Minhas
Memórias do golpe de 1964
Por:
Marcos Inácio Fernandes*
“Desconfiai do mais
trivial,
na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito
como coisa natural.
Pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural.
Nada deve parecer impossível de mudar.”
na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito
como coisa natural.
Pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural.
Nada deve parecer impossível de mudar.”
(Nada É Impossível de Mudar – Bertolt Brechet)
Ontem 31 de março de 2016, data que marca os 52 anos do Golpe Militar de
1964, o Brasil foi às ruas para dizer que “NÃO VAI TER GOLPE.” Dessa vez estão
tramando para destituir uma Presidente eleita através de um IMPEACHEMENT, que
não cometeu crime de responsabilidade, como prevê a Constituição e, portanto,
não tem base legal. Querem dar um “golpe Paraguaio”, via Congresso e com ajuda
da mídia e do judiciário. Os tanques estão recolhidos a caserna, mas, o perigo
é da mesma é pavoroso. Nós da geração que vivenciamos e combatemos o golpe do
século passado não queremos vê-lo repetido, mais uma vez, nesse século. Não
temos mais idade para voltarmos à clandestinidade e não queremos que os nossos
filhos e netos passem pela experiência que passamos. Por isso fomos as ruas no
dia 18 e 31 de março para dizer, alto e bom som, NÃO VAI TER GOLPE!!!
Para que os mais novos tenham idéia do que é um golpe de Estado,
reproduzo um texto que escrevi em 2014, por ocasião dos 50 anos do aniversário
do Golpe de 64. Naquela ocasião escrevi o seguinte:
“Com
tantas manifestações acontecendo, algumas até extravagantes, como as que pedem
o retorno dos militares, eu me atrevo a relatar e compartilhar a minha
experiência com o golpe, que me alcançou no esplendor dos meus 16 anos, quando
cursava o último ano do Ginásio (4ª série) no Ginásio Augusto Severo em
Parnamirim-RN e não fazia a mínima idéia do que estava se desenrolando no país.
É
necessário, entretanto, que retrocedamos um pouco no tempo para entender o que
se passou em 64, embora esse texto não tenha nenhuma pretensão histórica, mas
apenas de descrever as lembranças pessoais, as vivências, que a minha memória
reteve, antes, durante e depois do golpe.
Remonto
à 10 anos atrás. Em 1954, morava na ilha de Fernando Noronha, onde meu avô
materno trabalhava como Diarista de Obra no destacamento da FAB (Força Aérea
Brasileira) e meu pai, que era militar da Aeronáutica, serviu por alguns anos
no pós-guerra. Naquele fatídico 24 de agosto, fui para a escola do Território
(já estudava no 1º ano, apesar da minha tenra idade de 6 anos) e antes de
entrarmos para as salas, formávamos no pátio e algum aluno hasteava a bandeira
ao som do Hino Nacional executado em disco e cantado pelos alunos. Naquele dia
não houve formatura e a bandeira já estava hasteada a meio pau, quando a diretora
nos avisou, compungida, que não haveria aula em face da morte do Presidente
Vargas. De volta a minha casa, o que me chamou atenção, foi a expressão
comovida de meu avô ao pé do rádio ouvindo os boletins noticiosos do Repórter
Esso (A Testemunha Ocular da História), que a todo instante entrava no ar.
Aquela vinheta do Repórter Esso, até hoje, não me sai da cabeça. Com um tiro no
seu próprio peito, Vargas “deixava a vida para entrar na história” e adiava o
golpe em 10 anos.
Alguns
anos depois houve outra tentativa de golpe, quando Jânio Quadros renunciou em
1961, e os militares tentaram impedir a posse do Vice-Presidente eleito, João
Goulart. (Naquela época se votava, nominalmente, para vice - Presidente, tanto
que Jango, que era da chapa do PTB/PDS, se elegeu com Jânio, que era da UDN.
Foi a famosa dobradinha “Jan-Jan”). O que eu me lembro dessa época, foi que o
então comandante da Base Aérea de Natal, coronel Burnier, que era um militar
linha dura e com pendores golpistas, ( já havia participado do levante da
Aeronáutica contra o governo de Juscelino em Aragarças em 1959), colocou todos
os militares da Base de prontidão, que durou vários dias. Meu pai, que ainda
estava na ativa, ficou muitos dias sem vir em casa. Burnier, que chegou a
Brigadeiro, anos depois, seria protagonista de episódios dos mais infames do
regime militar. Sob o seu comando no quartel da 3ª Zona Aérea no Rio de
Janeiro, ocorreu a prisão e desaparecimento do ex – deputado, Rubens Paiva, a
prisão e assassinato de Stuart Angel, ambos em 1971, e o rumoroso caso, de
tentar usar a tropa de elite da Aeronáutica, o PARASAR, para cometer atentados
terroristas no Gasômetro do Rio e seqüestrar opositores do regime para jogar no
mar. Esse tresloucado ato só não se concretizou graças a reação do capitão do
PARASAR, Sérgio Miranda de Carvalho ( o Sérgio Macaco), que não só descumpriu a
ordem extravagante, como a denunciou a seu superiores, inclusive, ao Brigadeiro
Eduardo Gomes. Em carta encaminhada ao Presidente Ernesto Geisel, relatando o
fato, Eduardo Gomes, se referiu a Burnier como um “insano mental, inspirado por
instintos perversos e sanguinários”.
