Na minha infância e juventude fui um peladeiro inveterado e cheguei a jogar de titular em diversos clubes de Parnamirim. Joguei no Grêmio, no Potiguar e no próprio Parnamirim do saudoso Antônio Basílio. Fui campeão pelo Potiguar e Campeão do Interior em 1970, pelo Parnamirim. No meu período de Colégio agrícola (1965/67), integrei a seleção do Colégio. Lembro que fizemos um jogo antológico com a seleção do Colégio Agrícola de Bananeiras -PB, no campo do Cruzeiro de Macaíba. Vencemos, mas não lembro do placar. lembro que o goleiro de Bananeiras levou uma pancada na cabeça numa disputa de bola e teve que ir pro hospital. Sem falsa modéstia eu era um meio-campista de estilo clássico e tratava a bola com carinho. Aqui no Acre, joguei na pelada do Juventus, por muitos anos e no time da Emater. Há alguns anos "pendurei as chuteiras" e agora só jogo "milho prás galinhas" e vez por outra Tênis de Mesa, o único esporte que pratico e que aprendi a gostar desde que estudava em Jundiaí. (MIF)
sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
O MAESTRO SOBERANO
Tom Jobim (25/01/1927 -08/12/1994)
Antônio Carlos Brasileiro de Almeida
Jobim, Tom Jobim, foi um compositor, violonista,
pianista, flautista, arranjador e produtor brasileiro.
Gravou mais de trinta discos, foi um
dos inventores da Bossa Nova e é considerado um dos maiores nomes da música
mundial no século 20.
Biografia de Tom
Jobim
Tom Jobim nasceu na cidade do Rio de
Janeiro, em 25 de janeiro de 1927, numa família que apreciava a música e a
natureza. Estudou piano, violão, flauta transversa e harmônica de boca.
Morou em diversos bairros do Rio e
estudo em várias escolas. Aos 14 anos começa estudar piano encontrando sua
verdadeira vocação.
Carreira e
Parceiros de Tom Jobim
Em 1956, seria apresentado ao
parceiro mais prolífico de sua carreira, o diplomata e poeta Vinicius de
Moraes.
Esta parceria mudaria a vida do
artista e da canção mundial, pois ambos escreveram um dos temas mais executados
no mundo:“Garota de Ipanema”.
Tom Jobim e Vinícius de Moraes
Tom Jobim também escreveu com Newton
de Oliveira, Chico Buarque, Paulo César Pinheiro e Edu Lobo. Dentre os
intérpretes brasileiros que consagraram sua obra podemos citar Elizete Cardoso,
João Gilberto, Elis Regina, Gal Costa, Miúcha e Paulo Caymmi.
Cantores estrangeiros como Astrud
Gilberto, Frank Sinatra e Ella Fitzgerald, também gravaram suas canções em
álbuns que se tornaram históricos.
Além disso, músicos de diversas nacionalidades se
debruçaram sobre a obra de Tom Jobim: desde o saxofonista americano Stan Getz,
o pianista canadense Oscar Peterson, até o instrumentista japonês Sadao
Watanabe.
No final dos anos 70 e durante os 80,
Tom Jobim compôs trilhas sonoras para minisséries da TV Globo como “O Tempo e o
Vento”, baseada na obra de Érico Veríssimo.
Para o cinema musicou o o filme
“Gabriela” (1983), de Bruno Barreto, adaptação do livro de Jorge Amado.
Faleceu em Nova York devido a
complicações cirúrgicas em 1994.
Letras e Temas das
Canções de Tom Jobim
A obra de Tom Jobim é vasta, mas
podemos mencionar alguns temas que são constantemente tratados nas suas letras
e melodias.
Rio de Janeiro
Apaixonado pela cidade onde nasceu
Tom Jobim dedicou-lhe versos e melodias. “Copacabana” (com Billy Blanco, 1954),
“Corcovado”(1960) e “Samba do Avião” (1962) são apenas exemplos de hinos de
amor ao Rio de Janeiro.
