quinta-feira, 31 de março de 2016

JOSÉ SILTON - PRESENTE!!!



José Silton: Presente!!!
 Se vivo estivesse meu companheiro, José Silton Pinheiro, que militou comigo no PCBR, estaria hoje nessa marcha pela democracia e contra um novo golpe no Brasil. Hoje quando completa 52 anos do golpe militar, voltamos às ruas para defender, mais uma vez, a democracia no nosso país. Silton foi assassinado, sob tortura, nos porões do DOI-CODI no Rio de Janeiro, em 1972 e depois carbonizaram o seu corpo com os demais companheiros num fusca, para simular um confronto. Vejam as circunstâncias do seu assassinato:






JOSÉ SILTON PINHEIRO (31/05/1948 – 29/12/1972)

Militante do PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO REVOLUCIONÁRIO (PCBR). Nasceu em 31 de maio de 1948, no Rio Grande do Norte, [...] Rapaz cheio de alegria, senso de humor e com enorme facilidade de fazer amigos, tinha especial carinho pelas crianças. Também se caracterizou pela grande força de vontade para atingir os objetivos a que se propunha.
 Em 1970, ingressou na Universidade do Rio Grande do Norte, no curso de Pedagogia. Meste mesmo ano passou a militar no PCBR, atuante em Natal, Recife e por fim, na cidade do Rio de Janeiro. Foi morto aos 24 anos de idade no Rio de Janeiro, junto com Fernando Augusto Valente da Fonseca, Getúlio d’Oliveira Cabral e José Bartolomeu Rodrigues de Souza. Foi carbonizado dentro de um Wolkswagen, na Rua Grajaú, nº 321 (RJ), após ter sido preso e torturado pelo DOI-CODI/RJ, “teatrinho” feito pela repressão para justificar a versão de morte em tiroteio ao reagir à prisão.
 O corpo de José Silton entrou no IML/RJ como desconhecido, em 30 de dezembro de 1972, com a guia nº12 do DOPS. Na certidão de óbito [...] é dado como desconhecido, assinando como declarante José Severino Teixeira e firmada pelo Dr. Roberto Blanco dos Santos. No verso de seu óbito há a seguinte frase manuscrita: “Inimigo da Pátria (Terrorista)”. Foi enterrado em 06 de fevereiro de 1973, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque (RJ), na cova nº 22.706, quadra 21.
 Em 20 de março de 1978, seus restos mortais foram transferidos para o ossário geral e, em 1980/1981, foram para uma vala clandestina, junto com cerca de 2.000 ossadas de indigentes. Há ainda laudo [...] e fotos de perícia do local [...] encontrados no Instituto Criminal Carlos Éboli/RJ. As fotos mostram o corpo de José Silton totalmente carbonizado, dentro do Wolkswagen incendiado, placa GB/EB-3890.

 Silton e os demais combatentes estão vivos na nossa memória, que hoje voltamos às ruas para dizer bem alto: GOLPE, NUNCA MAIS!!!

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