Em
1964, o que ficou na memória dos primeiros dias do golpe foi o posicionamento
de tropas do Exército em pontos estratégicos da cidade de Natal, durante os
primeiros dias de abril. Lembro que quando fui assistir a um filme no cine Rio
Grande, tinha uns sacos de areia e soldados com metralhadora perto do cinema.
Não me recordo o filme que vi naquele dia, mas lembro que no jornal (me parece
que o Canal 100), que antecedia o filme, mostrou o grande comício do dia 13 de
março na Central do Brasil, onde Jango anunciou as Reformas de Base e ouriçou
os golpistas. O golpe já havia acontecido e iria mergulhar o Brasil na sua
ditadura mais prolongada e sanguinária. Naquela época eu não fazia a mínima
idéia do que estava se passando e seguia, sem maiores preocupações, para a
conclusão do ginásio.
O contexto do ano de 1964.
Em 64, o Santos, com Pelé e companhia,
sagrava-se bi-campeão Paulista vencendo a Portuguesa. No Rio, foi o Fluminense,
que derrotou na final, o Bangu por 3X1. Na música, Baden Powell e Vinicius de
Moraes, compunham Berimbau, dando início aos Afro-Sambas e a uma das maiores
parcerias da MPB. Silas de Oliveira compunha o samba enredo do Império Serrano,
“Aquarela Brasileira”; Zé Keti, compunha, “Diz Que Fui Por Aí” e Nelson
Cavaquinho, a sua antológica “Luz Negra”. Já no cancioneiro internacional, o
sucesso do ano foi La Bamba e o bolero Encadenados (Acorrentados), que Lucho
Gatica interpretava e que talvez profetizasse a situação em que mergulharia o
Cone Sul (Brasil, Uruguai, Chile e Argentina) nas ditaduras mais sanguinárias –
“um mundo de delírios” – como dizia o bolero.
Na
cinematografia nacional, Glauber Rocha produzia o seu “Deus e o Diabo na Terra
do Sol”, que se tornaria o marco do Cinema Novo e Ruy Guerra produzia “Os
Fuzis”. Internacionalmente, era lançado o 2º ou 3º filme da série 007, o
antológico “007 Contra Goldfinger”, que imortalizaria Sean Conery, com o melhor
dos Bonds. Mas o filme de 1964, que é a cara do que aconteceu no Brasil, foi o
Western de Sérgio Leone com Clint Eastwood, “Por Um Punhado de Dólares”. Aqui
não foi só um punhado de dólares que os EEUU, investiu no golpe, foram milhões
de dólares, fora as 6 malas cheias de dólares que o general Amaury Kruel, do II
Exército de São Paulo, embolsou, conforme denúncia recente do Major do Exército
Erimá Pinheiro Moreira, testemunha ocular do suborno milionário.
Minha
experiência com a ditadura.
No início dos 70, eu já havia concluído meu
curso secundário na Escola Agro-técnica de Jundiaí em Macaíba – RN e já tinha
uma certa compreensão do que estava ocorrendo no Brasil, onde o golpe dentro do
golpe – o AI-5 – estava em pleno vigor . Mas a minha paixão era o futebol e
jogar bola. Eu era um meio de campo que jogava até razoável (fui da seleção de
Jundiaí e campeão do Interior pelo time de Parnamirim). Durante algum
tempo joguei pelo time do sítio de
Japecanga,(um engenho de fogo morto) perto da minha cidade, Parnamirim. Foi
nesse encontros futebolísticos, que conheci o Silton,( José Silton Pinheiro)
que também jogava no time local.
Na primeira vez, que
estive em Japecanga, o que me chamou atenção foi o fato de um rapaz daquelas
brenhas está assobiando músicas do Edu Lobo e Geraldo Vandré. Era o Silton.
Após esse primeiro jogo, retornamos no caminhão do time de Natal e entabulamos
conversa sobre as músicas que ele estava cantarolando. Informei-lhe que eu
gostava da MPB e que escutava os programas de rádio de Irapuã Rocha, na Rádio
Rural, e o de Rubens Lemos, na rádio Cabugi. O prefixo do programa do Rubens
Lemos, dizia “Acorda samba do Brasil.”
