POEIRA
DE ESTRELAS
Por: Marcos Inácio Fernandes
O segundo dos irmãos
FERNANDES, - CARLOS MAGNO FERNANDES (* 24/05/1950 - + 05/06/2021), virou poeira
de estrelas as 02:15 hs. dessa madrugada. Não resistiu a uma cirurgia no
pâncreas para a retirada de um tumor a que se submeteu no dia 02/06.
O “barquinha”, como eu o
tratava, era o mais festeiro dos irmãos e o melhor dançarino da família. Agora
já aposentado do Banco do Brasil, cantava no Coral dos aposentados da
Associação do banco e vivia viajando com sua companheira Fátima Pereira.
Entre as muitas viagens do Carlos, teve uma
que ficou na história. No início dos anos 90, ele viajou comigo para conhecer
Rio Branco numa Belina branca a álcool. A gente vinha se revezando no volante e
nas proximidades de Primavera do Oeste-MT, a Belina fundiu o motor. Ele ficou
no carro, enquanto eu e minha filha Ana, pegamos uma carona e fomos para
Primavera do Oeste atrás de socorro. Contratei um reboque para buscar a Belina
e quando cheguei no ponto que havia deixado o carro, ele não se encontrava. No
momento fiquei com muito medo e só pensei no pior. Ele havia aceitado ser
puxado por um camioneiro até Primavera do Oeste e nos encontramos nessa cidade.
O susto foi grande e ele, sem experiência de estrada, ainda se vangloriou de
não ter quebrado a corda do reboque nenhuma vez. Era um otimista.
Ele tinha planos de ainda
fazer muitas viagens e passeios, que foram suspensos pela COVID-19 e, agora,
definitivamente. Mesmo na pandemia ele ainda foi com Fátima e amigos, á Canoa
Quebrada no Ceará. Creio que foi o seu último turismo. O mano estava vivendo
intensamente a sua merecida aposentadoria e, mais recentemente, estava pegando
gosto em cultivar plantas e fazer arranjos florais. Na sua casa já tinha umas belas
orquídeas, que mataria D. Lia de inveja.
Ele, que era desafinado até prá
dá “bom dia”, virou cantor do Coral e agora vivia esnobando a gente preparando
drinks sofisticados para bebericar com os deliciosos tira-gostos da Fátima. Eu
sempre brincava com ele: “quem era Carlos em quem está virado”. As bebidas mais
sofisticadas que bebia era Cinzano e Ron Merino. O nosso barbeiro do tempo das
vacas magras em Brasília, subiu nessa madrugada.
CARLOS MAGNO FERNANDES virou
poeira de estrelas. Já está no andar de cima fazendo companhia a nossos pais e
demais familiares, que já partiram. Vá na luz, “barquinha” e descanse em paz.
PS – O mano deixa viúva,
Fátima Pereira, 6 filhos, 3 netos e 1 bisneto. Eles são as sementes que
garantem a perpetuação da vida.
Rio Branco (AC) 05 de junho
de 2021
(Irmão primogênito)
MEMÓRIA FOTOGRÁFICA
Carlos com os filhos Alexandre e Leonardo (Todo nos panos)
1964 (Dez.) Almoço de confraternização em família pela minha conclusão do Ginásio (Araken, Rogério, Everaldo (vizinho já falecido), papai, Carlos, tomando refrigerante de canudo, mamãe, Penha, Nicinha (minha madrinha do ginásio), eu, Ailton e compadre Né.
Festa dos 15 anos de Ana Karla (Alexandre, Leonardo, Chica do Piauí, Carlos, Arakem e Marcos
Carlos e Leonardo no bar do Mercado de Petropólis
Na festa da padroeira N.S. da Guia em Carnaúba (Araken, compadre Né, Carlos e Marcos)
Na festa de formatura de Alyne (Araken, Marcos e Carlos)
Igor, Araken, Carlos (Cabra do chapéu de couro) e Marcos
Marcos, Ana Karla e Carlos (Um dos aniversários da Ana na sua casa)
Muito legal esse resgate em homenagem a seu irmão!
ResponderExcluirMensagem linda Marcos. Realmente seu irmão está descrito em suas palavras. Um abraço. Sinto muito.
ResponderExcluirMensagem linda Marcos. Realmente seu irmão está descrito em suas palavras. Um abraço. Sinto muito.
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