Natureza
A natureza era uma das principais
fontes de inspiração para o compositor. Além de cantá-la em verso, simulava o
canto dos pássaros, o ruído da chuva e do vento nas melodias.
Seu último endereço foi o bairro do Jardim
Botânico, no Rio de Janeiro. O cantor era frequentemente visto no Jardim
Botânico, para escutar o canto dos pássaros e observar a flora. "Chovendo
na Roseira” (1971) e “Águas de Março”(1972), são reflexos dessa admiração.
Mulheres
As mulheres e as relações amorosas
também encontraram seu lugar na obra de Tom Jobim.
Desde a universal “Garota de Ipanema”
(com Vinícius de Moraes, 1962), passando por “Ela é carioca” (idem, 1963), a
beleza feminina foi celebrada pelo compositor.
Igualmente, o amor, com suas alegrias
e dificuldades, são cantados em várias peças. Dois exemplos são “Só Tinha que
ser com Você” (com Aloysio Oliveira, 1964) e “Retrato em Branco e Preto” (com
Chico Buarque, 1968).
Música Sinfônica
Apesar de sua formação erudita, Tom
Jobim escreveu pouco para este gênero. Admirador confesso de Villa-Lobos, que chegou a conhecer, o maestro
carioca foi o autor da Sinfonia da Alvorada (1962) peça encomendada pelo
presidente Juscelino Kubitschek para inauguração de
Brasília. A letra ficou a cargo de Vinícius de Moraes.
Garota de Ipanema
A música mais famosa de Tom Jobim é
"Garota de Ipanema", composta em parceria com Vinícius de Moraes. A
canção ganhou inúmeras versões, desde as interpretações em puro estilo
bossa-nova até a batida da dance music.
Uma das mais populares é o dueto
realizado com o cantor Frank Sinatra, um grande fã do músico brasileiro. Aqui,
ele canta em inglês enquanto Jobim o faz em português.
Frases de Tom Jobim
Tom Jobim era notório por cunhar
frases irônicas e não escondia sua impaciência diante de certas perguntas
feitas por jornalistas.
"Volto para me aporrinhar. Para
responder a esse tipo de pergunta. Para ser um dos 5% de brasileiros que pagam
imposto de renda. Para perder o apetite ou morrer de indigestão. Volto porque
nunca saí daqui." - ao ser perguntado porque havia voltado ao Brasil.
"O Brasil não é para
principiantes." - em resposta ao livro "Brasil para
principiantes", de Peter Kelleman.
"Um americano disse que o
sentimento da "Garota" passa. O sujeito está lá trabalhando, furando
a rua, quebrando pedreira, e dá uma espiada. Esse é um sentimento universal. O
cara para de tomar o chope e olha para a garota, não é?" - sobre
"Garota de Ipanema".
Curiosidades sobre
Tom Jobim
· Segundo
a Universal, que detém os direitos de “Garota de Ipanema”, é a segunda canção
mais tocada no mundo, atrás de “Yesterday”, dos Beatles.
· Apesar
de tocar vários instrumentos, Tom Jobim sentia-se melhor tocando e compondo ao
piano. A consagrada imagem dele ao violão com Frank Sinatra foi ideia dos
produtores americanos a fim de reforçar o estereótipo latino.
· O
Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro chama-se Galeão/Tom Jobim em honra ao
músico. É o segundo aeroporto do mundo que homenageia um músico ao lado do
Aeroporto Internacional Louis Armstrong, de Nova Orleans.
· Tom
Jobim foi homenageado pela Escola de Samba da Mangueira, em 1992, com o enredo
“Se todos fossem iguais a você”. A Escola ficou em 6º neste ano.
Bacharelada e Licenciada em História,
pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ.
Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de
Alcalá, Espanha.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
PÁGINA INFELIZ DA NOSSA HISTÓRIA
Não é de agora, nesse recente caso da pandemia, que os militares atentam contra a ciência e a saúde pública. Desde a implantação do Regime Militar de 1964, que eles cometem crimes. Confiram o que eles fizeram contra esses cientistas da Fiocruz. (MIF)
PÁGINA INFELIZ DA NOSSA HISTÓRIA
Os dez cientistas da Fiocruz cassados e perseguidos pela
ditadura militar no Massacre de Manguinhos: da esquerda para a direita, Augusto
Cid Mello Perissé, Tito Arcoverde Cavalcanti de Albuquerque, Haity Moussatché,
Fernando Braga Ubatuba, Moacyr Vaz de Andrade, Hugo de Souza Lopes, Massao
Goto, Herman Lent, Sebastião José de Oliveira e Domingos Arthur Machado Filho.
O Massacre de Manguinhos foi um dos mais infames episódios de
perseguição política contra cientistas ocorridos durante a ditadura. O episódio
ocorreu no contexto de recrudescimento do autoritarismo e da repressão que
caracterizou os "anos de chumbo", logo após a emissão dos Atos
Institucionais nº. 5 (AI-5) e nº. 10 (AI-10), quando a perseguição política se
tornou generalizada, extrapolando o âmbito da oposição de movimentos
organizados e passando a atingir cidadãos comuns que fossem meramente suspeitos
de não compactuar com as ideias do regime.
Manguinhos é o nome do bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro
onde se localiza a sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) - à época denominada
"Instituto Oswaldo Cruz" (ou IOC). No dia 1º de abril de 1970, os dez
cientistas supracitados, todos ativos na Fiocruz há mais de duas ou três
décadas, tiveram seus direitos políticos cassados por dez anos por determinação
do regime militar. Dois dias depois, a ditadura emitiu novo decreto
determinando a aposentadoria compulsória dos cientistas. Outra norma do governo
proibia o grupo de prestar serviços ou trabalhar para qualquer repartição
pública ou qualquer empresa subvencionada com dinheiro do erário. Com isso, a
Fiocruz perdeu 14% do seu quadro de pesquisadores e foi obrigada a encerrar
diversas linhas de pesquisa inovadoras sobre novos medicamentos e tratamentos
para doenças infecciosas e surtos epidêmicos.
O grupo dos dez cientistas, todos ligados à área de medicina
experimental e combate a doenças tropicais, era monitorado pelos militares
desde a década de 1940. Isso porque em 1946, os cientistas subscreveram um
documento de apoio às demandas do senador Luís Carlos Prestes, do Partido
Comunista Brasileiro (PCB), que exigia a retirada das tropas estadunidenses do
Nordeste brasileiro e o encerramento da base militar dos Estados Unidos,
montada em Natal durante a Segunda Guerra Mundial.
Nas décadas seguintes, esse mesmo grupo de cientistas passou
a defender o desenvolvimento autônomo da pesquisa científica no Brasil. Após o golpe
de 1964 e a instalação do regime militar, os cientistas criticaram a submissão
das instituições públicas aos interesses políticos e econômicos dos Estados
Unidos e ao projeto ideológico anticomunista. A gota d'água ocorreu quando
alguns cientistas do grupo denunciaram um desvio de verba que deveria ser
destinada ao combate da malária, da peste bubônica e da meningite.
A perseguição ao grupo contou com apoio do próprio
diretor-interventor da Fiocruz, Francisco de Paula Rocha Lagoa, indicado para o
cargo pelo marechal Castelo Branco. Rocha Lagoa, que futuramente assumiria o
cargo de Ministro da Saúde no governo Médici, era profundamente reacionário e
anticomunista e tratou de isolar, perseguir e boicotar os trabalhos realizados
pelos cientistas em pauta desde que assumira o comando da instituição. Entre
seus primeiros atos estava o fim do financiamento para as pesquisas do grupo,
ocasionando a inviabilização dos trabalhos.
