio Luis Navarro 13 – Joaquim Câmara Ferreira 14 – Joel Vasconcelos 15 – Joelson Crispim 16 – Jorge Leal Gonçalves 17 – José Roberto Spigner 18 - José Idésio Brianese 19 – Juarez Guimarães Brito 20 – Lucimar Brandão Guimarães 21 – Marco Antônio da Silva Lima 22 – Marcos Antônio Dias 23 – Mário Alves 24 – Norberto Nehring 25 – Olavo Hansen 26 – Roberto Macarini 27 – Yoshitama Fujimore 28 – José Campos Barreto 29 – José Campos Teixeira 30 – Roberto Tanari 31 – Walter Ribeiro Novais |
1 – Aderval Alves Coqueiro 2 – Aldo de Sá 3 – Brito de Souza Neto 4 – Amaro Luiz de Carvalho 5 – Antônio Joaquim Machado 6 – Antônio Sérgio de Matos 7 – Aluizio Palhano 8 – Carlos Alberto Freitas 9 – Carlos Eduardo Pires Fleuty 10 – Carlos Lamarca 11 – Célio Augusto Guedes 12 – Denis Cassimiro 13 – Devanir José de Carvalho 14 – Dimas Antônio Cassemiro 15 – Edgard de Aquino Duarte 16 – Eduardo Antônio da Fonseca 17 – Félix Escobar 18 – Francisco José de Oliveira 19 – Gerson Teodoro de Oliveira 20 – Heleni Teles Guariba 21 – Ivan Mota Dias 22 – Joaquim Alencar de Seixas 23 – José Manoel Mendes Nunes de Abreu 24 – José Miltom Barbosa 25 – José Raimundo da Costa 26 – José Roberto Arantes de Almeida 27 – Luís de Almeida Araújo 28 – Luís Antônio Santa Bárbara 29 – Luís Eduardo da Rocha Marlilo 30 – Luís Hirata 31 – Mariano Joaquim da Silva 32 – Marilene Vilas-Boas Pinto 33 – Mauro de Souza Prata 34 – Mauricio Guilherme da Silveira Nicolau 35 – Nilda Carvalho Cunha 36 – Odijas Carvalho de Souza 37 -Otoniel Campos Barreto 38 – Paulo de Tarso Celestino 39 – Raimundo Eduardo da Silva 40 – Raimundo Gonçalves Figueredo 41 – Raul Amaro Nin Ferreira 42 – Rubens Paiva 43 -Stuart Edgard Angel Jones 44 – Yara Yavelberg |
1 – Alex de Paula Xavier Ferreira 2 – Alexandre José Ibsem Voerões 3 – Ana Maria nacinovic Correa 4 – Antônio Benetazzo 5 -Antônio Carlos Nogueira Cabral 6 - Antônio Monteiro Teixeira 7 – Amo Preiss 8 – Aurora Maria Nascimento Furtado 9 – Antônio Marcos Pinto de Oliveira 10 – Bergson Gurjão Farias 11 – Carlos Nicolau Danelle 12 – Cazuza 13 – Ciro Flávio Oliveira Salazar 14 – Elmo Correia 15 – Ezequias Bezerra 16 – Fernando Augusto da Fonseca 17 – Flávio de Carvalho Molina 18 – Gastone Lucia Beltrão 19 – Gerson Reiche 20 - Getílio
D’Oliveira Cabral 21 – Grenaldo de Jesus da Silva 22 – Hélcio Pereira Fortes 23 – Helenira Rezende de Souza Nazareth 24 – Hiroaki Torigoi 25 -Ismael de Jesus da Silva 26 – Idalísio Soares Aranha Filho 27 – Jaime Petit da Silva 28 – Jana Moroni Barroso 29 – Jeová de Assis Gomes 30 – João Carlos Cavalcanti Reis 31 – João Mendes de Araújo 32 – João Carlos Haas Sobrinho 33 – José Bartolomeu Rodrigues de Souza 34 – José Inocêncio Perreira 35 – José Júlio de Araújo 36 – José Silton Pinheiro 37 - José
Francisco Cheves 38 – José Toledo de Oliveira 39 – Kleber Lemos da Silva 40 Lauriberto José Reys 41 Ligia Maria Salgado Nóbrega 42 – Lincoln Cordeiro Oeste 43 – Luís Alberto Andrade de Sá Benevides 44 – Luís Galhardine 45 – Lourdes Maria Wanderley Pontes 46 – Lourival Paulino 47 – Lúcia Maria de Souza 48 – Lúcio Petit da Silva 49 – Luiz Eurico Tejera 50 – Manoel José Nurchis 51 – Marcos Nonato da Fonseca 52 – Maria Célia Correia 53 – Maria Lúcia Petit da Silva 54 – Miriam Lopes Verbena 55 – Maria Regime Lobo de Figueiredo 56 – Paulo Massa 57 – Paulo Ribeiro Bastos 58 – Rui Osvaldo Aguiar Pfutzenreuter 59 – Sérgio Landulfo Furtado 60 – Valdir Sales Sabóia 61 – Winston Ferreira; 62 - Yuri Xavier
Pereira |
1973 |
1974 |
1975 |
