Nesse 13 de janeiro de 2021 registra, uma das páginas mais bonitas da imprensa livre mundial. Nesse dia há 123 anos, Émile Zola, denunciava no L'AURORE, a covardia da reação francesa no caso DREYFUS.
Aqui no Brasil, faltou um Émile Zola para denunciar, com o vigor necessário, o embuste que foi o julgamento da LAVA A JATO. A injustiça da França foi reparada. A do Brasil, ainda está sob apreciação do STF já fazem 2 anos.(MIF)
Um resumo da acusação de Émile Zola, no L'AURORE
A título de precisão, o artigo de 13 de janeiro de1898, deve seu nome ao fato que, na sua conclusão, todas as frases comecem pela expressão J'accuse (Eu acuso):
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Eu acuso o tenente-coronel du Paty de Clam de
ter sido o artífice diabólico do erro judiciário, inconscientemente, quero
crer, e de ter em seguida defendido sua obra nefasta, durante três anos,
através de tramas absurdas e culpáveis.
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Eu acuso o general Mercier de ter-se mostrado cúmplice,
ao menos por fraqueza de espírito, de uma das maiores injustiças do século.
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Eu acuso o general Billot de ter tido nas suas mãos as
provas certas da inocência de Dreyfus e de tê-las abafado, de se tornar culpado
deste crime de lesa-humanidade com um objetivo político e para salvar o
Estado-Maior comprometido.
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Eu acuso o general de Boisdeffre e o general Gonse de
serem cúmplices do mesmo crime, um sem dúvida por razão clerical, o outro
talvez devido a esse espírito corporativista que torna os gabinetes de guerra
em arcas santas, inatacáveis.
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Eu acuso o general de Pellieux e o comandante Ravary
de terem feito uma sindicância rápida, e quero com isso dizer uma sindicância
da mais monstruosa parcialidade, onde temos, no relatório do segundo, um
monumento indestrutível de audácia ingênua.
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Eu acuso os três especialistas em grafologia, os
senhores Belhomme, Varinard e Couard, de terem redigido relatórios mentirosos e
fraudulentos, a menos que um exame médico os declare doentes de algum mal da
vista e de julgamento.
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Eu acuso os gabinetes de guerra de terem liderado na
imprensa, particularmente no L'Éclair e no L'Écho de
Paris, uma campanha abominável para distrair a opinião e cobrir seu erro.
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Eu acuso enfim o primeiro Conselho de Guerra de ter
violado a lei ao condenar um acusado apoiado em uma peça de acusação mantida
secreta, e acuso o segundo Conselho de Guerra de ter encoberto esta
ilegalidade, sob ordem, cometendo também o crime jurídico de inocentar
sabidamente um culpado.
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