Fiquei sabendo que ele ia fazer vestibular para Educação, que havia
concluído o 2º grau no colégio Marista de Natal, que era do movimento
estudantil e que havia sido criado por D. Lira, sua mãe adotiva. Na
oportunidade lhe informei que também era secundarista e que estava pensando
fazer Sociologia e ele, com o seu jeito expansivo e alegre, fêz a uma festa e
me deu a maior força.
Desde então, ficamos
amigos e freqüentávamos a casa um do outro. Continuamos a jogar no time de
Japecanga. Em 1971, passamos no vestibular para as nossas áreas e a amizade
evoluiu para um companheirismo partidário. Através do Silton eu pude enveredar
pela trilha revolucionária que os jovens acalentam e acabei sendo “recrutado”
para militar na FREP (Frente Revolucionária Popular), uma frente capitaneada
pelo PCBR, no nordeste.
A minha militância
“revolucionária” se restringiu a algumas leituras de textos clássicos da
literatura socialista: O Manifesto Comunista, Esquerdismo: a Doença infantil do
Comunismo, O Estado e a Revolução e romances do Jorge Amado: Subterrâneos da
Liberdade, poesias de Brechet e Castro Alves e por aí. Através do Silton, tomei
conhecimento do trabalho de Geanfrancesco Guarnieri, “Arena Canta Zumbi” e de
“Liberdade, Liberdade” de Flávio Rangel e Millôr Fernandes. Esse trabalho teatral
sobre a Liberdade já estava censurado, mas o Silton, ainda conseguiu comprar um
LP e me presenteou. Guardo esse presente até hoje. Agora, recentemente, já no século XXI, consegui
esse trabalho em CD na coletânea das duas coleções da Nara Leão, que na época
participava do elenco da peça.
As minhas ações “revolucionárias” se
restringiram a duas panfletagens. Uma no cine Nordeste (jogar uns panfletos na
parte de cima do cinema durante a projeção) e a outra dentro de um ônibus de
linha que transportava trabalhadores nas primeiras horas da manhã de um bairro
de Natal que eu não sabia qual era (tinha ido dormir no aparelho e de lá para o
local da atividade, sempre de olhos vendados).
Na primeira semana de
faculdade, na Fundação José Augusto, que oferecia os cursos de Sociologia e
Jornalismo, recebi uma tarefa de me articular com Izolda, que também havia sido
aprovada no curso, para formarmos uma célula de esquerda na faculdade.
Mantivemos os primeiros contatos, mas, logo em seguida, (acho que com menos de
15 dias de curso), a Izolda foi presa quando soltava uns panfletos na fábrica
de confecções Guararapes, na hora da saída das operárias. Izolda foi incursa na
Lei de Segurança Nacional e pegou 2 anos de detenção, que cumpriu na
Penitenciária João Chaves em Natal.
Fui com o Silton visitá-la
algumas vezes e esse infortúnio proporcionou um romance/namoro entre Silton e
Izolda e foi lá que conheci a Eró, irmã de criação da Izolda, com quem me casei
em 1975 e vivo até hoje. A possibilidade
de ter conhecido essas pessoas (Silton, Izolda, Eró) foi a grande dádiva que o
projeto ingênuo, mas generoso, da esquerda me presenteou e me moldou como ser
humano (também ingênuo mas, da mesma forma, generoso).
Ainda através do Silton, conheci
Paulo Pontes, que esteve na minha casa participando de uma discussão com uma freira
(não lembro mais o nome) no nosso clube de jovens da Cohabinal. Depois da
reunião com a irmã, fizemos uma discussão política, na qual, o Paulo Pontes
disse que a alternativa no Brasil era “partir para luta armada”.
Eles partiram (Silton e Paulo)
e pagaram caro por essa opção. Silton, com a vida, tirada da forma mais
ignominiosa – a tortura, em 1972.** Paulo Pontes foi preso na Bahia, junto com
Teodomiro dos Santos, mas ambos sobreviveram a tortura (sabe Deus com quais
seqüelas). Tempos depois, em 1983, quando já morava no Acre, casado e com dois
filhos (Ana e Abelardo) fui fazer um curso sobre Desenvolvimento Rural em
Salvador e me reencontrei, nesse curso, com o Paulo Pontes. Ele havia feito o
curso de Economia, que iniciou quando ainda estava preso. Depois de anistiado,
concluiu o curso e trabalhava na CAR-BA. Reencontrei-o, bem mais velho e calvo,
porém, vivo.
