O
Melhor presente
Por: Marcos Inácio
Fernandes*
–
“As armas de outrem, ou te caem de cima, ou te pesam ou te constrangem.” (Cap.XIII de O Príncipe – Nicolau Maquiavel)
Nesse 29 de março completo 68 voltas em torno do
sol. Desde cedo que recebo as felicitações carinhosas e generosas dos
familiares e amigos. Sou grato a todos. Mas agora a tarde recebi um presente
cívico. – O PMDB sai do governo. Alvíssaras!!! (exclamo 3 vezes). Muitos hão de
dizer: “isso não enfraquece o governo”? “isso não lhe tira a governabilidade”?
Logo agora num momento tão delicado? Como diria um amigo meu: “pode ser, pode
não é, mas nunca deixará de for”. Primeiro porque o PMDB nunca entregou a “mercadoria”
completa nos seus acordos e nas suas tomadas de decisão. É um partido “ônibus”
cabe todo mundo e cada um viaja como quer, ocupando seus espaços a cotoveladas.
Não há uma ideologia aglutinadora. Não há disciplina partidária e cada um faz o
que quer. Daí quem era pró e contra o governo vai continuar com as suas
posições (vide Kátia Abreu e outros) ou então vão engrossar fileiras de outros
partidos conforme suas conveniências.
Por sua vez, no
Presidencialismo é difícil, mas é possível, se governar com minoria parlamentar.
O governo de Jorge Viana na Prefeitura de Rio Branco, no início dos anos 90, é
uma prova disso. Ademais, o governo, com Lula na sua composição e com a sua
qualidade de articulação política, pode reorganizar uma nova base de apoio, que
garanta, um mínimo, de governabilidade. Lembrando sempre que Dilma ainda tem a
caneta e o Diário Oficial na mão e a sociedade civil organizada unida pela
democracia. Esse ativo político não se pode desconsiderar.
Eu diria que com a saída
do PMDB, o governo fica mais arejado, menos contaminado e mais maneiro, pois
tirou um fardo pesado das costas que lhe causava grandes constrangimentos. E
não há nada mais constrangedor do que um aliado que, por acaso está do nosso
lado, por motivos diferentes dos nossos. Por outro lado a sigla assume, sem cerimônia,
que conspirava dentro do governo contra o governo do qual fazia parte. Era de
se esperar o que de quem traiu até o Dr. Ulisses, seu presidente, na eleição
presidencial de 1998?!
Agora não há mais que se
contemporizar com traidores. É retomar os 7 Ministérios e os mais de 500 cargos
que o PMDB desfrutava nas estruturas federal e estadual da máquina pública.
Quem detém cargo e queira acompanhar o partido, que tenha a hombridade de
entregar sua carta de demissão antes de ser demitido. Quanto ao Temer, se
tivesse um pouco mais de compostura, renunciaria para conspirar mais
confortavelmente. Mas isso é pedir demais.
Até que enfim nos livramos
dessa tralha. Ô sorte!
A história terá um
encontro marcado com as lideranças do PMDB, protagonistas dessa infâmia. Isso
se a cadeia não os alcançar antes.
*Marcos Inácio Fernandes é
professor e militante do PT.
Compartilho dessa sua alegria Marcos - pensando bem foi um grande presente!
ResponderExcluirParabéns Marcão. Belo texto
ResponderExcluirParabéns Marcão. Belo texto
ResponderExcluirParabéns Marcão pelo o aniversário e o excelente texto. Felicidades, saúde, paz, sucesso e muitos anos de vida. Continue nos inspirando.
ResponderExcluirBelo presente. Há mais tempo.
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