Logo após o desligamento dos profissionais, Rocha Lagoa abriu
inquéritos policiais nas áreas civil, militar e administrativa contra os dez
cientistas, acusando-os de conspiração contra a administração pública e
desenvolvimento interno de uma célula comunista. As acusações beiravam o
ridículo e chegavam a incluir questionamentos sobre "promoção de feijoadas
e vatapás subversivos nas dependências da instituição". Apesar disso, um
dos pesquisadores, Fernando Ubatuba, chegou a ficar preso por 14 dias num paiol
de pólvora do Exército Brasileiro em Paracambi. Nenhum dos inquéritos conseguiu
provar nada contra os pesquisadores.
Não satisfeito com a perseguição ao grupo, o governo federal
mirou no desmonte e sucateamento da própria Fiocruz, diminuindo de forma
agressiva o orçamento da instituição, forçando-a a diminuir sua produção de
insumos, soros e vacinas, a encerrar linhas de pesquisa e a fechar parte
substancial de seus laboratórios. A ditadura ordenou o encerramento do
Instituto Nacional de Produção de Medicamentos e fundiu a Fiocruz a diversas
outras instituições, intencionando fragilizar sua capacidade de articulação
política e dificultar quaisquer projetos de autonomia gerencial. As ações do
regime prejudicaram as campanhas nacionais de vacinação, a fabricação de
medicamentos e o combate aos surtos epidêmicos por vários anos, além de desarticular
e descontinuar décadas de pesquisa em saúde pública, causando enormes
retrocessos à ciência brasileira.
Somente em 1986, cinco anos após a sanção da Lei da Anistia e
já no período da redemocratização, os dez cientistas foram reintegrados à Fiocruz.
Apenas o parasitologista Herman Lent não aceitou retornar para a instituição,
preferindo continuar dando aulas na Universidade Santa Úrsula, onde conseguira
emprego em 1976.
A cerimônia de reintegração ocorreu em 15 de agosto de 1986,
com presença do ator Mário Lago, então presidente da Comissão Nacional de
Anistia, do deputado Ulysses Guimarães, presidente da Câmara dos Deputados, e
do antropólogo Darcy Ribeiro, vice-governador do Rio de Janeiro. Em seu
discurso, Darcy Ribeiro pontuou: "A dor que me dói, a lágrima que eu
choro, é pelas pesquisas que foram interrompidas e nunca mais se farão. É pelos
jovens cientistas que teríamos formado e que não se formarão nunca. A Ciência é
a última profissão que não se aprende nos livros. É um cientista que cria outro.
E vocês, os mais preparados para frutificar novas gerações, foram proibidos de
se multiplicar."
quarta-feira, 13 de janeiro de 2021
J'ACCUSE DE ÉMILE ZOLA
Nesse 13 de janeiro de 2021 registra, uma das páginas mais bonitas da imprensa livre mundial. Nesse dia há 123 anos, Émile Zola, denunciava no L'AURORE, a covardia da reação francesa no caso DREYFUS.
Aqui no Brasil, faltou um Émile Zola para denunciar, com o vigor necessário, o embuste que foi o julgamento da LAVA A JATO. A injustiça da França foi reparada. A do Brasil, ainda está sob apreciação do STF já fazem 2 anos.(MIF)
Um resumo da acusação de Émile Zola, no L'AURORE
A título de precisão, o artigo de 13 de janeiro de1898, deve seu nome ao fato que, na sua conclusão, todas as frases comecem pela expressão J'accuse (Eu acuso):
-
Eu acuso o tenente-coronel du Paty de Clam de
ter sido o artífice diabólico do erro judiciário, inconscientemente, quero
crer, e de ter em seguida defendido sua obra nefasta, durante três anos,
através de tramas absurdas e culpáveis.