1 – Alexandre Vannucchi Leme 2 – Adriano Fonseca Filho 3 - Alfredo 4 – Almir Custódio de Lima 5 – Anatália de Souza Alves de Melo 6 – André Grabois 7 -Antônio Carlos Bicalho Lana 8 – Arildo Valadão 9 – Arnaldo Cardoso Rocha 10 – Caiubi Alves de Castro 11 – Daniel José de Carvalho 12 – Edmur Péricles de Carvalho 13 – Emanoel Bezerra dos Santos 14 – Eudaldo Gomes da Silva 15 - Evaldo Luís
Ferreira de Souza 16 – Francisco Emanoel Penteado 17 – Francisco Seiko Okama 18 – Gildo Macedo Lacerda 19 – Hélber José Gomes Goulart 20 – Henrique Ornelas Ferreira Cintra 21 – Honestino Guimarães 22 – Humberto Albuquerque Câmara Neto 23 – jean Henry Raya 24 – João Batista Rita Pereda 25 – Joaquim Pires Cerveda 26 – Joel José de Carvalho 27 – José Carlos Novaes Mata Machado 28 – José Lavechia 29 – José Manoel da Silva 30 – José Porfírio de Souza 31 – Lincoln Bicalho Roque 32 – Luís José da Cunha 33 – Manoel Aleixo da Silva 34 – Manoel Lisboa de Moura 35 – Merival Araújo 36 – Maurício Grabois 37 – Nelson Dourado 38 – Nelson de Souza Kohl 39 – Nunes Onofre Pinto 40 – Osmar 41 – Pauline Reichstul 42 – Paulo Roberto Pereira Marques 43 – Ramires Maranhão 44 – Ranúsia Alves Rodrigues 45 - Ronaldo
Mourth Queiroz 46 – Soledade Barreti Viedma 47 -Sonia Maria Lopes de Moraes 48 – Vitorino Alves
Moitinho 49 – Zebão |
1 – Ana Rosa Kucinski 2 – Antônio Guilherme Ribeiro Dias 3 – Antônio T. Castro 4 – Áurea E. Valadão 5 – Cilon 6 Davi Capistrano da Costa 7 – Dinaelza Santana Cajueiro 8 – Dinalva da Conceição M. Teixeira 9 -Eduardo Colier Filho 10 – Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira 11 – Guilherme Soveira Lund 12 – Ieda Santos Delgado 13 – Issame Nakamura Okano 14 – Isis Dias de Oliveira 15 – João Massena Melo 16 – José Humberto Bronca 17 – José Roman 18 – Luiz Inácio Maranhão 19 – Osvaldo Orlando da Costa (Osvaldão) 20 – Paulo Rodrigues 21 – Rosalindo Cruz 22 – Rui Frazão Soares 23 – Sueli Yomiko Kanayana 24 – Sonia Piauí 25 – Thomas Antônio Meireles 26 – Telma Correia 27 – Tito de Alencar Lima (Frei Tito) 28 – Valquiria Queiroz Caramuru 29 – Walter de Souza Ribeiro 30 – Waldick Reilner P. Cajueiro 31 – Wilson Silva |
1 – Armando Teixeira Frutuoso 2 – Elson Costa 3 -Hiram de Lima Pereira 4 – Itair José Veloso 5 – Jayme Amorim de Miranda 6 – José Ferreira de Almeida 7 – José Maximiniano de Andrade Neto 8 – José Montenegro de Lima 9 – Nestor Veras 10 – Orlando Rosa Bonfim Júnior 11 – Pedro Jerônimo de Souza 12 – Wladimir Herzog |
1976 |
1977 |
1978 |
1 – Ângelo Arroyo 2 – João Batista Franco Drumond 3 – João Bosco Penido Burnier 4 – Manoel Fiel Filho 5 – Pedro Ventura de Araújo Pomar 6 – Rudolf Lubemkeim 7 – Simão Cristino |
1 – Alberi Vieira dos Santos 2 – Roberto Rascado Rodrigues 3 – Sebastião Lopes |
1 – Marivaldo 2 -Mauro 3 – Norberto Armando Habbeger |
1979 |
1980 |
1981 |
1 – Adão Fausti8no 2 – Benedito Gonçalves 3 – Guido Leão 4 – Joceli Joaquim Macedo 5 – Oracílio Martins 6 – José Soares dos Santos 7 – Santo Dias da Silva |
1 – Agenor Martins 2 – Francisco Sobreira Lima 3 – Joaquim Ferreira Abadia 4 – José dos Santos 5 – Lyda Monteiro da Silva 6 – Marcelo dos Santos 7 – Pedrinho Marceneiro 8 – Raimundo Ferreira Lima 9 – Wilson de Souza |
1 – Francisco Oliveira 2 -João Nascimento 3 – Joaquim Neves Norte 4 – José Bezerra 5 – José Manoel de Souza 6 – José Pedro dos Santos 7 – Sebastião Mearim |
Li e reli todo seu depoimento. Não contive as lágrimas. Não fui presa e nem tive nenhuma ligação com os movimentos da época. Mas tive muitos amigos envolvidos o que era inadmissível para quem apoiava a ditadura. Minha amizade com Izolda me custou horas de depoimentos no Dops . A tortura psicológica era grande..
ResponderExcluirConviver hoje com pessoas que apoiam ditadores tornou-se insuportável.
Ditadura nunca mais!