Silton foi para a clandestinidade e morreu por seus
ideais. Izolda, depois de cumprir sua
pena, se auto-exilou no Peru e por lá casou e teve dois filhos, Jussara e
Ernesto, ambos já formados, trabalhando e com filhos. Eu, que pretendia também
entrar para a clandestinidade, fui preso em função de uma carta que havia
enviado para Silton falando dessa minha pretensão. Na ocasião, o Silton já havia
sido assassinado e a carta foi interceptada. Na noite de 10 de abril de 1973,
ao retornar da Faculdade, quando estava chegando em casa, um jipe com dois
policiais civis do DOPS, me levaram preso e me deixaram numa delegacia da
Cidade da Esperança e depois fui para um depoimento no QG do Exército (hoje
Museu Câmara Cascudo) e depois fui levado para a Polícia Federal.
Amarguei alguns dias na
Polícia Federal, onde, logo que cheguei, levei uns sopapos de um policial, que
chamavam de “Chinoca”. Depois me encapusaram
e algemaram e colocaram no piso do banco traseiro de uma Veraneio, com dois
agentes com os pés no meu peito e me levaram para um local que desconheço. Nesse local passei por uma sessão de tortura,
que se restringiu a telefones nos ouvidos, chutes e pancadas por todo o corpo,
por algumas horas, além da tortura psicológica com ameaças de morte, de me
enviarem para o Doi-Codi do Recife (ali eu ia ver o que era bom, diziam. Fiquei
traumatizado só de ouvir a palavra RECIFE). Quando retornaram comigo para a
Polícia Federal, já era noite. Estava arquejando com o corpo todo dolorido e o
ouvido sangrava. Na ocasião um agente da PF foi comprar uma cerveja preta e me
deu prá tomar. Foi um regalo. Esse agente me deu um conselho, que depois se tornou
profético. Ele disse: “se eu fosse você quando saísse daqui, se sair, iria para
o Acre”. Fiquei alguns dias na PF algemado a uma cama de campanha e
incomunicável. Apenas recebi a “visita”
do tenente Albernáz do serviço de informação da Aeronáutica, que voltou a me
fazer ameaças e falar mal dos comunistas, inclusive citando Prestes.
Depois de prestar vários
depoimentos, fui processado pela Lei de Segurança Nacional e transferido para a
Colônia Penal João Chaves. Nunca fiquei tão feliz em ir para um estabelecimento
penal. O meu receio e o meu pavor, era
que me levassem para o Dói-Codi do Recife, como viviam me ameaçando, pois já
tinha clareza de como funcionava os porões da ditadura.
Saí da prisão em 26 de
junho de 1972. A 7ª Circunscrição da Justiça Militar em Recife, havia arquivado
o meu processo e expediu meu alvará de soltura. Fiquei livre, mas, continuei
perseguido por muito tempo. Toda vez que chegava um Presidente de plantão da
ditadura em Natal, todos os fichados pelos órgãos de informações eram recolhidos
no DOPS até a saída do Presidente. Fui vetado para um trabalho no IBGE no RN e
aqui no Acre na UFAC, onde tempos depois entrei por concurso.
A
vida seguiu. Casei em 75, me formei em 77 e vim para o Acre em 78 (a profecia
do agente da PF se cumpriu). Aqui formei meus filhos estabeleci com minha
esposa sólidas amizades, estabeleci boas relações e cheguei até, a ser
autoridade (Secretário de Estado), graças ao projeto generoso da esquerda e do
PT. E daqui só saio para a viagem grande. Mas, como disse Millôr Fernandes: “É meu conforto – Da vida só me tiram
morto”.
*Marcos
Inácio Fernandes, é professor aposentado da UFAC e militante do PT
**
1972 foi o ano em que a ditadura matou mais patriotas. Foram assassinadas 61
pessoas, entre as quais meu amigo e companheiro José Silton Pinheiro. Ao todo o
regime militar torturou e matou 311 compatriotas.
Na manifestação artistíca/político/cultural de ontem em Rio Branco contra o golpe. Teve leitura de Manifestos dos artistas e intelectuais, apresentações musicais, capoeira, equilibristas, malabares e muitas outras atrações.
Uma aula de História esse seu depoimento meu amigo. Me emocionei às lágrimas porque, embora por caminhos diferentes e contando com a sorte de não ter sido presa vivi as dores desse momento, amiga que era de Silton e Izolda ( essa na verdade a maior amiga que tinha na época) Fui as ruas nesse dia 31 com muitas lembranças dolorosas a gritar com muita convicção Golpe Nunca mais!
ResponderExcluirParabéns pelo texto!
Uma aula de História esse seu depoimento meu amigo. Me emocionei às lágrimas porque, embora por caminhos diferentes e contando com a sorte de não ter sido presa vivi as dores desse momento, amiga que era de Silton e Izolda ( essa na verdade a maior amiga que tinha na época) Fui as ruas nesse dia 31 com muitas lembranças dolorosas a gritar com muita convicção Golpe Nunca mais!
ResponderExcluirParabéns pelo texto!