-
Eu acuso o general Mercier de ter-se mostrado cúmplice,
ao menos por fraqueza de espírito, de uma das maiores injustiças do século.
-
Eu acuso o general Billot de ter tido nas suas mãos as
provas certas da inocência de Dreyfus e de tê-las abafado, de se tornar culpado
deste crime de lesa-humanidade com um objetivo político e para salvar o
Estado-Maior comprometido.
-
Eu acuso o general de Boisdeffre e o general Gonse de
serem cúmplices do mesmo crime, um sem dúvida por razão clerical, o outro
talvez devido a esse espírito corporativista que torna os gabinetes de guerra
em arcas santas, inatacáveis.
-
Eu acuso o general de Pellieux e o comandante Ravary
de terem feito uma sindicância rápida, e quero com isso dizer uma sindicância
da mais monstruosa parcialidade, onde temos, no relatório do segundo, um
monumento indestrutível de audácia ingênua.
-
Eu acuso os três especialistas em grafologia, os
senhores Belhomme, Varinard e Couard, de terem redigido relatórios mentirosos e
fraudulentos, a menos que um exame médico os declare doentes de algum mal da
vista e de julgamento.
-
Eu acuso os gabinetes de guerra de terem liderado na
imprensa, particularmente no L'Éclair e no L'Écho de
Paris, uma campanha abominável para distrair a opinião e cobrir seu erro.
-
Eu acuso enfim o primeiro Conselho de Guerra de ter
violado a lei ao condenar um acusado apoiado em uma peça de acusação mantida
secreta, e acuso o segundo Conselho de Guerra de ter encoberto esta
ilegalidade, sob ordem, cometendo também o crime jurídico de inocentar
sabidamente um culpado.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2021
2º É CANTANDO QUE A GENTE SE ENTENDE, DO ANO
Tem muita coisa boa. Clara Nunes, Bethe Carvalho, Elis Regina, Nara Leão vão cantar prá gente, clássicos de Cartola, Paulo César Pinheiro, Paulinho da Viola, Ivan Lins... e outros. (MIF)
Confiram>
É CANTANDO QUE A
GENTE SE ENTENDE
Produção Musical e Apresentação: Marcos Inácio Fernandes (Marquito)
Rádio Difusora Acreana – “A número um” e a “Voz das selvas”
Site: www.difusora.ac.gov.br - Fone: 3223-5282/3223-9696
Prefixo Musical: “É Cantando Que a Gente se Entende
(Sérgio Souto e Paulo C. Pinheiro) Direção Geral: Raimundo Fernandes
Data: 09-01-2021
SELEÇÃO MUSICAL
N.O. |
Música
/Compositores |
Cantor/Intérprete |
01 |
Contentamento
(Mauro Duarte & PC Pinheiro) |
Clara Nunes |
02 |
A Bela Cigana
(João Nogueira) |
Clara Nunes e
João Nogueira |
03 |
Clara (Francis
Hime & Geraldo Carneiro) |
Beth Carvalho |
04 |
Escravo da
Alegria (Toquinho & Mutinho) |
Toquinho |
05 |
Loucuras de Uma
Paixão (Jorge Aragão) |
Jorge Aragão |
06 |
Só Por Amor
(Baden & Vinicius) |
Marianna
Leporace |
07 |
Canção de Não
Cantar (Sérgio Bittencourt) |
Elis Regina |
08 |
Basta de
Clamares Inocência (Cartola) |
Elis Regina |
09 |
Autonomia (Cartola) |
Fagner |
10 |
De Onde Vens (Dori Caymmi & Nelson Mota) |
Nara Leão e Edu
Lobo |
11 |
Salve Linda
Canção Sem esperança (Luiz Melodia) |
Luiz Melodia |
12 |
Suave É a noite |
Luiz Melodia |
13 |
Lembra de Mim
(Ivan Lins & Victor Martins) |
Emílio Santiago |
14 |
Tudo Se
Transformou (Paulinho da Viola) |
Paulinho da
Viola |
15 |
Vai Vadiar (Monarco
& Ratinho) |
Zeca Pagodinho |
quinta-feira, 7 de janeiro de 2021
EMBEVECIMENTOS!
