quarta-feira, 4 de maio de 2016

NASCE UM CYBORG. PODEM CHAMÁ-LO DE MARQUITO OU MARCÃO.


Na última 2ª feira, 2 de maio, me submeti a uma angioplastia para colocar um stent numa veia do coração. Antes já havia feito um cateterismo, que detectou uma artéria um pouco obstruída, que podia me causar transtornos coronários futuros. Nesse dia me tornei um cyborg.* Estou com um artefato no meu organismo que não nasci com ele. Essa peça de metal introduzida na minha artéria vai proporcionar um melhor bombeamento do sangue para o coração dando a ele mais “esperança de um dia ser tudo o que quer” (Coração Vagabundo de Caetano Veloso), desde que, paralelamente, eu tome os remédios, pratique exercícios e  tenha uma alimentação mais saudável. Por isso que eu quero uma casa no campo, cultivar os amigos além das plantas, ver crescerem os netos, aprender a cozinhar, aprender a tocar um instrumento (nem que seja sino), viajar muito e conhecer lugares e quebrar a barreira dos ENTA, que começa nos quarenta e vai até os noventa anos. Quero emplacar os 100 anos, mas com tudo funcionando. O stent dessa semana foi só o começo, pois em breve teremos “peças vitais de reposição” no mercado para substituir as nossa danificadas. Olha o que diz o Max More, Phd em Filosofia Política pela Universidade de Oxford: “Nos próximos 50 anos a Inteligência Artificial, a Nanotecnologia, a Engenharia Genética e outras tecnologias permitirão aos  seres humanos transcender as limitações do corpo. O ciclo da vida ultrapassará um século. Nossos sentidos e cognição serão ampliados; ganharemos mais controle sobre nossas emoções e memória.”
Acredito nisso. A evolução sempre vem. Ela é inexorável. Quando eu penso que hoje um reles professor aposentado como eu, tem uma vida mais confortável e uma expectativa de vida bem maior do que um rei da idade média, (salvo alguma fatalidade), graças ao desenvolvimento tecnológico, minhas esperanças se renovam em quebrar a barreira centenária.
Quero registrar que graças a maior invenção da humanidade – a ANESTESIA – não senti nenhuma dor, nem no cateter e nem na angioplastia. Já pensou você colocar um tubo de metal numa artéria perto do seu coração, introduzindo esse metal pela via femural (na virilha) e você não sentir nada e apenas com a anestesia local e sedativo? Considero um dos milagres da ciência. E que os milagres continuem. Os medrosos, como eu, agradecem.
Por fim, quero agradecer aos atendentes, enfermeiros e médicos do hemoacre e do Santa Juliana (não gravei o nome de todos), que me trataram na mão “como galo velho”, minha gratidão e meus parabéns pelo profissionalismo que demonstraram. E, quem disser, que no Acre o serviço de saúde não melhorou, ou está enganado ou querendo lhe enganar.
* Um Cyborg é um organismo dotado de partes orgânicas e cibernéticas, geralmente com a finalidade de melhorar suas capacidades utilizando tecnologia artificial.


Marcos Inácio Fernandes ( um homem, natural, social e artificial)


 Muito em breve nas melhores farmácias

 Já com o stent a caminho da UTI



O stent que está na minha artéria



O Que é Uma Angioplastia Com Stent?

Os stents têm sido usados para tratar a Doença Arterial Coronariana (DAC) por mais de uma década. Agora é uma prática comum inserir-se um stent para manter uma artéria coronariana aberta e sustentar o fluxo sanguíneo após uma angioplastia.
A aplicação de stent é um procedimento minimamente invasivo durante o qual um stent e um balão são usados juntos para empurrar depósitos de placa dentro de uma artéria coronariana para se tratar a doença cardíaca.
Um stent coronário é um tubo minúsculo, expansível e em forma de malha, feito de um metal como o aço inoxidável ou uma liga de cobalto. Os stents podem ajudar a reduzir o bloqueio ou estreitamento recorrente após um procedimento de angioplastia. Uma vez que o stent seja implantado, ele ficará em sua artéria permanentemente.
O Procedimento Com Stent
Como em qualquer procedimento de angioplastia, um stent é montado em um balão minúsculo que é aberto dentro de uma artéria coronariana para empurrar a placa e restaurar o fluxo sanguíneo. Após a placa ter sido comprimida contra a parede arterial, o stent é completamente expandido para sua posição, agindo como um "andaime" em miniatura para a artéria. Então, o balão é desinflado e removido, e o stent é deixado para trás na artéria coronariana para ajudar o vaso sanguíneo a se abrir. Para alguns pacientes, poderá ser necessário colocar mais de um stent na artéria coronariana, dependendo do comprimento do bloqueio.
Os procedimentos com stent podem ter uma vantagem sobre a angioplastia sozinha, porque os stents fornecem um suporte estrutural permanente para impedir que a artéria coronariana se feche novamente (o que é também conhecido como reestenose), embora a reestenose ainda possa ocorrer.
Stens de Eluição de Fármaco
Além de fornecer suporte estrutural à artéria coronariana, alguns stents também têm um revestimento medicamentoso para ajudar a impedir que o vaso se feche novamente.
Os stents de metal puro e de eluição de fármaco podem efetivamente reabrir artérias coronarianas.
O uso de stents pode, em raras ocasiões, resultar naquilo que é conhecido como trombose do stent. A trombose do stent é um coágulo sanguíneo que ocorre após a implantação do stent. Em uma pequena porcentagem de pacientes que recebem stents, as células sanguíneas podem tornar-se pegajosas e acumularem-se, formando uma pequena massa – ou coágulo. Quando um coágulo sanguíneo se forma, ele pode bloquear o livre fluxo do sangue por uma artéria, e pode causar um ataque cardíaco ou mesmo a morte. A trombose do stent pode ocorrer em pacientes com stents de metal puro ou de eluição de fármaco.
O mais importante que você pode fazer é seguir as recomendações do seu cardiologista, tomando medicações anti-coágulos, também conhecidas como terapias antiplaquetárias duplas (aspirina com clopidogrel ou ticlopidina). É muito importante não parar de tomar esses medicamentos antes que o seu cardiologista lhe diga para fazer isso.


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