EMBEVECIMENTOS
Por: Marcos Inácio
Fernandes*
“Cada qual tem o seu
prazer que o arrasta” Virgílio (70-19
a.C)
“Música antes de mais
nada.” Paul Verlaine (1844-1896)
“Eu não vivo no
passado, o passado vive em mim”.
Paulinho da Viola
Desde sempre fui “arrastado”
pelo fascínio da música e do futebol. Quando criança joguei com bola de meia,
com bola de borracha, no sol quente, (quando a gente levava uma “carimbada”
ficava a assadura onde a bola batesse) e, finalmente com bola de couro. Na
adolescência fui um meia campista até razoável. Joguei nos principais clubes de
Parnamirim. Fui titular do Grêmio, (do Antunes) do Potiguar ( de seu Neves) e
do Parnamirim (de Basílio). No Parnamirim, cheguei a ser campeão do interior e
recebemos a faixa do ABC, com Alberi e companhia. Levamos uma goleada, me
parece de 5X1. Quando estudei, interno,
na Escola Agrícola de Jundiaí (1965-67) fui da seleção da escola.
Nesse texto, antes que o
alemão, um tal de Alzheimer, me pegue, quero lembrar dos artistas que
embeveceram minha existência, com a sua arte de cantar, tocar, interpretar, jogar
e fazer rir.
OS
ARTISTAS DA MINHA TERRA E OS REPENTISTAS
Os artistas de Parnamirim
que se apresentavam no “Variedades Alvi - Rubras”, que seu Neves apresentava no
Potiguar: Os irmãos Pontes, Zé Pontes e Irismar Pontes (Zé Pontes sempre
cantava Amendoim Torradinho); seu João Coró, que se acompanhava ao violão
cantando “Errei, Erramos” de Ataílfo Alves; Jorge Carneiro, que gostava de
cantar “A jangada Voltou Só” de Caymmi; Jane, irmã de Jaroca; Letícia, irmã de
Barnabé; Chuíte, filho de Josafá Machado e Valnir Lucena. No mercado velho, o
1º de Parnamirim, ao lado do Fiteiro e na feira, vi muitas cantorias dos
violeiros. Os que mais me marcaram foram Patativa e Chico Traíra. Apreciava
também e muitos emboladores de coco e vendedores de cordel que se apresentavam
na feira. Os gêneros de repente de que mais gostava era o Martelo Agalopado, o
Galope a Beira Mar e os desafios em Martelo de 10 Pés. Tempos depois conheci os
irmão Batista (Dimas, Lourival e Otacílio), de Pernambuco; Ivanildo Vila Nova e
Oliveiras de Panela em Festivais de Cantadores em Natal.
OS CANTORES
DE CIRCO
O 1º circo que assisti em
Parnamirim foi o Circo Copacabana. Esse circo tinha até uma orquestra e um time
de futebol, que jogou contra o Potiguar. Depois de muito tempo sem aparecer
circo, chegou na cidade o circo Uberlândia e passou uma grande temporada. Desse
circo, lembro dos cantores Gilvan Ramalho, que gostava de cantar Carlos Gardel,
O Ébrio e sucessos do Nelson Gonçalves e da cantora Alda Lima, que cantava um
samba-canção ou era um bolero, “dor-de- cotovelo chamado “Aliança”.
FUTEBOL
No futebol de Parnamirim, se
destacaram: Teneco, Barnabé (goleiro com maior capacidade de colocação),
Tertuliano, Arlindo, Dandão, Petinha, (ABC e América e outros clubes), Eriberto
de Arnaldo e D. Maria Jesus, Soares (América), Reinaldo (que a gente conhecia
por “beba”),que chegou a jogar no América, ABC, Santos, Flamengo, Internacional,
entre outros grandes times do Brasil. Reinaldo foi o jogador de Parnamirim de
maior projeção no futebol. No Futebol de Salão: Frazão (goleiro). Edilson de
Antunes, Lola (América). Quando estava fazendo o mestrado em Natal, participava
nas quinta-feira. Da “pelada dos veteranos” do Potiguar em Parnamirim e joguei
algumas vezes com Reinaldo, Marinho, Alberi e Petinha, que já tinham
“pendurados as chuteiras”.
OS
ARTISTAS DA MÚSICA
No Parque de Exposição
Aristófanes Fernandes (anos 60), que depois se transformou num espaço onde
acontece “A Festa do Boi”, assisti aos shows do Trio Irakitan, com sua formação
inicial, com Edinho, Joãozinho e Gilvan; Cauby Peixoto, Luiz Gonzaga, (1967)
entre outros.
No Quitandinha no bairro do
Alecrim em Natal, vi e ouvi, Ângela Maria e Silvio Caldas. No Show da Ângela, estava acompanhado do meu
pai. No show de Sílvio Caldas, em 15 de setembro de 1970, ganhei até um
autógrafo, que ainda conservo comigo. A 1ª música que o Sílvio Caldas cantou no
Quitandinha foi “Cabelos Cor de Prata” dele e do Rogaciano Leite.
No teatro Alberto Maranhão
de Natal assisti a: Elis Regina e o Luiz Loy Quinteto; Juca Chaves; Chico
Anísio; Zé Lessin da Paraíba; a peça “É” do Millôr Fernandes. No Projeto “Seis
e Meia” assisti: Trio Irakitan (na sua última formação); MPB-4 (show República
do Peru e no Seis e Meia); Antônio Nóbrega; Luiz Melodia; João Nogueira e Luiz
Bonfa; Leila Pinheiro; Demônios da Garoa... (aguardando a memória)
No Teatro Castro Alves, na Bahia em 1983,
quando fiz um curso de Desenvolvimento Rural, através do “Projeto Pixinguinha”,
assisti, Nara Leão e Joel Nascimento; Quarteto Em Cy e Canhoto da Paraíba; Miucha e Conjunto Coisas
Nossas; Nana Caymmi e Johnn Alf; Marinêz
e Sua Gente; Elza Soares e Batatinha. Anos depois (1988/89), quando morei em
Salvador, vi Chico Buarque e Mestre Marçal e Geraldo Azevedo (num espaço aberto
que não lembro o nome); Jamelão (num Bar e Restaurante em Itapuã) e Carlos Lyra
no teatro do Rio Vermelho.
No Rio, vi Chico e Bethânia
no Canecão, acompanhado do meu amigo Dr. André Fausto, que fazia residência no
hospital dos Servidores. Vi outro show do Chico num teatro que não lembro o
nome; MPB-4 e filhos no Scala. No espaço cultural do Banco do Brasil, vi Luiz
Melodia e Jards Macalé; Carlos Lyra; Conjunto Coisas Nossas (Uma Rosa Para
Noel) e vi o musical “Vargas” com Milton Gonçalves e outros artistas.
No Projeto Brasileirinho do
SESC, em Rio Branco, tive o privilégio de assistir: Paulinho da Viola,(Horto
Florestal), João Nogueira, (na rua) João do Vale e Zizi Posse, (Cine Acre);
Altamiro Carrilho, (Cine Rio Branco); Paulo Moura (Sax) e Clara Sverner (piano)
( na Catedral); e Martinho da Vila
(Ginásio Álvaro Dantas)
No Teatro Plácido de Castro
em Rio Branco no Projeto Pinxinguinha e outros shows avulsos, vi Baden Powell e
Billy Blanco; Sérgio Souto, Maurício Carrilho e Paulo César Pinheiro (Show “É
Cantando Que a Gente se Entende); Délcio Carvalho; Marcel Powell; Marcos
Sacramento (ganhei um autógrafo no seu CD); Joyce; Tião Carvalho (do Maranhão);
João Donato (Concha Acústica); Espanta
Jesus; João Bosco (Ginásio do SESI);
No Teatro Riachuelo em Natal
vi Emílio Santiago. Foi o único espetáculo que vi nessa sala
OS
ARTISTAS DA BOLA QUE VI NO JUVENAL LAMARTINE, CASTELÃO, ARENA DAS DUNAS E NO
TEMPLO DO FUTEBOL O MARACANÃ
O 1º jogo que assisti em
Natal, foi no Juvenal Lamartine e foi na época que existia o campeonato das
Seleções Estaduais, que perdurou de 1959 a 1962. Vi a Seleção do Rio Grande do
Norte contra a Seleção do Ceará num jogo noturno. A base da Seleção Potiguar
era de jogadores do ABC e do América. A partida terminou em 2 X2. Meu segundo
jogo no JL foi um ABC e Fluminense do Rio, com Castilho, Telê e companhia.
Estava na geral do gol dos fundos do Juvenal Lamartine e vi de perto Castilho
defender um pênalti cobrado por Mota, mas deu rebote e Mota fez o gol. A
partida terminou 1 X1. Depois fui um frequentador assíduo do velho JL,
principalmente, quando o Potiguar de Parnamirim jogou na Federação de Futebol
do RN. Ainda tive o prazer de assistir
um Garrincha, em final de carreira, em jogo beneficente para o próprio.
Foi um Riachuelo e Náutico do Recife, não lembro qual foi o placar. O último jogo que vi, nesse Estádio foi um
Alecrim e Vasco do Rio, nos anos 70.
No Castelão, vi muitos clássicos ABC x
América, inclusive o que teve uma tremenda briga entre os jogadores. Acompanhei
muitos jogos do Campeonato Brasileiro
e vi muitos dos grandes times do
futebol brasileiro e seus astros. O Santos de Pelé, Carlos Ajberto e Clodoaldo;
O Palmeiras de Dudu e Ademir da Guia; O Flamengo de Zico; o Vasco de Roberto
Dinamite; além dos craques locais, Marinho Chagas, Alberi, Reinaldo, Danilo
Menezes e tantos outros. Em 1967,
quando a turma concluinte desse ano do Colégio Agrícola de Jundiaí, quando
voltava de uma excursão em Paulo Afonso, passando por Recife, Ví na Ilha do
Retiro um Atlético de MG, (com Dario), e Náutico, que tinha a famosa linha
atacante, bem 7 vezes campeã de Pernambuco: Nado Bita Nino e lalá.
No Maracanã, vi alguns jogos
amistosos da seleção brasileira na preparação para a Copa de 1974, na Alemanha.
Vi alguns Vasco x Flamengo (o último na companhia de Zuza da Emater, foi 1 x 1
e o flamengo foi campeão pois jogava pelo empate. Vi ainda uma decisão de Vasco
x Fluminense. Em 2014, estava na inauguração da Arena das Dunas em Natal. O
Jogo inaugural foi América de Natal e Confiança de Sergipe. O América ganhou de
2 X 0. O segundo jogo, na mesma tarde foi ABC x Alecrim de Natal.
Em Rio Branco, vi muitos
jogos no José de Melo, estádio do Rio Branco, inclusive um Flamengo do Rio (com
Reinaldo) e Rio Branco. Estava na inauguração da Arena da Floresta, num
amistoso do Brasil sub-20 e Rio Branco.
Meninos eu vi!!... e quero
ver muito mais.
Rio Branco (AC), 7 de
janeiro de 2021
*Marcos Inácio Fernandes,
aposentado e exercendo o ócio criativo